Rogéria

Iniciou a carreira artística ao ser premiada no programa de calouros de Ary Barroso. Em 1952, passou a fazae parte do cast PRE Neno que reunia um grupo de novos artistas patrocinados pela Casa Neno, uma loja de eletrodomésticos. Em 1953, foi eleita “Princesa do Rádio”, feito que se repetiria no ano seguinte. De 1953 a 1958, era a terceira maior correspondência da Radio Nacional, recebendo cartas em numero inferior apenas  ao recebido por Emilinha Borba e por Marlene. Nessa época, possuía fãs clubes em vários estados do Brasil  e inúmeros nos bairros do Rio, sendo ainda capa constante das revistas especializadas em música da época. Ainda em 1953, foi contratada pela Rádio Nacional, lá permanecendo até 1964. Nos anos de 1953 e 1954, atuou também na Rádio Mayrink Veiga chegando a ter um programa semanal. Atuou também em programas de televisão. Fez sua primeira gravação em 1956, pela Odeon registrando com acompanhamento de orquestra o bolero “Arrivederci Roma”, de Rascel, Gariner e Giovannini, com versão de Júlio Nagib, e o tango “Primavera de tristeza”, de Getúlio Macedo e Oscar Maneck. Contratada pela gravadora Sinter lançou disco em 1957, interpretando  o samba “Datilografando”, de David, e a marcha “Natal em festa”, de Átila Bezerra, em disco que contou com acompanhamento de Britinho e sua orquestra. Na eleição de “Rainda do Rádio” de 1959, ficou em segundo lugar. Sempre procurada para muitos programas de auditório da Rádio Nacional, em 1960, gravou a marcha “Sofre calado”, de Aldacir Louro e Linda Rodrigues, incluída no LP “Chegou a hora” lançado pela gravadora Sideral com diversos artistas para o carnaval de 1961. No mesmo período, interpretou “Eu já te vi”, de Aôr Ribeiro e Mariano Nogueira, para o LP “Saudade do nosso amor” da gravadora Sideral. Embora tivesse um começo de carreira bastante promissora, abandonou a carreira artística para casar-se com o amor da sua vida conforme gostava de afirmar. Depois de criar seu único filho, dedicou-se a cantar na igreja São Sebastião dos Frades Capuchinhos, no bairro carioca da Tijuca, na qual cantou por mais de 35 anos tendo ao longo desse período executado mais de 3.700 vezes a “Ave Maria”, de Gounod.