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Nome Artístico
Marquinhos de Oswaldo Cruz
Nome verdadeiro
Marcos Sampaio de Alcântara
Data de nascimento
4/10/1961
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Compositor. Cantor. Escritor. Produtor cultural.

Um dos fundadores do Movimento Acorda Oswaldo Cruz.

Foi o idealizador da “Feiras das Yabás” que a partir de 2008 passou a ser realizada nas imediações da Praça Paulo da Portela, unindo samba e gastronomia.

No ano de 2022 a “Feira das Yabás”, foi reconhecida como “Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial da Cidade do Rio de Janeiro”.

No ano de 2024 lançou, pela Editora Carta Capital, o livro de memórias “Trem do Samba – Memórias vividas e sonhadas”, com orelha de Fernando Molica e texto de contracapa da jornalista Flávia Oliveira. O lançamento ocorreu na Livraria Estação Net Rio, em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro. Neste mesmo ano, ao lado de Marquinhos Diniz, foi um dos padrinhos do Bloco Carnavalesco DNA Suburbano. A agremiação tem como madrinha a Escola de Samba Portela. O Bloco foi batizado Associação de Rocha Miranda, com a presença do presidente da Portela, Fábio Pavão.

Dados artísticos

Em 1995, foi um dos reorganizadores do antigo famoso “Pagode do Trem”, encontro iniciado na década de 1930 por Paulo da Portela, quando os sambistas, após um dia de trabalho, voltavam para Oswaldo Cruz no trem das 18h5min. Num desses vagões, organizavam reuniões e discutiam a organização do carnaval, sempre com muito samba. Reorganizou este encontro no “Dia Nacional do Samba” (2 de dezembro), que entrou para o calendário turístico do Rio de Janeiro.

No ano de 1998, Beth Carvalho interpretou de sua autoria “Uma geografia popular” (c/ Edinho Oliveira e Arlindo Cruz) no disco “Pérolas do pagode”. Neste mesmo ano interpretou “Luz de verão” (Marquinhos de Osvaldo Cruz e Candeia) no CD “Eterna chama – Candeia 20 anos – Memória”, lançado pela gravadora Perfil Musical. A música foi resgatada de uma fita cassete gravada por Cristina Buarque na década de 1970 e a letra foi posta anos depois por Marquinhos de Osvaldo Cruz. Ainda em 1998, seu parceiro Edinho Oliveira lançou o CD “Negro”, disco no qual incluiu duas composições da parceria de ambos: “As quartas-feiras” (c/ Edinho Oliveira) e “Pra Oswaldo Cruz”, esta, em parceria com Odé Amim José e Edinho de Oliveira.

No ano 2000, sua composição “Verde bandeira”, em parceria com Luis Carlos Máximo, foi gravada por Dorina no disco “Samba.com”. Neste mesmo ano, lançou pelo selo Rob Digital o primeiro disco solo. No CD interpretou “Homenagem à Velha-guarda” (Monarco), “Minha querida” e “Manhã brasileira”, ambas de Manacéia, “Enquanto a cidade dorme” (Nelson Cavaquinho e Jair do Cavaquinho), “Meu bairro” (Casquinha) e “Muito embora abandonado”, de autoria de Mijinha. Incluiu também diversas composições próprias: “Décima sexta estação”, “Uma geografia popular” e “Luz de verão”, esta última uma parceria póstuma com Candeia. A festa de lançamento, com roda de samba, ocorreu na tradicional casa da tia Surica, em Madureira, subúrbio do Rio de Janeiro. Marcaram presença, além da dona da casa – pastora da Velha-guarda da Portela -, Walter Alfaiate, Casquinha, Argemiro, tia Eunice e Sérgio Cabral, entre outros. Neste mesmo ano, ao lado de Franco Cava e Anderson da Portela, interpretou “Vivo isolado do mundo”, autoria de Alcides Dias Lopes, no disco “Ala de Compositores da Portela.

Em 2001, ao lado de Renatinho Partideiro, apresentou o show “Uma geografia popular” no teatro João Caetano, no Rio de Janeiro.

Em 2003 com a Velha Guarda da Portela montou a apresentação “Pagode da família portelense”, com feijoada da Tia Vicentina e convidados, na Quadra da Portela e foi um dos convidados de Sergio Natureza, diretor artístico do projeto “Prêt-à-Porter”, apresentando-se no Teatro Café Pequeno, no Leblon, Zona Sul do Rio de Janeiro.

No ano de 2005 ganhou o segundo lugar no “Festival de Samba de Terreiro da Portela” com a composição “Portela canta”.

No ano de 2012 participou das comemorações dos cinco anos do projeto “Samba Social Clube”, em show que fez parte de uma grande festa realizada na Fundição Progresso, no Rio de Janeiro, na qual se apresentaram também Beth Carvalho, Diogo Nogueira, Casuarina, e a Velha Guarda da Portela.

Em 2015 apresentou-se em Lille e Nice, na França, com o Trem do Samba. No ano posterior, em 2016, foi uma das atrações do evento “Rio je t’aime”, realizado na Casa França Brasil, no Rio de Janeiro, em prol das vítimas do atentado terrorista em Nice (França).

No ano de 2022 lançou o CD autoral “Uma África Chamada Rio de Janeiro”, com 12 faixas, dentre as quais “Rapadura é doce”, com a participação de Kiko Horta; “O que os olhos não podem ver”; “Em qualquer lugar”, com a participação de Nego Álvaro.

Em 2024 apresentou-se no palco Mestre Monarco, na Central do Brasil, no evento “Trem do Samba”, juntos a outros artistas como a Velha Guarda da Portela, Velha Guarda do Império, Velha Guarda da Mangueira, Velha Guarda do Salgueiro, Velha Guarda de Vila Isabel, Marquinhos PQD, Cassiana Pérola Negra, Terreiro de Criolo, Zé Luiz do Império, Osmar do Breque, Pretinho da Serrinha, Dorina & Mulheres na Roda de Samba, Marcelinho Moreira & Canto do Batuqueiro, Toninho Geraes, Zé Roberto, Tânia Machado, Ernesto Pires, Marquinhos Diniz, Mauro Diniz e Elaine Machado, entre outros. Assim como nos palcos Mestre Candeia, Tia Doca, todos em Oswaldo Cruz, e no palco e Manacea, na Portelinha.

Em 2025 lançou o álbum autoral “Agbo Ato”, com dez faixas, dentre as quais “Verde Bandeira”,  “Meu destino, meu ifá”, “Raiz da memória”, com a participação especial da Velha Guarda da Portela.

Discografias
2025 Deck CD Agbo Ato
2022 Independente CD Uma África chamada Rio de Janeiro
2000 Rob Digital CD Uma geografia popular
Obras
As quartas-feiras (c/ Edinho Oliveira)
Décima sexta estação
Em qualquer lugar
Eterna chama (c/ Candeia)
Luz de verão (c/ Candeia)
Maria de todas as graças (c/ João de Aquino)
Memórias (c/ Luiz Carlos Máximo)
Na rua, a varanda (c/ Luiz Carlos Máximo)
O que os olhos não podem ver - (c/ Carlos Bezerra)
Olhos marejando (c/ Luiz Carlos Máximo)
Ouro tesouro (c/ Ivan Milanês e Xande de Pilares)
Poderio de Oswaldo Cruz (c/ Maneco e Barberinho do Jacarezinho)
Portela canta
Pra Oswaldo Cruz (c/ Edinho Oliveira e Odé Amim José)
Pé de moleque (c/ Luiz Carlos Máximo)
Rapadura é doce - (c/ Marquinho Diniz)
Rapaz perfeito (c/ Duarte)
Uma geografia popular (c/ Edinho Oliveira e Arlindo Cruz)
Verde bandeira (c/ Luiz Carlos Máximo)
Shows
2012 Fundição Progresso, Rio de Janeiro Samba Social Clube - 5 Anos
Arranco de Varsóvia, Nilze Carvalho e Marquinhos de Osvaldo Cruz. Projeto Novo Canto. Teatro do Sesc de Copacabana, RJ,
Festival de Samba da Portela. RJ.
Pagode da família portelense (c/ Velha Guarda da Portela e convidados). Quadra da Portela, RJ,
Projeto Prêt-à-Porter. Teatro Café Pequeno, RJ,
Uma geografia popular. Teatro João Caetano, RJ,
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2010. 3ª ed. EAS Editora, 2014.