Ricardo Leão

Iniciou a carreira profissional em Goiânia, até mudar-se para o Rio de Janeiro, onde tocou na noite.

Vem atuando, desde a década de 1980, ao lado da cantora Simone. Paralelamente, esteve lado a lado de outros artistas, Milton Nascimento, Martinho da Vila, César Camargo Mariano, Cássia Eller, Emílio Santiago, Moraes Moreira , Orlando Morais, Chico César e Zeca Baleiro, entre outros, como arranjador ou instrumentista.

Lançou, com o guitarrista Natan Marques, os discos “Comboio” (1987) e “Dois” (1990), que levaram os dois instrumentistas ao Festival de Jazz Montreal (Canadá) e ao Free Jazz Festival (SP), em 1991. ao lado de Joe Zawinul e do grupo vocal norte-americano Take 6.

Em 1992, participou do Festival de Jazz de Montreux (Suíça), regendo, ao lado do maestro Quincy Jones, um arranjo para grande orquestra que escreveu para “Maria Maria” (Milton Nascimento e Fernando Brant).

No ano seguinte, foi contemplado com o Premio Sharp de Música, na categoria Melhor Arranjador MPB, pelo LP “Sou eu” de Simone.

Em 1994, assinou a direção musical do especial com Dorival Caymmi para o “Som Brasil” (Rede Globo), um dos enfoques da série “Teclado Contemporâneo Brasileiro” que a Visom Records lançou em CD.

Em parceria com o saxofonista e flautista mineiro Nivaldo Ornelas, lançou, em 1995, o CD “As canções de Milton Nascimento”, indicado para o Prêmio Sharp de Música e contemplado com o Prêmio de Melhor Disco Instrumental brasileiro lançado nos EUA em 1996.

Participou do “Songbook Tom Jobim Instrumental” (1996), com a canção “Marina Del Rey”. O disco recebeu o Prêmio Sharp de Música, na categoria Melhor Álbum Instrumental. Nesse mesmo ano, assinou a direção musical do show “Perdido de amor”, de Emílio Santiago. Ainda em 1996, participou, ao lado de Orlando Morais, do “Songbook Djavan”, com a canção “Banho de rio”.

Em 1997, foi responsável pela produção musical do CD “Agora”, de Orlando Morais, e também do CD “Por onde andará Stephen Fry?”, de Zeca Baleiro, que além de ter sido contemplado com o Prêmio Sharp de Música, na categoria Melhor Disco, rendeu-lhe o prêmio de Melhor Produtor Pop/Rock.

Em 1998, produziu o show e o CD ao vivo “Noites Goianas I”, com os artistas goianos João Caetano, Fernando Perillo, Marcelo Barra, Maria Eugenia Pádua e Ely Camargo. Nesse mesmo ano, produziu o CD “Fronteiras”, de João Caetano.

No ano seguinte, produziu o show e CD ao vivo “Noites Goianas II”, com os artistas goianos Nila Branco, Marco Antonnini, Claudia Vieira, Maíra, João Marcelo, Gilberto Correia e Odair José. Também em 1999, escreveu todos os arranjos do CD “Somos todos iguais”, dos grupos MPB-4 e Quarteto em Cy. Ainda nesse ano, assinou a a direção musical do show “7 vidas”, de Orlando Morais. Participou, ao lado de Lenine, do “Songbook Chico Buarque”, com a música “Baticum”.

Em 2000, lançou o CD “Baladas Goianas”. Nesse mesmo ano, produziu os CDs “Páginas abertas”, de Fernando Perillo, e “Iara”, de Iara Figueiredo. Também em 2000, foi convidado pela Rede Globo de Televisão para assumir a produção musical do programa “Gente inocente”, dirigido por Cininha de Paula e Jorge Fernando.

No ano seguinte, escreveu arranjos para o CD “Seda pura”, de Simone, sendo responsável também pela direção musical do show homônimo realizado pela cantora. Assinou arranjos também para CDs de Gil (Banda Beijo) e Carla Visi. Também em 2001, compôs a trilha sonora da peça “Cócegas”, com Ingrid Guimarães e Heloisa Périssé. Produziu, nesse mesmo ano, o CD “Na paz”, de Orlando Morais. Ainda nesse ano, acompanhou ao piano o tenor espanhol José Carreras no Festival Internacional do Algarve, em Faro (Portugal), ao lado da Orquestra Metropolitana de Lisboa.

Compôs, em 2002, as trilhas sonoras das seguintes peças teatrais: “Ladrão que rouba ladrão”, de Ray Cooney, dirigida por Cyrano Rosalém, com Débora Duarte e Roberto Perillo; “Atacado e varejo”, de Sura Berditchevsky; “Tem um psicanalista na nossa cama”, de João Bittencourt, com Elisângela e Roberto Bataglin; e “Cosquinha”, Ingrid Guimarães e Heloísa Périssé, essa última registrada em CD. Ainda nesse ano, escreveu todos os arranjos dos CDs “Feminino” (ao vivo), de Simone e “Romântico e sentimental”, de Evaldo Gouveia.

A convite da treinadora Tatiana Pokrouskaya, compôs, em parceria com o percussionista Paulinho He-man, o “Tema da Seleção Russa de Nado Sincronizado (Campeã Mundial)” para o Campeonato Mundial de 2003 e para as Olimpíadas de 2004.

Em 2003 compôs as trilhas sonoras das seguintes peças teatrais: “Camisa de força”, de Cyrano Rosalém, com Fafy Siqueira e Benvindo Sequeira; “O dia em que John Lennon morreu”, de Ricardo Linhares, com Mariana Hein e Sergio Abreu; e “Não fui eu”, de Luiz Carlos Góes, dirigida por Jorge Fernando, com Eri Johnson. Como instrumentista, participou da gravação dos CDs de Morais Moreira (“Meu nome é Brasil”), Martinho da Vila (“Conexões”), Orlando Morais (“Tudo certo), Evaldo Gouveia (“Romântico e sentimental II”) e Fernando Perillo (“Amores”). Em novembro desse mesmo ano, recebeu, durante o Festival Canto da Primavera (Pirenópolis, GO), uma homenagem do Governo de Goiás pelos relevantes serviços prestados em favor da Cultura do Estado. Ainda em 2003, gravou ao piano com o ator e cantor francês Gerard Darmon a canção “A montanha e a chuva” no CD “Au Milieu de la Nuit” (Sony Internacional).

Em parceria com o baixista Geisan Varne (BPM), montou a banda RG (Inoxidável) e gravou um CD de “Brazilian Lounge Music” (Visom) para o mercado exterior.

Ao longo de sua carreira, compôs várias trilhas sonoras para cinema, teatro e televisão, e participou, como instrumentista, arranjador ou diretor musical, da gravação de aproximadamente 150 discos, entre os quais estão: “Mama Mundi” (MZA/Universal, 2001), de Chico César; “Chiquinho do Acordeon” (Visom, 1989); “Encanto” (Philips, 1992), de Elba Ramalho; “Noites Goianas” (Anhanguera, 1998), “Emílio Santiago” (Som Livre, 1996), “Avisa lá” (Som Livre, 1997) e “Eu preciso dizer que te amo (Som Livre, 1998), todos de Emílio Santiago; “Do fundo do meu coração” (BMG, 1993), de Fafá de Belém; “As mais gostosas das Frenéticas” (1992); “Au Milieu de la Nuit” (Sony France, 2003), de Gérard Darmon; “Amor bandido” (BMG, 1988), de Joanna ; “Sou eu” (Independente, 2003), de Lenine; “Songbook Chico Buarque” (Lumiar, 2000); “Avenida das Desilusões” (CBS, 1993), de Leo Jaime; “Noites Goianas II” (Anhanguera, 1999); “Primitive Messenger” (Visom, 1997), de Marcelo Salazar; “Conexões” (MZA, 2003), de Martinho da Vila, “Txai” (CBS, 990); de Milton Nascimento; “Meu nome é Brasil” (MZA, 2003), de Moraes Moreira; “Mar de Mineiro” (Lua Discos, 2002), de Nelson Angelo; “Ao vivo” (1996) e “Aquarelas” (Independente, 2001), ambos de Nivaldo Ornelas; “Agora” (Som Livre, 1996), “7 Vidas” (Som Livre, 1998), “Na paz” (Lampejo, 2001) e “Tudo certo” (2003), todos de Orlando Morais; “Grooveland” (Perfil, 2002), de Paulinho Braga; “Somos todos iguais” (PolyGram, 1998), dos grupos Quarteto em Cy e MPB-4; “Traficante de ilusões” (MZA/Warner, 1994) e “Templo” (MZA/ PolyGram, 1996), ambos de Renata Arruda; “Roberta Miranda” (Continental, 1993); “Amor e paixão” (CBS, 1986), “Vício” (CBS, 1987), “Sedução” (CBS, 1988), “Simone” (CBS, 1989), “Liberdade” (CBS, 1990), “Simone” (Sony Internacional, 1991), “Raio de luz” (Sony, 1992), “Sou eu” (Sony, 1993), “Simone Bittencourt de Oliveira” (Sony, 1994), “Brasil -ao vivo” (PolyGram, 1997), “Fica comigo essa noite” (PolyGram, 2000), “Seda pura” (Universal, 2001), “Feminino – ao vivo” (Universal, 2002), todos de Simone; e “Por onde andará Stephen Fry? (MZA/Polygram, 1998), de Zeca Baleiro.

Lançou, em 2004, o CD “Teatro:Temas e Canções”, contendo trilhas sonoras que compôs para oito peças de teatro.

Assina a produção musical do programa “Sob nova direção” (Rede Globo), dirigido por Mauro Farias, com Heloísa Perissé e Ingrid Guimarães.

É proprietário do estúdio Jaula do Leão.

Lançou, em 2006, o CD “Idas & Vindas”, contendo suas composições “Macambira”, “Amanda e Sofia”, “Choro Porto Rico”, “O Triângulo é Mineiro”, “Dias sem fim”, “Tidi”, “Montreal”, “Setembro”, “Coração de balão” e “Olhos na noite”. O disco contou com a participação de Marcelo Martins, Jessé Sadoc e Zé Canuto (sopros), Paulinho Braga e Cláudio Infante (bateria) e Marcos Suzano (percussão).

Lançou, em 2009, o CD “Cinematecla”, interpretando clássicos do cinema nacional e internacional, entre os quais “Bye bye Brasil” (Roberto Menescal e Chico Buarque), “Eu te amo” (Tom Jobim e Chico Buarque) e “Gaijin” (Mú Carvalho), entre outros.

Em 2013, apresentou-se na casa Miranda (RJ). O show contou com a participação de Marcos Valle e Ricardo Silveira