
Instrumentista. Pianista. Compositor. De origem européia, fez parte de um grupo de músicos imigrados para o Brasil como Simon Boutman e Ignácio Kolman que ajudaram a dar forma à música brasileira na década de 1930.
Atuou no final da década de 1920 e na década de 1930 quando gravou alguns discos, além de ter composições gravadas por outros artistas. Fez também acompanhamentos de gravações na Odeon. Em 1927, teve o fox-trot “Uma noite de farra” gravado na Odeon pela Orquestra Pan American. Acompanhou no mesmo ano, ao piano, o saxofonista e maestro I. Kolman na gravação dos choros “É certo que me amas?” e “Albertina”, e nas canções “Simple confession” e “La cinquantaine”, de I. Kolman, além do flautista Agenor Bens na gravação das peças “La serenata”, de C. Braga, “Alvorada de rosas”, de J. Reis, “Tempos passados”, de J. Andersen, “Andalouse”, de E. Passard, “Gavotte de Mignon”, de A. Thomas, “La serenata”, de Schubert, “Fantasia capricho”, de Agenor Bens, e “Papilon”, de E. Koehler. No ano seguinte, a embolada “Nego dAngola” foi gravada por Francisco Alves, e os maxixes “Cor de canela” e “Só no Brasil”, foram registrados pela Orquestra Pan American, as três na Odeon. Ainda em 1928, o choro “Flor de cereja”, foi gravado pelo maestro e instrumentista Romeu Ghipsman na Odeon. Também no mesmo ano, fez acompanhamento ao piano para o instrumentista Américo Jacomino, o “Canhoto”, que tocou violão, na gravação da valsa “Lamentos”, e do maxixe “Mentiroso”, ambas de Canhoto. Acompanhou o violinista e maestro Romeu Ghipsman, que tocou violino, na gravação dos fox-trot “Some Fiddlin” e “Hickville hot”, de Charles Saul Harris, dos choros “Flor de cereja”, de sua autoria, e “Ursada”, de I. Kolman, e nas canções “Velhos tempos”, de Pompeu Nepomuceno, e “Hot strings”, de Charles Saul Harris. Com o Professor Barros ao violão, acompanhou a cantora Stefana de Macedo na gravação do motivo popular argentino “Zamba Cordobeza”, e no samba “Leonor”, de Catulo da Paixão Cearense. Em 1929, acompanhou ao piano, a cantora Ruth Caldeira de Moura na gravação das canções “As cotovias”, de A. Sarti e J. Coelho da Cunha, “Casa de caboclo” e “Saudade”, de Hekel Tavares e Luiz Peixoto, “Sabiá”, de Hekel Tavares e Joracy Camargo”, “Um bilhete postal”, de Eduardo Souto e Alberto Ruiz, e “Canção nupcial”, de F. Pati e Marcelo Tupinambá. Também nesse ano, tocou piano acompanhando o violinista Lambert Ribeiro na gravação das peças “Prelúdio”, de J. S. Bach e Kreisler, “Mazurka” e “Lamento”, de Lambert Ribeiro, e “Rondino”, de Beethoven. Ainda em 1929, seu samba “Não venhas assim”, foi gravado na Columbia por Francisco Alves, e o samba “Não posso mais”, com De Chocolat, foi registrado na Parlophon por Inácio G. Loiola.
Em 1931, a marcha “Dona Adelaide” foi lançada por Francisco Alves na Odeon. No ano seguinte, gravou na Odeon, ao piano, os fox-trots “Dancing droplets”, de S. Ramy, e “Pianotes”, de J. Paques.
AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.