
Cantor. Compositor. Diretor musical e produtor.
Nasceu no bairro de Jardim 7 de Abril, sub-bairro de Paciência, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Oriundo de família musical, com pai (Seu Tiago) clarinetista e mãe (Dona Penina) cantora, que formavam, junto com os filhos o Conjunto Tiago que se apresentava na Congregação Batista do bairro.
Antes da carreira artística trabalhou como ajudante de caminhão, almoxarife, vendedor e vigilante, entre outras profissões.
O nome artístico “Mombaça” refere-se a uma cidade do Quênia, país da África Oriental.
Na década de 1980 cursou História na Universidade Santa Úrsula, em Botafogo, mas formou-se em Jornalismo.
Foi professor de História no Colégio Estadual Barão do Rio Branco, em Santa Cruz.
Em 2006 dirigiu o musical infantil “As Galinhas”. Encenado por 12 meses pela Cia de Teatro Contemporâneo, no Rio de Janeiro.
Pelo engajamento musical em favor das políticas de integração racial no Brasil, recebe troféu “Griot”, da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, na categoria “Cantor”.
Em 1982, com dois colegas de faculdade, fundou o Trio Centelha, com o qual veio a ter sua primeira experiência com a MPB.
Em 1994, o grupo Musical Coeur Sambá, produzido por Martinho da Vila, gravou “Princesa princesa”, de sua autoria.
No ano de 1997 Martnália lançou, pela gravadora ZFM Records, o CD “Minha cara”, no qual incluiu “Entretanto”, parceria de ambos.
Sua composição “Chega”, em parceria com o cantora e compositora Martnália, foi inscrita em um festival de MPB na cidade de Friburgo, sendo incluída mais tarde em seu primeiro disco.
No ano 1999 lançou o primeiro disco-solo intitulado “Mombaça”, no qual contou com a participação especial da cantora e parceira Marnália na faixa “Queixumes”.
Em 2001 fez parte da delegação que representou o Brasil na “Terceira Conferência Mundial Contra o Racismo, o Preconceito Racial, a Xenofobia e Intolerâncias Correlatas”, em Durban, na África do Sul. Por esta época, começou a compor as músicas que viriam a fazer parte do seu segundo disco.
Em novembro de 2002 lançou, no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro, o CD “Afro memória”. No show contou com as participações especiais de Susana Werner, Neusa Borges e Martnália interpretando “Pretinhosidade” (Mombaça e Martnália), faixa que havia gravado em participação especial no disco e que tivera uma certa divulgação em várias emissoras de rádio do Rio de Janeiro. No disco também foram incluídas as composições “Conferência Nacional” e “Dama de Ébano”, ambas de sua autoria. Neste mesmo ano de 2002 a parceira Martnália incluiu duas compoisções de ambos: “Beco” e “Chega” no CD “Pé de meu samba”. Neste mesmo ano produziu o CD independente “Luzes”, da cantora e atriz Neusa Borges.
Em 2004 no CD e DVD ao vivo “Pé de meu samba”, Martnália incluiu uma nova versão para “Entretanto” (Martnália e Mombaça), desta vez contando com a participação especia do cantor e compositor Moska.
No ano de 2007 lançou, pelo Selo Lua Negra, do qual é um dos sócios, o disco “Afro memória + Pretinhosidade”, no qual contou com as participações de Cláudio Jorge (violão), Jovi Joviniano (percussão) e Mariana Blanc (capa e artes gráficas). No disco interpetou as faixas “Obnubilado”, “Entre nós”, “Afro memória”, “Quadro negro”, “Mandelas”, “Reparação”, “Menino de rua não pode morrer”, “Na serra da nossa barriga” e “Paciência”, todas de sua autoria e ainda as faixas “Chega” e “Pretinhosidade”, ambas em parceria com Martnália. Neste mesmo ano faz dois show no Clube das Nações, em Brasília, no Distrito Federal e logo depois fez turnê com a banda por países africanos: Botsuana, Quênia e Togo, neste último país representou o Brasil no “Festival de Divindades Negras”.
Durante a carreira participou de vários shows coletivos, tais como “Nelson Mandela, o Rio te abraça”, dividindo o palco com Alcione, Sandra de Sá, Tim Maia e Emílio Santiago, entre outros; “Terra e Democracia” (com Xuxa, Djavan, Elba Ramalho, MPB-4) e “180 Anos do Teatro João Caetano”. Apresentou-se, em carreira solo, no Terreirão do Samba e nos palcos dos teatros Rival BR e Ginástico, ambos no Rio de Janeiro e alguns shows com direção de Túlio Feliciano.
Participou do projeto “Encontros Notáveis”, no Teatro Dulcina. Montou o show “Mombaça canta Djavan” no Teatro do Clube do América, com direção de Neusa Borges.
Compôs, em parceria com Mu Chebabi, a música “Vem vencer” contra as cenas de racismo que ocorreram em jogos de futebol. A música virou clipe, com produção, arranjos, regência e direção musical de Arthur Maia, e contou com a participação de vários artistas, entre os quais Chico Buarque, Gilberto Gil e Marcelo Yuka.
Tem composições gravadas por Ana Costa (“Mulata trabalhada na cintura”); Sálda Farah (“Você foi o culpado”) e Martnália (“Beco”, “Pretinhosidade”, “Entretanto” e “Chega”) e nos CDs “A Lua me disse” (faixa “Arpoador”) e no CD “3º Festival Carrefour de MPB” (faixa “Fim de linha”).
Entre seus diversos parceiros musicais, destacam-se Sandra de Sá, João Suplicy, Ana Costa e Martnália, sua mais constante parceira.
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Edição Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.