
Cantor. Compositor. Regente. Multiinstrumentista (cavaquinho, violão, baixo, bateria, piano, guitarra e percussão).
Transferiu-se para o Rio de Janeiro na década de 1960.
No início de carreira, na década de 1960, integrou com Dito e Douglas Rocha o Inema Trio, incluído pelo então diretor da TV Itapoã, Carlos Lacerda (pianista e maestro baiano) na programação regular da emissora.
Em 1967, fazendo parte do Inema Trio, foi o vencedor “I Festival de Samba da Bahia” com a composição com “Alagados”, de sua autoria em parceria com Edigildo Pereira.
No ano de 1969 o Inema Trio gravou a inédita “Diplomacia”, de Batatinha. Por essa época, participou, no Rio de Janeiro, de vários programas de auditório, destacando-se “A Grande Chance”, apresentado por Flávio Cavalcanti na TV Tupi.
Integrou, juntamente com o cantor e compositor Dito, a dupla Tom e Dito (Expedito Machado de Carvalho), com a composição “Tamanco malandrinho”, finalista do “Festival Abertura”, da TV Globo, em 1974, mas que alcançou sucesso imediato, independente da colocação. Integrando a dupla gravou vários discos, entre eles “Se mandar mimbora eu fico”, 1974; “Revertério”, de 1976; “Tom & Dito”, em 1977 e “Tom e Dito”, no ano de 1981. A dupla, descoberta e lançada por outra dupla baiana, “Antônio Carlos & Jocafi”.
Paralelo ao trabalho da dupla, com Dito, desenvolvia seu trabalho de compositor e vários artistas gravaram suas músicas.
No ano de 1977, Alcione interpretou de sua autoria “Não chore não” (c/ Dito).
No início da década de 1980, após o término da dupla, seguiu carreira solo. Por essa época, Vanja Orico interpretou de sua autoria “Jogo perigoso”, em parceria com Zé do Maranhão.
Em 1987 participou do projeto multimídia “O Saruê – Astronauta”, história de Arnaldo Niskier com direção e adaptação de José Roberto Mendes, que incluiu disco, livro e peça. O disco, produzido pela gravadora CID, contou com composições e arranjos de sua autoria, além de sua participação como cantor e músico tocando vários instrumentos.
Em 1988 gravou “Contas de Xangô”, parceria com Edson Conceição. A música foi incluída no show “Verão Brasil”, criado e dirigido por Ricardo Cravo Albin, a pedido do Departamento Cultural do Ministério das Relações Exteriores. O espetáculo foi estrelado por Sônia Santos e Tom da Bahia e excursionou por vários países (África do Norte, Espanha, Venezuela e Angola). Nesse mesmo ano de 1988, lançou pela gravadora Fama o LP “Temperos musicais”. O disco contou com a apresentação de Arnaldo Niskier, que exaltou a sua pluralidade de ritmos, como samba, reggae e merengue. Ainda nesse disco, regravou seu principal sucesso, “Tamanco malandrinho”.
No ano de 2003 lançou, pelo selo Lua Music Brasil, o CD “Contas de Xangô”, no qual regravou “Não chore não” (c/ Dito) e também a faixa-título “Contas de Xangô”, em parceria com Edson Conceição. Deste disco também se destacaram as faixas “Capim Barba de Bode” (c/ Dito), “Mentirinha” (c/ Armando Amorim), “Baluarte da Mangueira” (c/ Bruno Rodrigues), “Confissão” (c/ Paulo Brito) e “A grande família”, em parceria com Dito, música de grande sucesso nacional após ter sido inserida no seriado “A grande família”, da TV Globo. Neste mesmo ano de 2003 a Rede Globo relançou o seriado e a composição voltou a fazer sucesso, desta vez na interpretação de Dudu Nobre que a havia gravado no ano anterior.
Em 2013 fez show no Bar Cariocando, no Catete, centro do Rio de Janeiro.
Entre seus vários intérpretes destacam-se Dóris Monteiro em “Se é questão de adeus, até logo” e o Inema Trio na faixa “Aruê Pam”, parceria sua com Marieta.
(infantil)
(c/ Dito)
(c/ Dito)
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.