3.002
Nome Artístico
Gilda Lopes
Nome verdadeiro
Guiomar Schneider
Data de nascimento
17/6/1937
Local de nascimento
Porto Alegre, RS
Data de morte
8/7/2009
Local de morte
São Paulo, SP
Dados biográficos

Cantora. Compositora. Estudou piano e ballet dos 5 aos 14 anos. Em 1950, foi eleita “Rainha dos estudantes gaúchos”. Em 1952, ficou em segundo lugar no concurso de Miss Porto Alegre. Na ocasião, tinha 15 anos e pelo regulamento, menores de idade não podiam vencer o concurso. Em 1959, mudou-se para o Rio de Janeiro. Foi funcionária da Embaixada brasileira na cidade de Roma, capital da Itália. Em fins de 1962, seu filho perdeu um braço em acidente rodoviário e ela, sentindo-se culpada pois havia sugerido a viagem de ônibus em lugar do avião por temer um acidente aéreo, foi morar nos Estado Unidos para acompanhar o tratamento do filho. Acabou abandonando a carreira artística.

Dados artísticos

Iniciou a carreira artística na cidade de Roma quando trabalhava na Embaixada brasileira. Convidada para um programa na Rádio Roma em homenagem ao Brasil interpretou “Lamento de escravo”, de sua autoria. No dia seguinte recebeu convites da RCA Victor e da Fonit para gravar. Ainda na Itália atuou nos programas de TV “Musichieri” e “Noi Loro”, e nos programas de Rádio “24ª Hora” e “Musicale”, além de apresentar-se em diferentes boates como “Open Gate” e “Kit Kat”. Atuou também no cinema numa produção ítalo americana. Foi tema de reportagem das revistas italianas “Settimana” e “Ill Tempo”. Mesmo com sucesso na Itália resolveu retornar ao Brasil chegando ao Rio de Janeiro em maio de 1959. Suas primeiras gravações foram feitas em 1962, pela gravadora Continental quando registrou os boleros “Lola”, de R. Adler, J. Rosa e João Roberto Kelly, e “Delírio”, parceria sua com João Roberto Kelly. Ainda em 1962, contratada pela Odeon fez sucesso com a balada “O trovador de Toledo”, de Giraud e Drejec, em versão de Romeu Nunes, gravada em disco que tinha ainda o “Tango italiano”, de Malgoni, Pallesi e Baretta, também em versão de Romeu Nunes. Em 1963, gravou as canções “Padre Don José”, de J. La Rue e A. Romans, em versão de Alina, “A hora do amor”, de L. Delises com adaptação de Fernando César, “Amor perdido”, de A. Leman e H. Ithier, em versão de Fernando Barreto, e “Mágoa de amor”, de Sérvulo Odilon. Ainda em 1963, lançou o LP “Gilda Lopes – A fabulosa” no qual interpretou as canções “Tormento de amor (Todo lo español)”, de J. S. Garberi, e versão de Romeu Nunes, “Bá Bá Lá Ô”, de José Messias, “Não eu não vou ter saudade (Non je ne regrette rien)”, de M. Vaucaire e C. Dumont, e versão de Romeu Nunes, “De degrau em degrau”, de Jerônimo Bragança e Nóbrega e Souza, “Nasci para ti (Nata per me)”, de A. Adalcel, Mogol e Del Prete, em versão de Aline, “Balada do adeus (Ballata della trompa)”, de F. Pisano, e versão de Romeu Nunes, “Apaixonada”, de E. Bonagura e C. Concine, com versão de Aline, “Agonia”, de Paulo Aguiar e Carlos Belisário, e “Quero paz”, de Ricardo Galeno e Cirene Mendonça, além de mais três canções já lançadas anteriormente: “A hora do amor”, “Padre Don José”, e “O Trovador de Toledo”. No mesmo ano, sua gravação para “O Trovador de Toledo” foi incluída no LP “14 sucessos” da gravadora Odeon. De curta carreira, deixou seu nome na história da música popular pela interpretação de baladas românticas. Também se dedicou à ópera. Por problemas familiares acabou abandonando a carreira artística e foi morar nos Estados Unidos.

Discografias
1963 Odeon LP A fabulosa Gilda Lopes
1963 Odeon 78 Amor perdido/Mágoa de amor
1963 Odeon 78 Padre Don José/A hora do amor
1962 Odeon 78 O trovador de Toledo/Tango italiano
1959 Continental 78 Lola/Delírio
Obras
Delírio (c/ João Roberto Kelly)
Lamento de escravo