
Apresentador de televisão. Cantor. Diretor de Marketing.
Na adolescência trabalhou como juiz em exposições de cães para o Kennel Club.
No ano de 1989 criou, junto ao ex-ministro Mário Henrique Simonsen, o “Prêmio Sharp de Música”. Durante 12 anos o projeto foi patrocinado pela Sharp e posteriormente, por cinco anos pela Empresa Time, a partir do ano de 2010, patrocinado pela Companhia Vale.
Atuando como medium trabalhou como chefe espiritual do Centro Espírita do Zé do Bem, casa de umbanda que desenvolve um trabalho de recuperação de doentes e dependentes químicos. Sobre esse tema, escreveu o livro “Eu não acredito em religião”, lançado na Livraria Argumento no ano 2000.
No ano de 2012 o “Prêmio da Música Brasileira” completou 24 anos de atuação, tendo tido vários homenagens à obra de diversos compositores como João Bosco e Tom Jobim, entre outros.
Criador do “Prêmio Sharp de Teatro e Música”.
Na década de 1990 criou o programa de entrevistas “Por Acaso”, pelo qual passaram os principais artistas da MPB, com apresentação em duplas inusitadas como Dorival Caymmi e Renato Russo, além de Adriana Calcanhotto e Caetano Veloso.
Apresentador de televisão, sendo muito respeitado no meio artístico por suas ideias singulares com respeito à música popular brasileira. Entrevistou a maioria dos compositores e intérpretes brasileiros nos diversos programas que criou em distintas emissoras de televisão.
Em 1999, aventurou-se em produzir, arranjar e cantar o CD “Toques de umbanda”, revelando, com este disco, a outra face de sua personalidade. Sobre seu trabalho, relatou o escritor Carlos Heitor Cony: “A começar pelo título, o CD de José Maurício Machline é instigante, até mesmo provocador. Na verdade, Zé Maurício não buscou nenhuma religião. A espiritualidade é que o foi buscar, numa vivência pessoal que o levaria gradativamente ao espiritualismo, aqui entendido em suas múltiplas formas, desde a paranormalidade pura e simples, até a integração neste “blended” espiritual que se expressa no sincretismo cultural que forma e informa a espiritualidade básica do povo brasileiro. Uma vez possuído não pela sua verdade mas pela sua vivência, José Maurício foi fundo no colorido e musical universo dos cultos populares que integram a formação da espiritualidade do povo brasileiro. Ele não pescou uma religião que o explicasse ou o tornasse feliz. Ele próprio se descobriu feliz e descoberto à medida em que se relacionava espiritualmente com as diversas entidades do panteão africano que aqui no Brasil se amoldaram sincreticamente com a religião estruturada dos europeus brancos que ocuparam e colonizaram a nossa terra. O CD “Toques de umbanda”, revela a outra face de sua personalidade. Como no catolicismo medieval, o canto é a manifestação coletiva de fé e de anseio espiritual. O trabalho de José Maurício, já aqui denominado “Zé Maurício”, é surpreendente. Produzido, arranjado, cantado, ele carrega o peso de sua experiência cultural e artística, já conhecida em outros momentos de sua biografia, para um campo que certamente fará deste CD um clássico dos pontos de nossos cultos populares”.
No ano 2000, apresentou na TV Educativa do Rio de Janeiro o programa “Por acaso”, no qual entrevistou personalidades e artistas.
Em 2002 lançou o CD “Mania de vocês”, pela gravadora Radamés, no qual interpretou somente compositoras. O CD contou com as participações de cantoras e atrizes, entre elas, Camila Pitanga, com a qual dividiu a faixa “Desculpe o auê” (Rita Lee), Ivete Sangalo “Minha Nossa Senhora” (Fátima Guedes), Leny Andrade “Ouça” (Maysa) e Cláudia Ohana em “E.C.T” (Nando Reis, Marisa Monte e Carlinhos Brown). O disco foi lançado em julho deste mesmo ano em temporada no Mistura Fina, Zona Sul do Rio de Janeiro. Ainda neste ano, lançou o “Prêmio Caras da MPB”, cuja primeira edição ocorreu no Canecão, no Rio de Janeiro.
No ano de 2016 recriou o seu programa de entrevista “Por Acaso…”, apresentado no Teatro Rival BR, no Rio de Janeiro, pelo qual passaram as duplas Hamilton de Holanda e João Bosco; Gal Costa e Alice Caymmi, Baby do Brasil e Maria Gadú, e Zeca Pagodinho e Marienne de Castro. No ano seguinte, em 2017, o programa tornou-se itinerante, sendo levado a diversas capitais do país, contemplando artistas de reconhecimento locais e outros de reconhecimento nacional.
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.