
Compositor. Cantor. Nascido numa família de músicos, aos três anos de idade já acompanhava o avô em reuniões familiares. Com sete anos, entrou para o conservatório de música. Em curitiba, estudou canto lírico com o barítono italiano Rio Novello, e com a cantora lírica brasileira Neyde Thomaz. Estudou depois com o maestro Sérgio Sisto. Nessa época, participou da ópera “La Traviata”.
Destacado cantor e compositor gaúcho, obteve o primeiro lugar em 8 festivais. Teve mais de 40 músicas premiadas, e foi, por onze vezes, escolhido como “Melhor intérprete” em diferentes festivais no Rio Grande do Sul. Com cerca de 100 músicas gravadas, fez parcerias, entre outros, com Jayme Caetano Braun, Cenair Maicá, Lauro Corrêa Simões, Sérgio Duarte Tarouco, Sérgio Carvalho Pereira, Marco Antônio Xiru Antunes, Jaime Brum Carlos e, Juarez Machado de Farias. Teve composições gravadas por diferentes intérpretes da música gaúcha, entre os quais, Flávio Hansen, Luiz Marenco, Gujo Teixeira, Jairo “Lambari” Fernandes e Grupo Querência. Uma de suas principais composições foi a canção “De fogões e inverneiras”, registrada pelo Grupo Querência, e que integrou a coletânea “Melhores Conjuntos Gaúchos”.
Iniciou a carreira artística em 1985, quando criou o grupo “Comparsa cancioneira”. Nesse ano, então com apenas 14 anos, apresentou-se na primeira Feira e Festa Estadual da Ovelha, Feovelha, promovida pelo Sindicato Rural da cidade de Pinheiro Machado. Em 1986, criou o grupo “Ontonte” e seguiu apresentando-se em festivais de música nativista. Em 1995, gravou seu primeiro disco, “Xucro ofício”, pela “USA Discos” interpretando composições de Jayme Caetano Braun, Xiru Antunes, Carlos Madruga, Luiz Marenco, Anomar Danúbio Vieira e Zulmar Benitez. Em 1996, teve a composição “Alma nativa”, com interpretação sua incluída no CD “13º grito do Nativismo Gaúcho”, lançado pela Studio Master. Em 1998, recebeu convite do músico Edson Dutra para fazer parte do grupo “Os Serranos”, com o qual atuou durante apenas três meses. Em 1999, lançou, pela gravadora Vozes, o seu segundo disco, o CD “Dos ancestrais até aqui”, com produção do multiinstrumentista João Marcos Negrinho Martins, que teve como destaques a chamarra “Motivos de Campo”, a vaneira “Só resta o retrato”, e o clássico chamamé correntino “KM 11”, de Trancito Cocomarola. Este disco tornou-se o mais vendido da gravadora Vozes na linha de música nativista.
Em 2000, lançou seu terceiro disco, o CD “Vida buena”, que teve ambientação feita em uma estância em Santa Vitória do Palmar. Foi um disco acústico, que teve a participação especial de Lúcio Yanel. No ano seguinte, homenageou o festival “Califórnia da canção nativa” no CD “30 anos de Califórnia”, que vendeu cerca de 30.000 cópias. Em 2002, gravou, pela Centauro Discos, o CD “Por ter querência na alma”, no qual interpretou chamamés, chamarras e milongas de compositores como Gujo Teixeira, Marcelo Caminha, Xirú Antunes e Zulmar Benitez. Interpretou também algumas composições próprias.
Em 2003, participou do “Projeto Mateadas”. Nesse ano, lançou o CD “Com alma gaúcha”, que contou com as participações especiais da Sociedade Pelotense Música pela Música, além de Renato Borghetti e Luiz Marenco. Também, no mesmo ano, apresentou o show “Dos ancestrais até aqui”, que contou com a participação de João Marcos Negrinho Martins, no contrabaixo, Luciano Maia, no acordeom, Luke Faro, na bateria, e Gustavo Teixeira, no violão e voz. Em 2004, gravou o CD duplo “Clássicos da terra gaúcha” no qual interpretou obras como “Campesino”, “Baile do Sapucay”, “De como cantar um flete”, “Canto Alegretense”, “Décima do potro baio”, e “Céu, sol, sul, terra e cor”, entre outras. Fez participação especial no disco “De capa na mala”, de Éder Goulart, na faixa “Bate Casco”, um chamamé, de Lauro César Córdova e Jones Andrei Vieira. Fez ainda show, durante a semanas farroupilha, na cidade de Porto Alegre, além de apresentar-se no 8º Rodeio Crioulo Interestadual de Cachoeirinha. Ainda em 2004, apresentou-se no programa “Coisas do Sul”, apresentado pelo canal 5, SBT. Nesse ano, foi o vencedor do troféu Vitor Mateus Teixeira (Teixeirinha), como melhor cantor. Ainda nesse ano, fez o show de encerramento do projeto “Circuito Universitário de Música Nativista” no Teatro Sete de Abril, em Pelotas, RS. Em 2005, teve participação especiaL no CD “Retrato de Pampa e Invernada”, lançado por César Oliveira e Rogério Melo. Nesse ano, lançou o CD “Cavalo crioulo”.
Entre suas premiações estão a de melhor intérprete nos seguintes festivais: “VII Chamamento da Arte Nativa Santana de Boa Vista”; “VIII, X e XIII Terra e Cor de Pedro Osório”; “X e XV Reculuta de Guaiba”; “VIII Escaramuça de Triunfo”; “II e V Ramada”; e “VIII Comparsa de Pinheiro Machado”.
Em 2011, teve as suas músicas “Pela querência” e “Pasto nativo”, ambas em parceria com Rodrigo Bauer, gravadas por Juliana Spanevello, no CD “Pampa e flor”. No mesmo disco, realizou participação especial na faixa “Estampa”, de Anomar Danúbio Vieira e Zumar Benitez.