
Cantor. Compositor. Violonista. Pesquisador musical e do folclore brasileiro. Mestre do Cavalo Marinho Estrela da Paraíba.
Atuou como Educador Musical em creches e escolas da cidade do Rio de Janeiro, onde residiu entre os anos de 1987 e 2007. Depois, mudou-se para a cidade de Vitória, no Espírito Santo.
Trabalhou no Banco do Brasil.
No ano de 2008 lançou o DVD com o documentário “Dança do Toré”, com pesquisa e entrevista sobre o ritual indígena das tribos e aldeias do distrito de Potiguara (gravado nas aldeias Aldeia Lagoa do Mato e Aldeia São Francisco), na Paraíba. Segundo ele:
“O Toré é um ritual religioso e cultural em que os índios, através da música e dança, invocam os espíritos, os deuses, para a cura de seus males e dores.”
Em 2013 foi empossado como acadêmico na Academia de Letras e Artes da Serra por seu trabalho como pesquisador musical.
Acumulou diversas premiações pelo MEC (Ministério da Cultura).
Detentor de vários prêmios em diversas regiões do Brasil, entre os quais o “Título de Cidadão Espírito-Santense”, pela ALES (Assembleia legislativa do Estado do Espírito Santo) no ano de 2014, em Vitória.
Iniciou a carreira artística em 1982 na cidade de Olinda, em Pernambuco.
No ano de 1990 lançou o primeiro LP intitulado “Tambaú”, no qual pesquisou a cultural indígena de alguns povos da Amazônia e Pará. No disco, com arranjos de Bival Farias e Nélio Torres, foram incluídas as faixas “Barra Grande”, “O mês de junho”, “Mulher minha lua”, “Reflexões do amor”, “Jericoacoara”, “Lá em Mauá” (c/ Rosely Silva), “Bahia de todos os santos”, “Madrugada em Tambau”, “Caso Social”, “Dias de folia” e “Maracatu, ciranda pras meninas”, com participação especial da cantora Caynna.
Entre os festivais de que participou se destacam “1º Festival Latino-americano de Cultura de Brasília” e “1º Festival de Cultura e Juventude”, em Vila Velha (ES).
Participou dos programas “Canta Conto”, da TV Educativa do Rio de Janeiro e “Daniel Azulay” na TV Bandeirantes.
No ano 2000 lançou o CD “Em busca da infância encantada”, no Teatro do Sesc da Tijuca, no qual contou com a participação de Bia Bedran na faixa “Menina da roça”, somente de sua autoria. No disco interpretou parcerias com os poetas Valente Júnior, Luiz Goulart e Flávio Nascimento: “O fauninho” (c/ Luiz Goulart), “Cabra-cega” (c/ Valente Júnior) e “A ciranda”, de Bira Cunha e Flávio Nascimento, além de interpretar as composições “Aprendendo a voar”, “A aranha”, “A gaivota”, “A minhoca”, “Cavalo-marinho”, “Lápis de cor”, Esconde-esconde” e “Roda pião”, todas elas parcerias de Nélio Torres, Valente Júnior e Flávio Nascimento. Neste mesmo ano lançou o CD “Canto Novo”. Deste disco destacaram-se as faixas “Ponta do Seixas”, em parceria com o poeta Flávio Nascimento e ainda “Pássaro branco” e a faixa-título, ambas em parceria com o poeta Luiz Goulart. Também foram incluídas as faixas “Meditação” (c/ Luiz Goulart), “Camafeu da Saudade” (c/ Nita Pasini), “Terra Ferida”, “Em forma de canção” (c/ Luiz Goulart) e “A Menina” (c/ Nita Pasini). O CD contou com a participação especial de Mirinha Moraes e com arranjos de Bival Farias, Agostinho Silva e Nélio Torres.
Em 2002 apresentou o show “20 anos de estrada” no Centro Cultural da UERJ, dentro do projeto “Sexta às Seis”, contando com a participação especial do poeta Geraldo do Norte, do músico e arranjador Giba Nascimento, entre outros convidados. Neste mesmo ano fez participação especial no Grupo de Oficina Cantar e Contar Histórias, de Bia Bedran, no Teatro Noel Rosa (UERJ).
Integrando o grupo Trio Nota 10, compôs a trilha sonora e fez a direção musical do espetáculo “O casamento suspeitoso”, de Ariano Suassuna, com direção cênica de Niette de Lima, no Espaço Cultural Santa Rosa de Lima, no Rio de Janeiro.
Em 2004 ainda lançou o CD “Jardim das canções”, no qual interpretou de sua autoria “Alma transparente”, “Invisível fio” (c/ Nita Pasini), “Voa, voa, passarinho”, “O violeiro, a rede e a rosa” (c/ Nita Pasini), “Da alma do cantador”, “Nos oito pés de quadrão” (c/ Jarlene Maria), “Apocalipse now”, “Cantilena”, “Jardim das canções”, “Sou teu rei és minha rainha”, “Maracatu arpoador” e “Nascimento, renascimento e esperança”, em parceria com o poeta Flávio Nascimento.
No ano de 2007 lançou o CD “Nélio Torres e Grupo Boi dos Cajueiros” incluindo as faixas “Meu boi caiu” (Domínio Público), “O boi e o mar” (c/ Dauá José) e “Boi revivido”, “Vamos dançar o boi” e “Dança de coco”, além da faixa-título “Boi dos Cajueiros”, todas somente de sua autoria. No disco contou com as presenças dos músicos Jó Reis (zabumba, triângulo, alfaia, pandeirão, efeitos e caixa); Giba Nascimento (arranjos, violão e viola), Neco do Acordeom (acordeom), Césão Contrabaixo (baixo), Cláudia Janaína e Danielle (vocais e palmas). Neste mesmo ano o Grupo Boi dos Cajueiros recebeu o “Prêmio Cultural Popular 2007 – Mestre Duda 100 Anos de Frevo”, do Ministério da Cultura. No ano seguinte, em 2008, participou do “IV ENCONTRO MESTRES DO MUNDO” e do “III Seminário Nacional de Culturas Populares”.
No ano de 2009 lançou o DVD “Boi dos Cajueiros”, gravado ao vivo no Anfiteatro Zé Ramalho, na Praça do Caju, no bairro de Bessa, centro de João Pessoa, no Estado da Paraíba, em show pelo projeto “Circuíto das Praças”, da Prefeitura Municipal de João Pessoa em convênio com a FUNJOPE. O espetáculo, lítero-musical, contou com um grupo de Bumba-Meu-Boi e ainda com pesquisa, direção, voz e violão do próprio artista, acompanhado pelos músicos Lourenço Molla (acordeom), Cristiano Oliveira (viola), Levi Tibiri (voal, violão e agogô), Luciano Oliveira (alfaia), Rodrigo Mello (alfaia), Senhor Hermínio (rabeca), Honorato (zabumba), Haniel (vocal, triângulo e matraca) e José Milton (pandeiro). No DVD além de contar estórias referentes aos rítmos e gêneros musicais nordestinos, interpretou “Boa noite a todos” (Adaptação do Domínio Público por Nélio Torres), “Estrela da minha gente” (D.P), “Na hora de Deus amém” (Adaptação do Domínio Público por B. Reis), “Meu boi morreu” (D.P), “O boi e o mar” (c/ Dauá José), “Boi dos Cajueiros”, “Na chegada desta casa” (Adaptação do Domínio Público por B. Reis), “Lua ó lua” (Adaptação do Domínio Público por Nélio Torres), “Boi revivido”, “Vamos dançar o boi”, “É fulô” (Adaptação do Domínio Público por B. Reis), “Jaraguá” (Adaptação do Domínio Público por Nélio Torres) e “Balaio nordeste”, também de sua autoria. Neste mesmo ano de 2009 lançou o CD “Girassóis e borboletas”, com arranjos de Giba Nascimento. No disco interpretou de sua autoria as faixas “Meditação” (c/ Luiz Goulart) e participação especial de Rico Venerito; “Borboleta” (c/ Dauá José), “Girassóis brilhantes” (c/ Dauá José), “Na Cumieira da minha casa”, “Se eu pudesse” (c/ Jarlene Maria), “Dança do coco”, “Reencontros”, “Fernando de Noronha” (c/ Flávio Nascimento), “Como se não quer nada”, “Na solitude do amor”, “Guarda-chuva de escafandro” (c/ Valente Jr.), “Brasil é gol” e “Folia de rua”. No ano posterior, em 2010, apresentou-se no projeto “Caminhos do Frio – Rota Cultural”, no Brejo Paraibano, com o show “Boi dos Cajueiros e o “Cavalo Marinho da Paraiba”. Neste mesmo ano participou do projeto “FENART – Festival Nacional de Artes”, no Espaço Cultural José Lins do Rego, em João Pessoa, na Paraiba, com o “Cavalo Marinho da Paraiba” (Selo Prêmio Cultura Viva – 3ª edição – Idealizado pelo MinC – DF), com Coordenação Técnica do Cenpec (Centro de estudos e pesquisas, em educação, cultura e ação comunitária).
Em 2011 participou do projeto “Musivamentando – Papo de Compositor” – da UFES (Universidade Federal do Espírito Santo) e lançou o clipe “Zumbidos”. Dois anos depois, em 2013, lançou o CD “Zumbidos” em show no coquetel de abertura da “Conferência Nacional da IOV Brasil”, no Paço Municipal de Santo André, na Praça IV Centenário, 1, Centro, com apoio da Secretaria de Cultura e Turismo de Santo André, Estado de São Paulo. A realização foi feita pela IOV Brasil, sede brasileira da IOV (Organização Internacional de Folclore e Artes Populares), com sede permanente em Viena, na Áustria). O disco foi lançado em show no Shopping Mestre Álvaro, no palco da Praça da Alimentação, na cidade de Serra, no Espírito Santo, no qual foi acompanhado por Giba Nascimento (direção musical, violão de 12), Wallace Menezes (flauta), Daniel Barreto (violão base/solo) e Jandinho e Deivid Barbosa (percussão, vocal), além do próprio cantor ao violão. Neste mesmo ano, com a participação dos grupos Cavalo Marinho (PB) e Boi dos Cajueiros (RJ), fez show de lançamento do CD “Zumbido” na Praça do Lido, em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, no evento “8º Carnaval das Culturas do Mundo”.
No ano de 2017 lançou o CD “Banxhurna”, com as participações especiais das cantoras Roberta Nistra e Socorro Lira; do cavaquinista Henrique Cazes e do Cavalo Marinho Estrela da Paraíba, interpretando as composições autorais “Evolução”; “Só Sei Que Amei”; “Rosário da Partida” (c/ Valéria Pisauro), com a participação especial da cantora Socorro Lira; “Passarinho Cantadô” (c/ Étti Paganutti); “O Menino Trovador” (c/ Valéria Pisauro); “Canção das Chamas” (c/ Valéria Pisauro); “Quero Tão Pouco Desse Vida” (c/ Petrônio Gonçalves); “O Que Eu Mais Gosto em Você” (c/ Petrônio Gonçalves); “Paraíso Vagabundo”, com a participação especial do cavaquinista Henrique Cazes; “Cheirando a Jasmim”, com a participação especial da cantora Roberta Nistra e a composição “Morte e Ressurreição do Boi”, de domínio público Cavalo Marinho, adaptado por Nélio Torres, além da faixa-título Banxhurna, em parceria com Túlio Pizzol. O disco ganhou “Menção Honrosa” no “Prêmio Embrulhador.com 2017”. No ano seguinte, em 2018, fez o lançamento do CD no Rio de Janeiro, no Centro Cultural Othelo, na Lapa, Centro do Rio de Janeiro e na cidade de João Pessoa, na Paraíba, na Sala Vladimir de Carvalho, na Usina Cultural Energisa.
Infantil
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.