
Poeta. Compositor. Jornalista. Publicitário. Nascido no Acre, descendente da tradicional família alagoana Araújo Jorge. Passou a infância na cidade de Rio Branco, no Acre, e fez o curso primário no Grupo Escolar Sete de Setembro. Mudou depois para o Rio de Janeiro onde fez os estudos secundário e superior, nos Colégios Anglo-Brasileiro, Anglo-Americano e Pedro II. Formou-se em Direito pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil. Foi presidenete da Academia de Letras do Internato Pedro II, e “Príncipe dos poetas” do Colégio Pedro II, eleito em concurso promovido pelos jornais Noite Ilustrada e O Atalaia. Participou de caravanas escolares que vizitaram o Chile, Argentina, Unruguai, Portugal, França, Alemanha, Espanha, Bélgica e Holanda. Foi presidente de Diretório na Faculdade de Direito e orador do CACO (Centro Acadêmico Cândido de Oliveira). Foi redator e diretor de jornais políticos estudantis. Na década de 1930, foi preso por diversas vezes na Casa de Correção e na Vila Militar em virtude de suas posições anti-fascistas. Em 1953, numa escolha inédita, foi eleito como “paraninfo” de todas as turmas do Colégio Pedro II. Foi candidato a vereador, deputado estadual e deputado federal pelo antigo Distrito Federal. Em 1970, elegeu-se deputado federal pelo Estado da Guanabara pelo MDB, partido de oposição ao regime militar. Em 1978, reelegeu-se deputado federal pela terceira vez. Foi considerado um dos “Dez melhores Deputados Federais” em virtude dos inúmeros projetos apresentados. Em 1982, ingressou no PDT. Como jornalista, escreveu nos jornais “Correio da Manhã”, “A Nação”, “A Manhã”, e “Tribuna da Imprensa”, além das revistas “Carioca”, “Vamor Ler”, “Letras Brasileiras”, “Aspectos”, e “Jóia”. Apresentou durante vários anos o programa “Encontro com a poesia”, nas Rádios Eldorado, Cruzeiro do Sul, Tupi e Nacional do Rio de Janeiro. Gravou 3 Lps de poesia: “Poemas de amor”, “Amo!” e “A sós”. Publicou mais de quinze livros de poesia. Ficou conhecido como “O poeta do povo e da mocidade”.
Em 1937, fez a letra para a canção “Confessando que te adoro”, com música de José Carlos Burle, gravada na Odeon por Sílvio Caldas. Em 1940, compôs com o maestro Georges Moran, nascido na Rússia, a valsa “Ao som das balalaicas” e o fox-canção “Moreninha linda”, gravadas por Nuno Roland na Odeon. Em 1943, a rumba “Praia mulher”, com música do maestro Georges Moran foi gravada na Columbia pelo grupo vocal Anjos do Inferno, o fox-canção “Primavera em flor”, também com Georges Moran, foi lançado na Odeon por Odete Amaral, e a valsa “Será verdade?”, com Georges Moran, registrada, também na Odeon por Orlando Silva. Ainda nesse ano, a canção “Meu amigo violão” foi gravada por Sílvio Caldas na Victor. Em 1944, o paso-doble “Carioca”, com Georges Moran, foi gravado pelo trio vocal Trigêmeos Vocalistas, e a valsa “Indiferença”, com Georges Moran, foi gravada na Victor por Carlos Galhardo. Em 1947, Orlando Silva lançou a valsa “Perdoa, meu amor!”, parceria com Georges Moran.
Em 1953, fez a letra do samba “Ninguém te afastará de mim”, com música de Georges Moran, gravado na RCA Victor por Carlos Galhardo. Em 1955, fez a letra para o bolero “Só existo e vivo em ti”, melodia de Georges Moran gravado na Continental por Jorge Goulart, e para o fox-trot “Tu precisas de mim”, com música de Georges Moran gravado por Gilberto Milfont, também na Continental. Em 1956, a valsa “Chérie”, com música de Alcir Pires Vermelho foi gravada por Carlos Galhardo na RCA Victor. Teve como principal parceiro o maestro de origem russa Georges Moran e suas músicas foram gravadas por Carlos Galhardo, Jorge Goulart, Gilberto Milfont, Orlando Silva e Trigêmios Vocalistas, entre outros.
AMARAL, Euclides. A Letra & a Poesia na MPB: Semelhanças & Diferenças. Rio de Janeiro: EAS Editora, 2019.
AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.
JORGE, J. G. de Araújo. A sós. Rio de Janeiro: Record, 1982.