Cantora. Pastora da Velha-Guarda da Portela.
Aos quatro anos de idade desfilou pela primeira vez na Ala das Baiana da Portela.
Adepta do candombrlé baiano, é filha de santo da yolorixá Olga de Alaketu.
Também conhecida como Tia Surica, é uma das legendas vivas da escola de Madureira, além de cozinheira afamada. Organizou em sua casa rodas de samba regadas a quitutes e feijoadas, sempre freqüentada por pessoas da comunidade e artistas da MPB, entre eles, Paulinho da Viola, Marisa Monte, Beth Carvalho e Ivan Milanez, da Velha-Guarda do Império. Sua casa é conhecida carinhosamente como “Cafofo da Surica”.
No ano de 2004, ao lado de Tia Doca e Tia Eunice, foi uma das protagonistas do curta-metragem “Batuque na cozinha”, de Anna Azevedo.
Em 1957, junto às pastoras Marlene, Conceição, Mocinha e Iramaia, gravou do LP “A vitoriosa Escola de Samba Portela”.
No ano de 1966 foi a puxadora oficial da Portela no samba-enredo “Memórias de um sargento de milícias”, composto por Paulinho da Viola e que ganhou o carnaval daquele ano.
A partir de 1980 passou a integrar a Velha-Guarda da Portela, com a qual participou de vários shows e discos.
Em 2004, produzida por Paulão Sete Cordas, lançou o CD “Surica”, o primeiro disco solo. No CD foram incluídas “Lama” (Mauro Duarte), “Pintura sem arte” (Candeia), “Ditado certo” (Monarco) com a participação do próprio compositor, “Traíra comeu parente” (Chico Santana), “Lua cor de prata” (Manacéa), “Quem me ouvir cantar” (Aniceto da Portela), “Quando quiseres” (Manacéia), “Madrugada” (Aniceto da Portela), “Chega de padecer” (Mijinha), “Nega, meu consolo” (Antônio Caetano), “Eu ainda tenho uma cama pra dormir” (Alcides Malandro Histórico), “Sai pra lá brocoió” (Zé Cachacinha), “Amor interesseiro” (Casquinha e Bubu da Portela), “Você foi um atraso em meu caminho” (Jair do Cavaquinho e Picolino da Portela), “É mato” (Alvaide, Ary Monteiro e Wilson Batista), “Manto de beleza” (Wanderley Monteiro e Luis Carlos Máximo) e “Cafofo da Surica” (Teresa Cristina), com a participação especial da compositora. O disco foi lançado em show no Teatro Rival BR, no qual recebeu como convidados Teresa Cristina, Monarco e Velha-Guarda da Portela. Nesse mesmo ano participou de show “Pirajá – Esquia Carioca – A cozinha do Samba”, realizado na casa Tom Brasil, em São Paulo, ao lado de artistas como Moacyr Luz, Aldir Blanc, Martinho da Vila e Monarco. O registro ao vivo do show foi lançado em CD, pelo selo Dabliú Discos, no ano de 2013. Apresentou-se no projeto “Samba e feijoada”, no Espaço Cultural Sérgio Porto, no qual recebeu como convidados Nei Lopes e Walter Alfaiate.
Em 2005 apresentou-se acompanhada do grupo Pura Vaidade no Auditório do IBAM, pelo “Projeto Santa Cultura”, que o governo do Estado do Rio de Janeiro realizou na comunidade do Morro Santa Marta, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro.
Em 2012 comandou a roda de samba no Espaço Laduna, em Jacarepaguá (RJ), em comemoração ao seu aniversário, recebendo como convidados Mauro Diniz, Marquinhos de Osvaldo Cruz, Marcelinho Moreira, Alex Ribeiro, entre outros.
Em 2013 realizou na Quadra da Portela, no Rio de Janeiro, o show de pré-lançamento do seu CD “Tia Surica – Poderio de Oswaldo Cruz” e gravação do DVD, com participações da Velha Guarda da Portela, Diogo Nogueira e Mariene de Castro. O disco incluiu apenas sambas de compositores portelenses como Monarco, Aniceto da Portela, Argemiro, Alcides Malandro Histórico, Chico Santana, Manacéa, Marquinhos Diniz e Toninho Geraes.
Em 2020 comemorou seus 80 anos de idade em uma festa realizada na quadra da escola de samba Portela, que teve transmissão ao vivo na internet, durante o período de pandemia do vírus Covid-19.
(c/ a Velha-Guarda da Portela)
(participação)
(participação)
(participação)
(vários)
Velha-Guarda da Portela
(c/ a Velha Guarda da Mangueira)
(participação)
(participação)
(c/ a Velha-Guarda da Portela
(participação)
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
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