
Instrumentista. Trombonista. Orquestrador. Professor de música. Estudou na Escola Quinze de Novembro onde foi companheiro de Esmerino Cardoso e de Sebastião Cyrino.
Destacou-se como trombonista ao final dos anos 1910, começo dos anos 1920. Por volta de 1925, teve o fox-trot “Au revoir” gravado pela Orquestra Augusto Lima na Odeon.
Em 1929, fez bastante sucesso no carnaval com a marcha “Sou da fuzarca” lançado na Parlophon pelo cantor Benício Barbosa e regravado logo depois por Charles Strichazy em interpretação em gaita de boca. Segundo relato do compositor, radialista e cantor Almirante, a marcha foi composta no trajeto entre a Ponte dos Marinheiros e a Praça da Bandeira com o autor tamborilando no chapéu de palha, enquanto conversava com Pixinguinha, um dos seus melhores amigos e com quem muito convivia nessa época. Antes de ser gravada, essa marcha foi lançada pelo grupo da Guarda Velha e dedicada ao Clube de Regatas do Flamengo.
Também em 1929, Patrício Teixeira gravou na Parlophon o “Samba enxuto”, e a atriz Margarida Max a marcha “Olha a pomba”. Em 1930, a marcha “Olha a pomba” foi regravada por Francisco Alves na Odeon, e o samba “Foram dizer”, registrada por Augusto Calheiros, também na Odeon. Ainda no mesmo ano, o samba “Fico espiando” foi gravado por H. G. Americano na Odeon, e a marcha “És engraçadinha” foi lançada na Brunswick pela Orquestra Brunswick com vocal de Elpídio Dias, o Bilu.
Integrou o conjunto de estúdio da gravadora Victor, o Grupo da Guarda Velha dirigido por Pixinguinha e que contou com nomes como Donga, Bonfíglio de Oliveira, João da Bahiana e Nelson dos Santos Alves,entre outros. Tocou com Pixinguinha, Donga, Luiz Americano, João da Bahiana e Bonfíglio de oLiveira no famoso Cabaré Assírio.
AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.
VASCONCELOS, Ary. Panorama da música popular brasileira. São Paulo: Martins, 1965.