0.000
Nome Artístico
Francisco Sena
Nome verdadeiro
Francisco Sena
Data de nascimento
CIRCA 1900
Local de nascimento
Bahia
Data de morte
1935
Local de morte
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Cantor. Compositor.

Fez parte da turma de Tio Faustino, um macumbeiro de grande prestígio no Rio de Janeiro dos anos 1930.

Dados artísticos

Participou do Conjunto Tupy, dirigido por J. B. de Carvalho, e formou com Herivelto Martins a Dupla Preto e Branco. Foi também parceiro de Luperce Miranda e de Herivelto Martins em algumas composições.

Estreou em disco solo em 1931 na Odeon gravando o samba “Bota o talher na mesa”, de sua autoria e a embolada “Mulata boa”, parceria com Luperce Miranda. No mesmo ano, gravou o samba “Sozinho” e a marcha “Não te deixarei”, ambas de Luperce Miranda, e os sambas “Periquito voou” e “Totoca”, parcerias suas com Luperce Miranda, contando com acompanhamentos de Tute ao violão e de Luperce Miranda ao bandolim. Ainda em 1931, foi contratado pela Victor, gravadora na qual estreou no mesmo ano gravando em conjunto com o Grupo da Guarda Velha e Zaíra de Oliveira a batucada “Já andei”, e a macumba “Que querê”, de autoria de Pixinguinha, Donga e João da Bahiana. Para o carnaval de 1932, gravou, ainda na Odeon, os sambas “Na Favela” e “Eu sou é bamba”, ambos de Getúlio Marinho, o Amor. Ainda em 1932, e na Odeon, gravou o samba “Convencida”, de João da Bahiana. Também no mesmo ano, gravou na Victor a batucada “Vi o pombo gemê”, e a macumba “Xou coringa”, ambas de João da Bahiana com acompanhamento do Grupo da Guarda Velha. Nessa época, conheceu Herivelto Martins com quem passou a fazer duetos muito apreciados no Conjunto Tupy.

Em 1933, durante as apresentações do Conjunto Tupy no Cine Odeon, o empresário Vicente Marzullo gostou muito de suas intervenções com Herivelto Maritins e resolveu contratá-los como a Dupla Preto e Branco. Ainda em 1933, gravou mais um disco solo na Victor interpretando as macumbas “Meus orixás”, de Gastão Viana, e “Quem tá de ronda”, de Príncipe Pretinho que fez bastante sucesso, mas cujo disco somente foi lançado dois anos depois da gravação. Gravou também em 1933, o samba “Pretinho de alma branca”, de Juvenal Lopes e Buci Moreira lançado da mesma forma dois anos depois.

Em 1934, gravou seu primeiro disco com Herivelto Martins na dupla Preto e Branco com os sambas “Quatro horas”, de sua parceria com Herivelto Martins, e “Preto e branco”, de Herivelto Martins. No mesmo ano, gravou com Herivelto Martins com a marcha “Vamos soltar balão”, de sua autoria e Herivelto Martins, e o samba “Como é belo”, de Gastão Viana e Pereira Filho. Em 1935, gravou um disco na Columbia com Herivelto Martins registrando as marchas “Um pouquinho só” e “Bela morena”, ambas de Príncipe Pretinho. Ainda no mesmo ano, gravou aquele que seria seu último disco já que faleceria pouco depois, registrando as marchas “Bronzeada”, de Moisés Friedman e Pedro Paraguassu, e “Passado, presente, futuro”, de sua autoria e Herivelto Martins.

Ao falecer, sua dupla Preto e Branco com Herivelto Martins era um grande sucesso. Deixou gravados 6 discos solos com nove músicas na Odeon e mais quatro com oito músicas na Victor além de quatro disco e oito músicas da dupla Preto e Branco e outras gravações com o Conjunto Tupy.

Discografias
1933 Victor 78 Meus orixás/Quem tá de ronda
1933 Victor 78 Pretinho de alma branca
1932 Victor 78 Vi o pombo gemê/Xou coringa
1932 Odeon 78 Convencida
1931 Odeon 78 Bota o talher na mesa/Mulata boa
1931 Victor 78 Já andei/Que querâ
1931 Odeon 78 Na Favela/Eu sou é bamba
1931 Odeon 78 Periquito voou
1931 Odeon 78 Sozinho/Não te deixarei
1931 Odeon 78 Totoca
Obras
Bota o talher na mesa
Mulata boa (c/ Luperce Miranda)
Periquito voou (c/ Luperce Miranda)
Quatro horas (c/ Herivelto Martins)
Totoca (c/ Luperce Miranda)
Vamos soltar balão (c/ Herivelto Martins)
Bibliografia Crítica

AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.

VIEIRA, Jonas & NORBERTO, Natalício. Herivelto Martins: uma escola de samba. Rio de Janeiro: Ensaio, 1992.