
Compositor. Cantor. Destacou-se como compositor de frevos sendo considerado um dos grandes nomes do carnaval pernambucano.
Mudou-se para Recife na década de 1930. Começou a carreira artística como cantor na Rádio Clube de Pernambuco. Nesse período, começou também a compor e, como tal, consagraria sucessos como o frevo-canção “Tô sentindo uma coisa”, gravada em 1954 por Nelson Gonçalves na RCA Victor, “Italiana”, lançada também por Nélson Gonçalves no ano seguinte, e “Me dá um cheirinho”, esta última, gravada por Jackson do Pandeiro em 1956. Nesse ano, gravou, pela gravadora pernambucana Mocambo o maracatu “Cruz do patrão”, de sua autoria, e “Bumba-meu-boi”, parceria com Ascenso Ferreira. Em 1957, o frevo- canção “Vegetariano” foi gravado por José Orlando. No mesmo ano a dupla Céu e Mar gravou a marcha “Pisei na fogueira”, e Nerize Paiva gravou o frevo- canção “Operação Macaco”, parcerias com Nelson Ferreira. Em 1958, Claudionor Germano gravou, também pela Mocambo, o frevo- canção “Caiu a sopa no mel”, parceria com Nelson Ferreira e Aldemar Paiva. Ainda no mesmo ano, o trio Os Três Boêmios gravou o côco “Tirador de improviso”, também com Nelson Ferreira. Em 1962, Evaldo França gravou o frevo-canção “Mesmo que queijo” e a Turma dos frevolentos gravou o frevo-canção “O amor vem da sorte” e o maracatu “Dona santa”, enquanto Bianor Batista lançou o frevo-canção “Chegou o Biu das moças”, parceria com Nelson Ferreira. Em 1964, Francisco de Assis gravou o frevo-canção “Mariana”. Seus maiores sucessos foram “Operação Macaco”, com Nelson Ferreira, “Qual é o pó”, “Caiu a sopa no mel”, com Nelson Ferreira, “Mesmo que queijo”, “Olhe o dedinho”, “Mariana” e “Quem morre de véspera é peru”. Suas obras foram quase que exclusivamente dedicadas ao carnaval pernambucano, somando frevos-canções, maracatus, marchas, cocos e frevos-de bloco, entre outros ritmos característicos daquela região.