
Cantor. Compositor. Instrumentista. Violeiro. Começou a cantar com oito anos de idade, apresentando-se em festas escolares e de aniversário. Em 1953, mudou-se para a cidade de São Paulo a fim de fazer um tratamento de saúde e lá deu segmento à sua carreira artística. Foi casado com a cantora Iara, filha do cantor Maracaí. Faleceu na UTI do Instituto Cardiológico de Campinas por insuficiência cardíaca.
Em 1953, quando se mudou para São Paulo, conheceu o cantor Dóro, que o convidou para cantarem juntos, surgindo então a dupla Dóro e Dorinho. Em 1954, participaram do Concurso de Violeiros do IV Centenário de São Paulo, realizado no Ibirapuera, do qual fazia parte do júri o cantor e compositor Nenete, que gostou de sua voz e o convidou para formarem uma dupla. Em 1955, ele e Nenete foram contratados pela RCA Victor e lançaram o primeiro disco, cantando a toada “O milagre das rosas”, do Padre Ciro Turino, com declamação de Biguá, e o cururu “Toca sino”, de autoria da dupla. Em 1956, gravou com Nenete a moda-de-viola “Amor repentino”, parceria sua com Nenete. Seu primeiro sucesso com esse parceiro ocorreu em 1958, quando gravaram o corrido “Vinte anos depois”, dele, Nenete e Roque José de Almeida, e o rasqueado “Borboleta”, dele, Nenete e Palmeira. Contratados pela Rádio Tupi, conheceram o sanfoneiro Nardeli, com quem formaram o “Trio de Ouro do Rádio Brasileiro”. Gravou com Nenete e Nardeli um total de 20 discos em 78 rpm e 25 LPs. Em 1960, teve três composições de sua autoria gravadas: “Alma ferida”, com Nenete, e “Canção do meu amor”, com Dono da Noite, lançadas por Nenete e Dorinho, e “Amor ingrato”, com Sebastião Victor e Tuta, lançada pela dupla Zico e Zeca, em LP do selo Sertanejo/Chantecler. Em 1962, lançou com Nenete, o LP “Viola morena” pela RCA Victor, que incluiu duas composições de sua autoria com Nenete: “Silêncio”, grande sucesso da dupla, e “Viola morena”. No mesmo ano, outras duas parcerias suas com Nenete, “Felicidade” e “Espero teu perdão” foram gravadas pela dupla Nenete e Dorinho, no LP “Pescador de sucessos” da RCA Victor. Em 1963, sua toada “Saudade sem fim” com Piraci, foi incluída no LP “Caboclo magoado” gravado por ele e Nenete na RCA Victor. Em 1964, lançou, com Nenete, o LP “Ao mais premiados” do qual constam quatro composições suas: “O toureiro”, com Manoelzinho; “Meu fracasso”, com Zé do Carro; “Flor paraguaia”, com Adnaldo Rodrigues; e “Pássaro cativo”, com Nenete. Em 1967, o corrido “Morena cheirosa”, composição sua com Nenete, foi gravada pela dupla Belmonte e Amaraí, no LP “Saudade da minha terra”, lançado gravadora RCA Camden. Em 1969, teve duas composições gravadas pelo instrumentista Orlando Ribeiro no LP “O príncipe do teclado”, também da RCA Camden: “Mato Grosso”, com Orlando Ribeiro, e “Grinaldas”, com Alfredo Soares Filho. No mesmo ano, as toadas “Meu único amor” e “Pássaro cativo”, ambas parcerias com Nenete, foram incluídas no LP “O fino da roça”, da RCA Camden, na interpretação de Nenete e Dorinho. No final da década de 1960, por motivos de saúde, Nenete abandonou a carreira artística e a dupla Nenete e Dorinho chegou ao fim. Em seguida, formou com Maracá e Nardeli um novo trio que gravou dois LPs. Em 1970, Nardeli se afastou do trio e foi substituído pelo sanfoneiro Ponteli. O novo trio gravou dois LPs pela gravadora Philips e se desfez em 1975. Em 1971, teve mais duas composições de sua autoria lançadas: “Nem que a saudade obrigue”, com Tião Caboclo, gravada pela dupla Tião Caboclo e Altamiro, para o LP “Recordar é viver”, lançado pelo selo Caboclo/Continental; e “Rosa morena”, com Nenete, gravada por ele e Nenete, incluída na coletânea “Jóias sertanejas – Vol. 2” da RCA Camden. Em 1972, a dupla Chitãozinho e Xororó, então em começo de carreira, gravou pela Beverly a toada “Grande paixão”, parceria sua com Tony Carlos. Em 1973, teve outra composição gravada pela dupla Chitãozinho e Xororó, a toada “Quero lhe dizer adeus”, com Meirinho, incluída no LP “A mais jovem dupla sertaneja do Brasil”, lançado pela Sinter/Philips. No mesmo ano, a dupla Rock e Ringo no LP “A dupla da nova geração”, lançado pela Beverly, gravou “Quarto de despejo”, com Geraldo Meireles. Em 1974, seu rasqueado “Borboleta”, com Nenete, foi gravado pelo acordeonista Orlando Ribeiro no LP “Polcas – rasqueados – chamamés” da Musicolor/Continental. Nesse mesmo ano, a gravadora Caboclo/Continental lançou o LP “Juntinhos para sempre” com gravações da dupla Nenete e Dorinho incluindo cinco composições suas: “Missioneira”, de Fernando Bustamente, com versão sua e de Tapuã; “Juntinhos para sempre” e “Lágrimas de amor”, com Nenete; “Homem sem carinho”, com Garcez; e “Noite do adeus”, com José Feliciano de Farias e Alcindo Machado. Em 1975, oito composições de sua autoria foram gravadas: “Pássaro cativo”, com Nenete, e “As coisas”, com Tapuã, pela dupla Mococa e Moraci no LP “Tudo fiz por você” da Sertanejo/Chantecler; “Saudade da infância” e “Minha riqueza”, com Nenete, incluídas no LP “Aniversário de mamãe”, que a Caboclo/Continental lançou com gravações de Nenete e Dorinho; Campanha e Cuiabano registraram “Muito obrigado querida”, com Meirinho, e “Perto do adeus”, com Mocaca, para o LP “O perigo de amar demais”, da Sertanejo/Chantecler; a dupla Os Valetes registrou “Nosso amor”, com Tapuã; e a dupla Ferreira e Cidinha lançou “Onde está”, com Tapuã, para o LP “Palavra amiga” da gravadora Japoti. Em 1976, Chitãozinho e Xororó gravaram “Minha infância” para LP lançado pela Beverly. No mesmo ano, o trio Maracá, Nelcy e Ponteli gravou “Odeio você meu amor”, parceria sua com J. Garcia, enquanto a dupla Mocaca e Moraci gravou “Porto do adeus”, de sua autoria com Moacir dos Santos. Também em 1976, a gravadora Beverly lançou uma coletânea de Nenete e Dorinho, que incluiu suas composições “Porto do adeus”, com Moacir dos Santos, e “Beija-flor” e “Saudade de você”, com Nenete. Em 1977, a dupla Vicente e Vital, no LP “Revendo minha terra” da Som/Copacabana, gravou “Não quero te ver com outra”, com Meirinho, e “Felicidade”, com Meirinho. Em 1980, o rasqueado “Borboleta”, com Palmeira e Nenete, foi gravado por Mensageiro e Mexicano. Em 1985, a dupla Rivail e Rivael, no LP “Asa branca”, da RGE, gravou “Mentira e desengano”, de sua autoria e de Horizonte. Em 1986, a cantora Suzamar gravou “Canção do meu amor”. Em 1994, formou com a esposa Iara e o acordeonista João Pontel, o Ponteli, o trio Dorinho, Iara e Ponteli, com o qual gravou quatro CDs e o único DVD da carreira. Com esse trio fez inúmeros shows e apresentações em programas de televisão. Em 2010, cantou pela última vez no programa “Viola minha viola” apresentado por Inezita Barroso, na TV Cultura. Em 2011, já bastante debilitado por problemas de saúde realizou seu último show na Roda de Violeiros João Negrão na Semana Nenete de Música Sertaneja. Na ocasião, recebeu a “Medalha Huquiles de Carli de Incentivo às Tradições Caipiras” como “Destaque do ano”. Cantou, então, “Cachoeira de Emas”, de sua autoria e Nenete, considerada um segundo hino da cidade de Pirassununga. Em mais de sessenta anos de carreira deixou mais de trinta discos lançados além de mais de 40 composições gravadas por inúmeros artistas.
- Com Nenete
- Com Nenete
- Com Nenete
- Com Nenete
- Com Nenete
- Com Nenete
- Com Nenete
- Com Nenete
- Com Nenete
- Com Nenete
- Com Nenete
- Com Nenete
- Com Nenete
- Com Nenete
- Com Nenete
- Com Nenete
- Com Nenete
- Com Nenete
- Com Nenete
- Com Nenete
- Com Nenete
- Com Nenete
- Com Nenete
- Com Nenete
- Com Nenete
- Com Nenete
- Com Nenete
- Com Nenete -
Com Nenete