4.002
Nome Artístico
Bambico
Nome verdadeiro
Domingos Miguel dos Santos
Data de nascimento
1944
Local de nascimento
Umuarama, PR
Data de morte
1982
Local de morte
São Paulo
Dados biográficos

Cantor. Compositor. Violeiro.

Dados artísticos

Considerado um dos maiores violeiros da História da música caipira, é, no entanto, uma figura muito pouco conhecida, já que sua carreira desenvolveu-se principalmente como músico de estúdio. Segundo Pedro Lemos Barbosa, o Pinho, criador e diretor da Revista Viola Caipira, “…se Tião Carreiro é considerado o Pelé da Viola, Bambico foi sem dúvida o Garrincha dos Violeiros, tendo sido um verdadeiro artista nas artimanhas dos Ponteios”. Sua atuação foi fundamental para a criação do pagode sertanejo. Na segunda metade dos anos 1970, formou dupla com Bambuê, com quem gravou dois LPs, “Viola e violão” e “É fogo no fogo”. Em 1980, formou, com João Mulato, a dupla João Mulato e Douradinho, gravando os LPs “Saudade de um amor que passa” e “Meu reino encantado”. Tocou viola caipira em disco de Tião Carreiro, para quem criou introduções para diversos pagodes, e também em discos da dupla Jacó e Jacozinho. Em 1969, teve suas primeiras composições gravadas pela dupla Jacó e Jacozinho: “Doce de coco” e “Chuva de arroz”, parcerias com Moacir dos Santos. No ano seguinte, “Lembrei de ti”, com Benedito Seviero, foi gravada por Jacó e Jacozinho, no LP “Mãezinha querida”, da Caboclo/Continental. Em 1975, “Canta viola”, com Wanderley Martins, foi gravada pela dupla Cruzeiro e Oriente, em disco Phoenix. Em 1977, a toada “Minha vez de cantar”, com Dino Franco, foi lançada pela dupla Zé Mineiro e Mirandinha no LP “Terra de Deus”, da gravadora Caboclo/Continental, sendo regravada dois anos depois pela dupla João Ferreira e Ferreirense. Em 1978, quatro composições suas, em parceria com Moacir dos Santos, foram gravadas pela dupla Licio e Lina, no LP “Brasil amado” da Sertanejo/Chantecler: “Turma da pesada”; “Ei Paraná”; “Morrer na solidão”, e “Você Sabia”. Em 1979, lançou o LP solo “Função de violeiro”, pela Sertanejo/Chantecler, no qual interpretou “Seleção de Pagodes N° 1”, que incluiu os pagodes “Violinha barulhenta”; de Moacir dos Santos e Lourival dos Santos; “Azulão do Reino Encantado”, de Lourival dos Santos, Pardinho e Arlindo Rosa; “A viola é meu futuro”, de sua autoria; “Meu recanto”, de Moacir dos Santos e Joaquim Moreira; “Eu, ela e o cavalo”, de Moacir dos Santos e Jacozinho; “João Sem Medo”, de Pardinho e Tião do Carro e “Sanfoneiro folgado”, de Mário Zan e Motinha. Também no disco: o “Pot-pourri Nº 1”, que incluiu as músicas: “Boiadeiro apaixonado” e “Moda da mula preta”, de Raul Torres; “Baião da Serra Grande”, de Fred Williams e Palmeira; “Sarita”, de B. Toledo e Santos Rodrigues; “Brincando com a viola”, de sua autoria e José Homero Béttio, e “Ferreirinha na viola”, de Rossini Tavares de Lima, com adaptação de Dino Franco; a seleção de pagodes nº 2, com as músicas: “Jogo do amor”, de Zezito e Zeca; “Ninho de saudade”, de Pardinho e Mairiporã; “Minha vez de cantar”, de sua autoria e Dino Franco; “Cavalo enxuto”, “Eu acho é bom”, e “Pé quente”, as três de Moacir dos Santos e Jacózinho; o “Pot-pourri Nº 2”, com as músicas “Cabocla Tereza” e “Mourão da porteira”, da dupla Raul Torres e João Pacífico, e “Piracicaba”, de Newton de Almeida Mello, e, ainda, a “Seleção de pagodes N° 3”, com os pagodes “Canta viola”, de sua autoria e Wanderley Martins; “Origem da Vila”, de Sebastião César Franco e Paulo Roberto Franco; “Sorriso da viola”, de sua autoria; “Longa caminhada”, sua e de Liu, e “Retirada”, de Augusto Toscano, além das músicas “De papo pro á”, de Joubert de Carvalho e Olegário Mariano, “O astronauta”, sua e Pedro Jacob, e “Função de violeiro”, de sua autoria. Lançou, em dupla com Bambuê, pela Caboclo/Continental, o LP “Viola e violão”. Ainda em 1979, teve a música “O destino escolheu assim”, com Campanha, interpretada pela dupla Divon e Alan. Em 1980, tocou violão e viola no LP “Boas Festas” lançado pela dupla Tonico & Tinoco pela Chantecler/Continental. Em 1982, poucos meses antes de falecer, lançou o LP solo “Brincando com a viola”, pela gravadora Chantecler. No mesmo ano, foram gravadas três composições de sua autoria: “A vitrola da vizinha”, com Moacir dos Santos, pela dupla Irídio e Irineu, no LP “O menino e a rosa”, da gravadora Copacabana, “Aluga-se ou vende-se uma casa”, com André e Andrade, pela dupla André e Andrade, no LP “Amando escondido”, da Chantecler, e “Milagre do sonho”, com Wera Liz e Orlandinho, pelo grupo As Gaivotas, no LP “Gotinha dágua”, da gravadora Rodeio/WEA. Como compositor, seu principal parceiro foi Moacir dos Santos, tendo músicas gravadas por duplas como Jacó e Jacozinho, André e Andrade e Irídio e Irineu. Ainda em 1982, participou, tocando viola, do disco da dupla Pena Branca e Xavantinho “Uma dupla brasileira”, do selo RGE, produzido por Lurdinha Pereira. Também nesse ano, tocou viola e violão no LP “Nem carro nem boiada” lançado pela dupla Tião do carro e Mulatinho pelo selo Rancho, da PoliGram. Em 2010, teve a sua composição “Brincando com a viola” gravada pela cantora e violeira Bruna Viola.

Discografias
1982 Chantecler LP Brincando com a viola
1979 Sertanejo/Chantecler LP Função de violeiro
Obras
A taça é minha (c/ Quintino Elizeu)
A viola é meu futuro
A vitrola da vizinha (c/ Moacir dos Santos)
Brincando com a viola /(c/ José Homero Béttio)
Canta viola (c/ Wanderley Martins)
Chuva de arroz (c/ Moacir dos Santos)
Doce de coco (c/ Moacir dos Santos)
Ei Paraná (c/ Moacir dos Santos)
Função de violeiro
Lembrei de ti (c/ Benedito Seviero)
Longa caminhada (c/ Liu)
Minha vez de cantar (c/ Dino Franco)
Morrer na solidão (c/ Moacir dos Santos)
O Destino escolheu assim (c/ Campanha)
O astronauta (c/ Pedro Jacob)
Sim e não (c/ Moacyr dos Santos)
Sorriso da viola
Tenho ciúmes do meu bem (c/ José Rico)
Turma da pesada (c/ Moacir dos Santos)