5.001
Nome Artístico
Luís Vagner
Nome verdadeiro
Luis Vagner Dutra Lopes
Data de nascimento
20/1/1948
Local de nascimento
Bagé, RS
Dados biográficos

Cantor. Compositor.

Nascido na fronteira do Rio Grande do Sul.

O pai e o avô eram músicos. O pai, violonista, deu-lhe o nome de Wagner em homenagem ao compositor alemão. Ainda jovem, saiu de casa para morar na Cidade Universitária em Santa Maria, onde conheceu vários músicos, como Cauby Peixoto, Lupicínio Rodrigues, entre outros. Por essa época, ouvia muito Severino Araújo e a Orquestra Tabajara, além de músicos como Zé Bodega, que muito influenciaram a sua escolha pela carreira artística. Autodidata, aprendeu violão e guitarra ainda menino. Logo depois, integrou várias bandas.

Dados artísticos

Começou a destacar-se nos anos de 1960, tendo acompanhado Jorge Bem, Tim Maia, Cidinho Teixeira, César Camargo Mariano, Lupicínio Rodrigues, entre outros.

Participou de várias bandas na década de 1960, entre elas Os Brasas, grupo com o qual transferiu-se para São Paulo. Com esse grupo tocou no bar Saloon, na Rua Augusta. Por essa época, conheceu Jorge Bem que o homenageou compondo “Luís Wagner guitarreiro”.

Em 1967 foi para o Rio de Janeiro, indo morar no Solar da Fossa (em um curtiço que abrigava artistas iniciantes como Caetano Veloso, Abel Silva, Paulinho da Viola, entre tantos outros e que mais tarde foi demolido dando lugar ao Shopping Rio Sul). Por essa época, tornou-se músico de estúdio e produtor musical da RCA. Conheceu Tim Maia, Cassiano e Banda Black Rio. Por essa época, Ronnie Von gravou de sua autoria “Sílvia 20 horas domingo”, que mais tarde foi regravada pela banda gaúcha Video Hits. O grupo Os Caçulas interpretou de sua autoria “A moça do karmanguia vermelho”.

Gravou vários discos solos, entre eles, “Luís Vagner simples”, “Guitarreiro” e “Fusão das raças” e participou da gravação de mais de 25 discos com outros artistas. Juntamente com Gilberto Gil, é considerado um dos precursores do reggae no Brasil, estilo musical que desenvolveria ao longo de sua carreira.

No ano de 1976, pela gravadora Discos Copacabana, lançou um disco acompanhado pelo conjunto Pau Brasil, no qual interpretou várias composições de sua autoria: “Guitarreiro”, “Sufoco”, “Tesourão” e “Estás louca de linda Rita”, entre outras.

Em 1979, Lady Zú interpretou de sua autoria “Pantera”. No ano de 1988, juntamente com Lady Zú, Carlinhos Trumpete, Tony Bizarro e Tony Tornado, fez parte do disco “Alma negra”, lançado pela gravadora Continental. Neste disco foram incluídas de sua autoria “Guri gurú” (c/ Bedeu), “Dr. Swing”, “Cobertor” e “Motim”.

No ano de 1999, lançou seu 12º disco, “Afro-Sul realista”, com composições próprias. 

Em 2002, pela gravadora Índie Records, participou do CD “Os melhores do ano III”, ao lado de Jorge Aragão, Ivete Sangalo, Neguinho da Beija-Flor, Thobias da Vai-Vai, Eliane de Lima, Leci Brandão, Sandra de Sá, Zé Ricardo, Zeca Pagodinho e Cássia Éller, entre outros. Neste disco interpretou “Zazueira”, em dueto com Waguinho. Neste mesmo ano, pela gravadora Paradoxx, lançou o disco “Swingante”.

No ano de 2004 duas composições de sua autoria foram incluídas na coletânea “Black Music Brasil”, do selo Som Sicam, foram elas, “Rola na ginga” e “Cest come soleil”. No disco também participaram Dom Mita, Lúcio Sherman, Banda União Black, Carlos Dafé, entre outros.

No ano de 2013 ao lado de Carlos Dafé, Hyldon, Paulo Diniz, Tony Tornado, Lady Zú, Gérson King Combo e Di Melo foi um dos convidados da Banda Black Rio em show no palco da Praça das Artes, na Estação República, do Metrô, no centro de São Paulo.

No ano de 2016, ao lado de Negra Li, Carlos Dafé, Edi Rock e Rincon Sapiência, participou do projeto “RAPNSOUL”, no SESC Pinheiros, em São Paulo, como convidados do Trio Azymuth e o DJ Nuts, em espetáculo no qual o repertório foi integrado por composições representativas do soul music brasileiro e do rap nacional, sendo executados clássicos dos anfitriões e convidados, tais como Trio Azymuth (“Linha do Horizonte” e “Jazz Carnival”); Luís Vagner (“Segura a Nega” e “Saudade de Jackson do Pandeiro”); Carlos Dafé (“Pra que Vou Recordar o que chorei” e “A Cruz”), além do rap e a mistura sonora de Edi Rock, Negra Li e Rincon Sapiência, representantes do hip hop nacional.

Discografias
[S/D] LP Fusão das raças
[S/D] LP Guitarreiro
[S/D] LP Luís Vagner simples
2004 Selo Som Sicam CD Black Music Brasil

(vários)

2002 Indie Records CD Os melhores do ano III

(vários)

2002 Paradoxx CD Swingante
1999 Independente CD Afro-Sul Realista
1988 Continental LP Alma negra

(vários)

1976 Copacabana Discos LP Luis Vagner
Obras
A moça do karmanguia vermelho
Camponesa
Cobertor
Cobra criada
Corcoveia
Estás louca de linda Rita
Frescura de uma mulher
Guitarreiro
Guri, gurú (c/ Bedeu)
Lá no Partenon
Motim
Pantera
Queres o que ô?
Saudade do Jackson do Pandeiro (c/ Bedeu)
Segura nega (c/ Bebeto)
Sufoco
Sílvia 20 horas domingo
Tesourão
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.