
Cantor. Faleceu no Rio de Janeiro aos 86 anos de idade.
De estilo romântico, dono de voz poderosa e de extensa emissão, especializou-se inicialmente na gravação de fox, canções e boleros. Contratado pela gravadora Copacabana, estreou em discos em 1952, lançando os boleros “Irremediablemente solo”, de Avelino Munoz, e “Gitanilla”, de Paulo de Assis Ribeiro. Em 1956, gravou pela Todamérica com acompanhamento de orquestra o fox-trot “Moritat”, de Kurt Weill e Bertolt Brecht, e o bolero “Ninguém como tu”, de J. Lawrence e N. Brodsky, ambas com versões de Alberto Ribeiro. Em seguida, também com acompanhamento de orquestra gravou as canções “Domani”, de V. Minucci e T. Velona, com versão de Júlio Nagib, e “Estrela azul”, de Victor Young e E. Heyman, com versão de Carlos Alberto. Ainda em 1956, gravou pela Continental, com acompanhamento de Severino Araújo e Orquestra Tabajara, os hinos “Hino de Cosme e Damião”, de Umberto Silva, e o “Hino da Polícia Militar”, de J. Nepomuceno. Gravou em janeiro de 1957, um último disco pela Todamérica com o beguine “Anastacia”, de P. F. Webster e A. Newman, e o fox-trot “Serenade”, de S. Romberg e D. Donnel, com versões de Alberto Ribeiro. No mesmo ano, foi contratado pela gravadora Sinter e lançou, com acompanhamento de Alexandre Gnattali e sua orquestra, o beguine “Volta ao mundo”, de H. Adamnson e Victor Young, e o fox-trot “Cartas de amor na areia”, de Nick Kenny, Chasles Kenny e J. Coots, ambas com versão de Alberto Ribeiro. Com acompanhamento de Britinho e Sua Orquestra, gravou o fox-trot “Anjo particular”, de Jimmy Duncan, e versão de Haroldo Barbosa, e o bolero “Um pouco de paz”, de Geraldo Cunha. Nesse ano, participou da coletânea “Souvenir musical”, com artistas da gravadora Sinter/Philips que incluiu nomes como Paulo Tapajós, Trio Nagô, Marinês, Jorge Fernandes, Vanja Orico, e Aurora Miranda, entre outros. Nesse disco interpretou a canção “Canta Maria”. Também em 1957, gravou pela Sinter o LP “Instantâneos de Hélio Paiva e a música de Ary Barroso”, um tributo ao compositor Ary Barroso, no qual interpretou as músicas “Faixa de cetim”, “Canta Maria”, Cabôca”, com José Carlos Burle, “Rei Nagô”, com Marcos Sandoval, “Hoje é novo dia”, “Isto aqui o que é”, “Tú”, “Quero dizer-te adeus”, “Chula-ô”, e “No rancho fundo”, com Lamartine Babo. Em 1958, gravou o bolero “Aperta-me em teus braços”, de Anísio Silva e Almeida Rego, e as canções “Nel blu dipinto di blu”, de Domenico Modugno e F. Migliacci, “Como antes”, de Di Paola, Panzeri e Tacconni, com versão de Júlio Nagib, e “Minha prece”, de G. Brassens e F. James, com versão de V. de Brito. Nessa última, cantou com participação do ator e radialista Paulo Gracindo, então um astro da Rádio Nacional. Em 1959, fugindo ao estilo romântico que até então adotara, gravou com acompanhamento da orquestra de Carlos Monteiro de Souza os sambas Riquezas do Brasil” e “Vem ver meu Rio de Janeiro”, ambos de Antônio Almeida. Em 1960, gravou na Chantecler, com a orquestra e coro sob direção do maestro Élcio Alvarez, o rock-balada “Obrigado, amor”, de Carlos Morais, e o bolero “Noites vazias”, de Valdir Finotti e Gilson Santomauro. Em 1962, atuou com sucesso na comédia musical “My Fair Lady”, tendo ainda participado do LP com a trilha sonora do musical interpretando a faixa “A rua onde ela mora”, de F. Loewe, e versão de Victor Berbara. Com as transformações ocorridas no panorama da música popular brasileira a partir da bossa nova e da jovem guarda, sua carreira entrou em declínio.