Barbara Mendes

Aos 17 anos começou a cantar em bares e fazer apresentações festivais, a gravar jingles e a cantar trilhas para teatro.

Em 1996 mudou-se para Nova York e no ano seguinte conheceu o trombonista Carlos Darci, que a convidou para integrar a banda Brazooca, com a qual passou a se apresentar semanalmente em vários espaços em Nova York, entre os quais Café Wha. Por essa época, conheceu o pianista e arranjador Eumir Deodato, que se tornou seu padrinho musical.

Em 1998 participou do show “Tributo a Elis Regina”, ao lado de Nana Caymmi e Bebel Gilberto no Town Hall, em Nova York. Neste mesmo ano foi convidada a participar do festival de jazz “Ocean Blue Jazz Festival” no Japão, ao lado de Herbie Hancock, Wayne Shorter, Tito Puente, Milt Jackson etc. Ainda integrando a banda Brazooca, fez shows em outros clubs pela cidade, como Zinc Bar e Sob’s, além de  gravações com diferentes artistas e gravações de  jingles.

Em 1999 foi finalista do “2º Prêmio Visa”, realizado em São Paulo pela Rádio Eldorado. A convite do produtor e arranjador Eumir Deodato gravou o tema de abertura do filme “Bossa Nova”, dirigido por Bruno Barreto, cantando, em dueto com Eumir Deodato ao piano, “Inútil paisagem” (Tom Jobim e Aloysio de Oliveira) e ainda “Amor em paz” (Tom Jobim) e “Samba de uma nota só” (Tom Jobim e Newton Mendonça). O CD da trilha sonora do filme foi lançado pela gravadora Verve no ano seguinte. Neste mesmo ano de 2000 fez a primeira turnê na Grécia, cantando no Half Note Jazz Club (Atenas) e no Mylos Club (Tessaloniki). Participou como cantora da trilha do filme indiano “SNIP”, ao lado do tablista indiano Zakir Hussein, com lançamento do CD na Índia, pela Universal Music local. Fez um concerto para a produtora de cinema Merchant & Ivory, ao lado do tablista indiano Zakir Hussein. Neste mesmo ano de 2000, indicada por Eumir Deodato, começa a trabalhar com o DJ e produtor de dance/house music François Kevorkian (François K.), dono do selo Wave Music, para o qual gravou o remix da música “Me vacances a Rio”, da banda francesa Rhinocerose e ainda para o single “Awkening”, com ambos os trabalhos lançados na Europa, Japão e Estados Unidos.

No ano de 2001 juntou-se novamente a François e Terry Burrus gravou o single “Awakening” para a compilação “Bossa Três Jazz”, com arranjo de cordas de Almir Deodato, lançado na Europa, Japão e EUA pelo selo Yellow Productions. Neste mesmo ano retornou à Grécia apresentando-se no Half Note Jazz Club, em Atenas. No ano posterior, em 2002, lançou o CD “Barbara Mendes Live in Greece”, disco gravado no Half Note Jazz Club, no qual interpretou diversos clássicos brasileiro, entre os quais “Samba de Orly” (Toquinho, Chico Buarque e Vinicius de Moraes), “Maria das Mercedes” (Djavan), “Tico-tico no Fubá” (Zequinha de Abreu), “Linha de passe” (João Bosco, Paulo Emílio e Aldir Blanc), “Jade” (João Bosco),  “Passaredo” (Francis Hime e Chico Buarque), “Aquarela do Brasil” (Ary Barroso), “Nanã” (Moacir Santos e Mário Telles), e “Baião da Penha” (Guio de Moraes e  David Nasser). O CD foi produzido em parceria com Sérgio Brandão e contou com Mista Piatigorsky no piano e teclados, Sérgio Brandão no baixo, cavaquinho e percussão, Juliano Zanoni na bateria e Café na percussão. Ainda em 2002, com François K, faz turnê pela Europa, EUA (Winter Music Conference 2002) e Canadá. Retornou ao Brasil neste mesmo ano de 2002 participando do “Free Jazz”, no Rio de Janeiro, no palco Village, convidada por Guto Goffi (Barão Vermelho) e do “Festival Skol Beats”, em São Paulo, ao lado de François K.

Em 2003 lançou o single “Got to be in love”, produzido por François K. e Eric Kupper, é lançado nos EUA e Europa pelo selo Wave Music. O single “Awakening” entra nas compilações “Mark Riva Presents Sungrooves” e “The Chilloutsession Summer Collection 2003”. A música “Ipanema Girl” é lançada pelo Selo Irma Group, na compilação “Sister Bossa Vol. 4”, nos EUA e Europa.

Apresentou-se no Kennedy Center em Washington, no Millenium Stage, ao lado do pianista Cliff Korman e banda Gafieira Dance Club. Em Nova York, cantou no evento promovido pelo Brazil Foundation, com a participação de Paulo Moura e Gilberto Gil.

Entre idas e vindas ao Brasil nos anos de 2004 e 2005, cantou, no Rio de Janeiro no Rio Scenarium, com a banda Pagode Jazz Sardinha’s Club, homenageando os grandes compositores de samba da MPB, como Chico Buarque. Por essa época fez particapação especial no show de Flávio Venturini no Teatro Rival BR Petrobras, no Rio de Janeiro. Por essa época começou a fazer lettras para vários melodistas como André Vasconcelos, Alain Mallet e Maurício Oliveira.

No ano de 2005 lançou o CD “Barbara Mendes”, no qual interpretou “Disseram que voltei americanizada” (Luiz Peixoto e Vicente Paiva), “Canta para Alceu” (Mylene e Karina Zeviani), “São Sebastião” (Totonho Villeroy), “São João, Xangô menino” (Gilberto Gil e Caetano Veloso), “Sem companhia” (Ivan Lancellotti e Paulo César Pinheiro), “Baião da Guanabara” (Guinga e Mauro Aguiar). Neste mesmo CD gravou de sua autoria “Joana” (c/ André Vasconcelos e Alain Mallet), “Ser” (c/ Itaiguara Brandão) e “Eu vi”, “Santos palhaços”, “Se eu pudesse” e “Pra você”, todas em parceria com o pianista francês Alain Mallet, produtor do disco. O CD também contou com participações do percussionista Marcos Suzano e do violonista Lula Galvão. Neste mesmo ano, de 2005, sua interpretação de “Praia de Genipabu” foi incluída no longa-metragem “Be-cool – O outro nome do jogo”, estrelado por John Travolta e Uma Thuman.

Em 2007 fez dueto com Djavan no programa “Som Brasil”, da TV Globo.

No ano de 2009, lançou o CD “Nada pra depois”, pelo selo Trilhos Arte, com distribuição pela Tratore. O disco contou com participações especiais de Djavan na faixa-título “Nada pra depois” (Barbara Mendes e Maurício Oliveira); Ivan Lins na inédita do compositor “E isso acontece”; Flávio Venturini e do bandolinista Hamilton de Hollanda na faixa “Ardendo em cores” (Barbara Mendes e Maurício Oliveira), além de composições autorais da cantora, parcerias suas com o baixista Maurício Oliveira, produtor do disco junto ao também baixista André Vasconcelos. Entre as inéditas de sua autoria se destacam “Já sabia”, “Ouro marrom” e “Maya”, todas em parceria com Maurício Oliveira e ainda “Segue sorrindo” (c/ Maurício Oliveira e Rodrigo Sha); “Brasil invertido” (Maurício Oliveira e Ronaldo Fialho); “Vem cá” (André Vasconcelos, Leonardo Reis e Saulo Fernandes). Neste disco regravou “Tatuagem” (Chico Buarque e Ruy Guerra) e “Joana” (c/ André Vasconcelos e Maurício Oliveira). Entre 2009 e 2010 faz o lançamento e shows do disco “Nada pra Depois” no Brasil, EUA e Europa. Neste mesmo ano, de 2010, participou do CD “Transeunte”, de Mauro Aguiar, no qual interpretou a faixa “Baião da Guanabara”, de Guinga e Mauro Aguiar.

Em 2012 participou do programa “The Voice Brasil”, da TV Globo. No ano seguinte, em 2013, divide-se entre projetos de Bossa Lounge com o selo Albatroz e turnês internacionais.

Em 2014 participou como convidada especial do guitarrista Victor Biglione do espetáculo “A história do cinema através da música”, apresentado na Pousada Terra da Luz, em Visconde de Mauá, cidade localizada ao sul do Estado do Rio de Janeiro. Neste mesmo ano, de 2014, como convidada especial do guitarrista Victor Biglione, apresentou-se na casa de espetáculo Vizta, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O show também contou com Victor Bertrami na bateria e com Sérgio Barrozo no contrabaixo acústico.

No ano de 2016 divide-se entre projetos de Bossa Lounge com o selo Albatroz e turnês internacionais. No ano posterior, em 2017, lançou o disco “Super Star”, projeto de Bossa Lounge disponível em todas as plataformas digitais.

Em 2019 lançou, por um selo espanhol, “Barbara Mendes sings Roberto Menescal”, trabalho (digital e físico) somente com composições de Roberto Menescal, a convite do próprio, cantando em inglês clássicos do compositor, produzido Raymundo Bittencourt. Neste mesmo ano, lançou o quarto disco solo intitulado “Orgânico”, com 11 faixas do compositor pernambucano Tito Marcelo, sendo elas “Por onde passa”, com a participação especial de Flávio Guimarães (harmônica de boca); “Respiração”; “Águas más”; “O sol”; “Santa DÁgua”; “Desértico”; “Escárnio”;  “Raro e comum”; “O bem do mal”; “Feras raras” e a composição “Recalques”, na qual Tito Marcelo executou ao violão de aço, além da faixa “Degelo”, gravada em dueto com o compositor (que tocou violão de aço), outra faixa que contou também com a participação especial do acordeonista Marcos Nimrichter. O disco foi produzido por Victor Biglione (arranjos, baixo e guitarra) e contou com Roberto Alemão na bateria e percussão. Ainda em 2019, apresentou-se no Blue Note, de Beijing (Pequim), na China.