
Nascido no alto sertão pernambucano, na região do Pajeú, desde criança começou a se interessar por música. Costumava ouvir toadas, xotes e baiões de Luiz Gonzaga, além de nomes como Trio Nordestino, Jacinto Silva e Marinês. No sítio da família, quando criança, vivenciou o cotidiano rural, cortando palma pra gado, catando algodão, debulhando milho e feijão, tangendo gado, fezendo ordenha, dirigindo carro de boi, e rezando novenas. Com onze anos de idade, mudou-se para Afogados de Ingazeira, cidade onde cursou o ginásio e o científico. Aos quinze anos de idade, começou a atuar como repórter na Rádio Pajeú. Nessa época começou a compor e a tocar violão. Em 1987, mudou-se para Recife.
Em 1984, venceu o festival Pernambuco Música Hoje, com a composição “Canção para Dom Hélder”, de Roberval Medeiros, homenagem ao acerbispo de Recife Dom Hélder Câmara. Por essa época, participou do grupo de seresta Unidos da Saudade. Três anos depois, passou a residir na cidade de Recife. Em 1990, lançou seu primeiro LP, com destaque para a música “Preciso tanto desse amor”, de sua autoria, e seu primeiro sucesso. Em 1992, lançou seu segundo LP, no qual fez sucesso a música “Planeta sedução”, de Nando Cordel. Fizeram parte também do disco as músicas “Já que não posso te amar”, “Por favor, me deixe entrar”, e “Ciúme louco”, de sua autoria, “Quem me deu a luz”, de Roberval Medeiros, “Seria bom”, de Paulo Diniz, “Cadê você”, de Geraldo Freire e Roberval Medeiros, “Colado em você”, de Maria da Paz, “As aventuras valem mais que eu”, de Petrúcio Amorim, e “Um ano que se vai”, parceria com Roberval Medeiros. Em 1995, gravou seu primeiro CD, no qual se destacaram as músicas “Volta pra mim”, de sua autoria, e “Estou começando a chorar”, de Roberto Carlos. Em 1996, gravou o CD “Daniel Bueno”, pela Copacabana, incluindo cinco músicas do CD anterior, além de “Se eu pudesse conversar com Deus”, de Nelson Ned, com a participação especial de Agnaldo Timóteo, e “Bloco da solidão”, de Evaldo Gouveia e Jair Amorim. Em 1997, gravou seu segundo CD, no qual incluiu composições como “Onde está você” e “Namorados”, de sua autoria, além de “Se você fosse por mim”, sucesso de Carlos Alexandre. Esse disco, no qual gravou 21 sucessos do passado, contou com as participações especiais de Agnaldo Timóteo, na faixa “Se eu pudesse conversar com Deus”, de Cauby Peixoto, na faixa “Ontem”, versão de “Yesterday”, de Lennon e MacCartney, de Núbia Lafayette, em “Lado a lado”, de Adilson Ramos, em “Canzone per te”, e de Alcymar Monteiro, na música “Folia de reis”. Depois de afirmar-se como cantor romântico, passou a dedicar-se ao forró pé-de-serra e compôs sucessos como “Na fazenda de vovó”, “Filho do morador”, “Xote natalino”, e “O filme”. Em 2001, lançou o CD “Daniel Bueno canta sucessos inesquecíveis”, pelo selo Polydisc, incluindo músicas como “Nossa canção”, “Eu acho que estou perdendo você”, “Sentado à beira do caminho”, e “O homem de Nazareth”. Esse disco contou com as participações especiais de Angela Maria, na faixa “Pra você”; Benito di Paula, na música “E não vou deixar você tão só”, e de Marinês, na guarânia “Cabecinha no ombro”, clássico de Paulo Borges.
Em 2002, gravou o CD “Passado e Presente”, com músicas de sua autoria como “Amigo”, “Velho coração”, “Obrigado por tudo”, “Na fazenda de vovô”, “Sem destino”, “Volta pra mim”, e “Por favor me deixe entrar”. Em 2003, lançou o CD “Daniel Bueno – No forró”, com destaque para as composições “Na fazenda de vovó”, “Filho do morador”, “Xote natalino”, e “O filme”, que se tornou um dos maiores hits das festas juninas em 2005. Por essas composições, passou a ser chamado por alguns de o novo “Zé Dantas”. Ainda em 2005, lançou o CD “Daniel Bueno – No Forró 2”, apresentando músicas como “O Filme”, “Feitiço de mulher”, “Jogo virado”, “Tei tei no arraiá”, “Passarada”, “É madrugada”, “Animal ferido”, “Marimbondo”, e “Daniela”, alem, da clássica “Dezessete e setecentos”, de Luiz Gonzaga e Zé Dantas. Apresentou-se também nas festas juninas de Pernambuco e estados vizinhos. Em 2006, adaptou e gravou em formato de xote o sucesso de Gilberto Gil “Não chore mais”, destacando-se em emissoras de rádio do Nordeste.
Em 2007, lançou o CD “Forró 4”, firmando-se, como ele se intitula, como “compositor rural, no estilo Zé Dantas”, com composições como “As coisas que deixei ali” e “As lembranças do meu pai”, além de “Lamento ecológico”, em que expressou sua preocupação com o aquecimento global, e a romântica “O dossiê”.
Em 2008, lançou o CD “Forró 5”, com músicas inéditas próprias, como “Sinuca de bico”, sucessos de compositores como Luiz Gonzaga, e obras de outros compositores, como “Minha saudade”, de Geraldo Freire.
Em 2012, lançou o disco “Desse jeito sim”, que trouxe suas composições “Elba estrela”, homenagem a Elba Ramalho, e “Ensaio”.
Como escritor, escreveu cordéis, como o “Cordel do Pernambuquês” e “Cordel da Ortografia”, além do livro “Glossário Gonzaguiano”, com 2.800 verbetes que entrelaçam a obra de Luiz Gonzaga com as coisas típicas do Nordeste.
Em 2014, lançou um DVD autobiográfico, com a participação de artistas da sua geração.