4.001
Nome Artístico
Maestro Pedrotti
Nome verdadeiro
Lineu Fernandes Pedrotti
Data de nascimento
18/10/1933
Local de nascimento
Pelotas, RS
Dados biográficos

Maestro. Instrumentista. Trombonista. Arranjador. Compositor. Formado em Teoria, Harmonia e Composição pelo Centro Universitário, Conservatório de Música do Rio de Janeiro. Fez cursos de regência pela FECORS, Federação de Coros do Rio Grande do Sul.

Dados artísticos

Iniciou a carreira artística na segunda metade da década de 1950. Em 1957, ingressou na Rádio Gaúcha de Porto Alegre onde permaneceu até 1960. Em 1962, mudou-se para o Rio de Janeiro e ingressou na TV Continental. No ano seguinte, passou a trabalhar na TV Rio, e, em 1964, foi contratado pela TV Excelsior. Por essa época, trabalhou na orquestra do maestro José Maria. Em 1965, foi contratado pela TV Tupi na qual atuaria até o fechamento da emissora em 1979. Foi o maestro e arranjador do Festival de Carnaval e também de todos os festivais da TV Tupi. Apresentou-se em programas como “A grande chance”, de Flávio Cavalcanti e “Cassino do Chacrinha”. Fez shows em diversas casas noturnas como Caíque, Flor de Liz, Calcau e Club 21, além de 5 anos na Boate Sucate. Em 1971, lançou pela gravadora Continental o LP “Pedrotti vai de samba na Sucata”, que teve apresentação na contra capa do produtor Sargentelli, que assim falou sobre ele: “Este LP é a prova dos nove desse Pedrotti sambista! A oportunidade para se firmar e se fixar definitivamente. Eu, particularmente, levo fé nesse seu trabalho. Sobre tudo, porque se trata de mais um resultado após tantos anos de estudos e pesquisas. Este LP se constitue num extraordinário estímulo a um artista brasileiro que se projeta admiravelmente, sabendo das coisas… Trombone pra ninguém botar defeito… Na base do Ziriguidum, Oi!”. Nesse disco gravou dois pot-pourris, o primeiro com as músicas “Chega de saudade”, de Jobim e Vinícius, “Barracão”, de Luiz Antônio e Oldemar Magalhães, e “Que pena”, de Jorge Ben, e no segundo, as músicas “Favela”, de Roberto Martins, “Aos pés da cruz”, de Marino Pinto e Zé da Zilda, “Emilia”, Wilson Batista e Haroldo Lobo, e “Copacabana”, de João de Barro e Alberto Ribeiro, além dos sambas “Vou deitar e rolar”, de Baden Powell e Paulo César Pinheiro, “Teletema”, de Antônio Adolfo e Tibério Gaspar, “Essa moça tá diferente”, de Chico Buarque de Holanda, “Bebete vambora”, de Jorge Ben, “Samba sem viola”, de Zé Di e Dora Lopes, “Coqueiro verde”, de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, “Foi meu sonho”, de Norival Reis e Jorge Duarte, “Nada mudou”, de Hewton Santana e Helio Alves, “Bola preta”, de Jacob Bittencourt, e “Pedrotti maluco”, de sua autoria. Em 1975, passou a atuar na TV Record de São Paulo e do Rio de Janeiro. No mesmo ano, lançou pela Discofam o LP “Gafieira meu xodó” no qual interpretou sucessos como “Tamanco malandrinho”, de Tom e Dito, “Batendo a porta”, de João Nogueira e Paulo César Pinheiro, “Foi um rio que passou em minha vida”, de Paulinho da Viola, “Retalho de cetim”, de Benito di Paula, “Naquela mesa”, de Sergio Bittencourt, “Vem chegando a madrugada”, de Noel Rosa de Oliveira e Zuzuca, “Fechei a porta”, de Sebastião Mota e Ferreira dos Santos, “Tem capoeira”, de Batista da Mangueira, “Maior é Deus”, de Felisberto Martins e Fernando Martins, “Helena Helena”, de Antônio Almeida e Constantino Silva, “O assassinato do camarão”, de Zezé e Ibraim, “Na Glória”, de Ari Santos e Raul de Barros, ” O pequeno burguês”, de Martinho da Vila, “1800 colinas”, de Gracia do Salgueiro, “Eu quero apenas”, de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, “Ninguém tasca (O gavião)”, de Mário Pereira e João Quadrado, “Arrependimento”, de Silvio Caldas e Cristóvão de Alencar, “Apelo”, de Baden Powell e Vinicius de Moraes, “Eu agora sou feliz”, de Jamelão e Mestre Gato, “Tristeza”, de Haroldo Lobo e Niltinho Tristeza, “Paraquedista”, de José Leocádio, “Cheiro de saudade”, de Djalma Ferreira e Luis Antônio, “O importante é ser fevereiro”, de Wando e Nilo Amaro, “General da Banda”, de Sátiro de Melo, Tancredo Silva e José Alcides, “Guardei minha viola”, de Paulinho da Viola, e “Maracangalha”, de Dorival Caymmi. Em 1976 e 1977, regeu a Orquestra Sinfônica da Universidade Gama Filho, do Rio de Janeiro. Ainda em 1976, fez shows no Café Concerto, em São Paulo. Nos anos de 1977 e 1978, apresentou-se com sua orquestra no Hotel Sheraton no Chile, Uruguai, Paraguai, Argentina e Panamá. Também em 1978, fez apresentações na cidade argentina de Mar Del Plata durante a realização da Copa do Mundo de futebol para a qual inclusive compôs o jingle. Em 1980, atuou na TV Vitória no Espírito Santo. Em 1982, compôs o jingle para a Copa do Mundo da Espanha. Em 1991, gravou o Hino Nacional do Lions Club. Em 1995, foi o vencedor do festival de samba-enredo na cidade gaúcha de Pelotas. Em 1997, foi homenageado pela Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira recebendo um diploma e uma placa. No ano seguinte, compôs a trilha sonora para o filme “Tudo é Brasil”, de Rogério Sgarzela. Foi também o autor da trilha sonora do filme “Açorianos”, de David Quintas. Ainda em 1998, foi o autor do samba-enredo da Escola de Samba Noite de Luar, vencedora do carnaval da cidade de Pelotas naquele ano. Em 1999, criou a Orquestra Escola Missioneira. No mesmo ano, apresentou concerto com orquestra e coro no Teatro Sesc na cidade de Ijuí, no Rio Grande do Sul. Em 2000, com o tema “Missões” compôs o Hino das Escolas de Samba de Porto Alegre. Com mais de 50 anos de carreira artística gravou um total de oito discos.

Discografias
1975 Discofam LP Gafieira meu xodó

Pedrotti e Seu Trombone

1972 Continental LP Pedrotti vai de samba na Sucata
Obras
Pedrotti maluco