
Cantor. Compositor. Violonista. Arranjador.
Começou a tocar violão aos 13 anos de idade, quando trocou o violão de seis cordas pelo violão de sete cordas. Começou a carreira artística no final da década de 1950, participando do programa de calouros de Hebe Camargo. Logo assinou um contrato de cinco anos com a Rádio Nacional. Em 1959, contratado pela Chantecler estreou em discos interpretando o samba “Roubaram Meu Samba”, de Jaime Janeiro e Osvaldo Melo, e o samba-canção “Amor Barato”, de Jaime Janeiro e Renê Chagas. No mesmo ano, gravou o samba “Garçonete”, de Jaime Janeiro e Osvaldo Melo, e o samba-canção “Sonhos De Pintor”, de Jaime Janeiro e Osvaldo Melo.
Em 1960, gravou os sambas “O Piranha”, de Jair Gonçalves, e “Minha Gravação”, de Portinho e João Pacífico. No mesmo ano, transferiu-se para a RGE onde estreou gravando o bolero “Nosso Juramento (Nuestro Juramento)”, de Benito de Jesus, versão de Benil Santos, e o samba “Boêmio Doutor”, de Osvaldo Mello e Waldemar Pimentel. Ainda em 1960, ganhou o troféu Roquete Pinto como Revelação do Ano
Em 1961, gravou o tango “Nunca Mais”, de Gutemberg Cruz e Eduardo Dos Santos, e os boleros “O Direito de Amar”, de J. M. Alves e Osvaldo Bettio, “Nosso Lar”, de Miranda e Maio, e ” Sucessor De Boêmio”, de Waldemar Pimentel. No mesmo ano, lançou o LP “Com Alma e coração”, interpretando as músicas “Amargo Regresso”, de Julio Jaramillo, versão de N. Soares, ” Eterno Tributo”, de Floriano Mattos, “Nosso Lar”, de Miranda e Maio, “Nossas Vidas”, de Floriano Mattos, “Nunca Mais”, de Paraguassu, “O Direito de Amar”, de J. M. Alves e Osvaldo Bettio, “Sucessor De Boêmio”, de Waldemar Pimentel, “Bom Amigo”, de Waldemar Pimentel e Osvaldo Mello, “Humilhação”, de Roberto Stanganelli e Waldemar Pimentel, “Voltarás”, de Tupan, George AB e Waldemar Pimentel, “Boêmio Doutor”, de Osvaldo Mello e Waldemar Pimentel, e ” Nosso Juramento (Nuestro Juramento)”, de Benito de Jesus, versão de Benil Santos. Ainda em 1961, participou de duas coletâneas da RGE: “Eu adoro Tangos” com sua interpretação para o tango “Nunca Mais”, de Eduardo Dos Santos e Gutemberg Cruz, e no disco “Boleros e guarânias” na interpretação do bolero “Nosso Juramento (Nuestro Juramento)”, de Benito de Jesus, em versão de Benil Santos.
Em 1962, sua gravação para a marcha “Colombina”, de Paschoal Roy e Noel Costa, fez parte da coletânea “Carnaval 1962”, do selo Fermata/Momo.
Em 1963, gravou o samba-canção “Não Me Fales Mais”, de Edson Borges, e o samba “Com Ela”, de Paulo Borges e Otto Borges. No mesmo ano, ingressou na gravadora Copacabana e lançou o bolero “Meu Inferno”, de Roberto Martins e Osvaldo Santiago, e o samba-canção “Deixa-me Só”, de Bismael Batista. Ainda no começo dos anos 1960, fez parte da “Caravana do Peru que Fala” do apresentador Silvio Santos percorrendo o Brasil em divulgação da música popular brasileira.
Com o espaço conquistado graças ao seu estilo e talento no violão de sete cordas foi convidado para integrar o grupo paulista Demônios da Garoa no qual atuaria até 2005. Em 1964, a coletânea “14 Maiorais Nº 5”, da gravadora Copacabana incluiu sua gravação para o bolero “Inutilmente”. Também em 1964, Waldick Soriano fez sucesso com o bolero “Pensei Que Estava Sonhando”, com Waldemar Pimentel, lançado em compacto simples pela Chantecler. No ano seguinte, a coletânea “14 Maiorais Nº 6”, incluiu a gravação do bolero “Fúria”.
Em 1967, lançou LP pela gravadora OPP interpretando as músicas “Meu Romance”, de Saint-Clair Sena, “Noite Cheia de Estrelas”, de Cândido das Neves, “Ave-Maria”, de Erothides de Campos, “Falsa Felicidade”, de Paulo Medeiros, “Cabelos Cor de Prata”, de Sílvio Caldas e Rogaciano Leite, “Quase Que Eu Disse”, de Sílvio Caldas e Orestes Barbosa, “Boneca”, de Benedito Lacerda e Aldo Cabral, “Lábios Que Beijei”, de J. Cascata e Leonel Azevedo, ” Maringá”, de Joubert de Carvalho, “Chão de Estrelas”, de Sílvio Caldas e Orestes Barbosa, ” Chuá, Chuá”, de Pedro de Sá Pereira e Ari Pavão, e “Suburbana”, de Sílvio Caldas e Orestes Barbosa. No mesmo ano, seu samba “Fica, Vai”, com Roberto Barbosa e Nenê Correia, foi gravado pelo grupo Demônios da Garoa em compacto simples pela Chantecler, enquanto o bolero “Noite Sombria”, com Frederico Rossi, foi registrado por José Augusto no LP “Preciso de alguém”, também da Chantecler. Em 1968, seu samba “Leva Este” deu título ao LP lançado pelos Demônios da Garoa pela Chantecler. Em 1972, participou da coletânea “Carnaval de Vanguarda 72”, do selo Premier/RGE, com a interpretação da marcha “Balalaica”, de Paulo Rogério, Roberto Valentim e Nilo Silva. Em 1974, sua gravação do bolero “Nosso Juramento” foi incluída na coletânea “Sempre Sucesso – VOL. 2”, do selo Premier/RGE. Em 1977, seu samba-canção “Toda a Lágrima”, com Roberto Barbosa, foi lançado pelo grupo Demônios da Garoa no LP “34 Anos de Música Brasileira”, do selo Alvorada/Chantecler. Em 1978, o choro “Elegante”, com Evandro do Bandolim, foi gravado por Evandro do Bandolim no LP “Cordas que falam” do selo Som/Copacabana.
Em 1989, lançou de maneira independente o LP “Sonhos de um rei” com as composições “Sonhos de Um Rei”, “Pé da Serra”, “Cravo Derradeiro”, “Morada da Solidão”, e “Nuvem Feiticeira”, todas em parceria com Vasconcellos Aun, além de “Flores e Espinhos”, com Roberto Barbosa, além de “Canta Menina”, de Lando Freire, Roberto Brito e Osmar, “Bem Mais Mulher”, de Francisco Paulo Galo e Vasconcellos Aun, “Céu do Meu Sertão”, de Roberto Barbosa e Celso Machado, e ” Retorno do Progresso”, de Tião Mineiro e Juanito Gonzales. Em 1997, o LP “55 Anos de Garoa”, lançado na RGE pelo grupo Demônios da Garoa incluiu seu samba “Dona Da Razão”, com Julieta Facchini.
Em 2014, gravou com Orlando Aldasi o CD “Naquele Tempo…” com as músicas “Rosa”, de Pixinguinha, “Sertaneja”, de Ernesto Nazareth e Catulo da Paixão Cearense, “Velho Realejo”, de Custódio Mesquita e Sady Cabral, “Gente Humilde”, de Garoto, Vinicius de Moraes e Chico Buarque, “Tatuagem”, de Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito, “Quando Eu Me Chamar Saudade”, de Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito, “Faceira”, de Ary Barroso, “Céu das Estrelas”, com Lula Barbosa e Orlando Aldasi, “Assum Preto”, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, “Revolta”, de Nelson Gonçalves e Raul Sampaio, e “Viajante”, de Orlando Aldasi. Considerado pela crítica como um dos melhores violões sete cordas do país, ao longo de mais de 50 anos de carreira acompanhou diversos artistas, entre os quais, Nelson Gonçalves, Jacob do Bandolim, Waldir Azevedo, Altamiro Carrilho, Orlando Silva, Luiz Gonzaga, Cartola, e Lupicínio Rodrigues. Também atuou no regional de choro de Carlos Poyares. Como integrante do grupo Demônios da Garoa gravou mais de 20 discos. Recebeu por três vezes o Troféu Velho Guerreiro oferecido pelo apresentador Chacrinha, sendo duas vezes com os Demônios da Garoa e uma vez solo. Também foi premiado pela Secretaria de Cultura de São Paulo.