Cantora.
Cantora de coros de igrejas católicas e protestantes, em 1997 foi convidada pelo diretor de teatro Márcio Meireles para participar da peça “Bye bye Pelô”, ao lado do Bando de Teatro Olodum. Durante os ensaios, foi observada pelo compositor Caetano Veloso, que decidiu apostar na voz da cantora. Nesse mesmo ano, gravou seu primeiro CD, “Sol negro”, produzido por Celso Fonseca, com arranjos de Eduardo Souto Neto e a participação de Djavan, Gilberto Gil e Milton Nascimento. O disco foi bem recebido nos Estados Unidos e na Europa e a cantora recebeu elogios dos jornais “The New York Times” e “Le Monde” e da revista “Rolling Stone”. O jornal “The New York Times” a descreveu como “uma das mais impressionantes cantoras que surgiu no Brasil nos últimos anos”. Em um ano, realizou duas turnês pelos EUA, shows na Europa e foi entrevistada por David Byrne, ao vivo, na televisão americana. Nos Estados Unidos, Europa e Japão, “Sol negro” foi lançado pela Rykodisc, gravadora de Cris Blackwell.
Em 2000, gravou o CD “Nós”, no qual homenageia os blocos afro de Salvador. Seu canto entoa músicas do Ilê Aiyê, Olodum, Timbalada, Araketu e Afreketê. Gravou a faixa “Hino do Senhor do Bonfim” (João Antônio Wanderley), música que fechava o disco “Tropicália ou panis et circensis”, no disco “Tropicália 30 anos”, lançado pela Natasha Records.
Em 2001, apresentou-se no XXV Spoleto Festival USA, realizado na Carolina do Sul, nos Estados Unidos, e realizou turnê de shows nesse país. Nessa oportunidade, foi apontada, no jornal “The New York Times” como “uma das melhores vozes surgidas no mundo nos últimos tempos” e citada na imprensa norte-americana como “a cantora favorita de Bill Clinton”.
Em 2003, lançou o CD “Mares profundos”, interpretando obras de Baden Powell e Vinicius de Moraes.
Fez turnê de 40 shows nos Estados Unidos, na Áustria, na Espanha, na França e na Inglaterra, mostrando o repertório do disco.
Apresentou-se, em 2005, no Teatro Rival (RJ), acompanhada por Yura Ranevski (violoncelo e direção musical), Pedro Braga (violão), Raul Mascarenhas (sax e flauta), Ronaldo Silva (percussão) e Mila Schiavo (percussão).
Em 2008, gravou o CD “Recomeço”, pela gravadora Biscoito Fino. Dentre as faixas, clássicos como “A noite do meu bem”, “Beatriz”, “Boa noite, amor”, “Canção de amor” e “Por toda a minha vida”.
Em 2011, participou do programa “Agora no ar!” (Rádio Roquette Pinto FM), realizado em homenagem à sua trajetória artística, produzido e apresentado por Ricardo Cravo Albin.
Depois de sete anos, entrou novamente em estúdio para gravar “Mama Kalunga”, um disco que versa sobre ritmos e temáticas africanas. Dentre as faixas, “Ao senhor do fogo azul”, “Mama Kalunga”, “Nos horizontes do mundo”, “Vá cuidar de sua vida”, “Babalao amor de escravo”, “Monami”, “Luande”, “Yaya zumba” e “Sou eu”. Produzido por Tiganá Santana e Sebastian Notini, o CD foi tão bem recebido pela crítica que rendeu uma indicação ao 27º Prêmio da Música Brasileira na categoria melhor álbum de MPB.
Foi indicada ainda na categoria melhor cantora de MPB, de onde saiu vencedora depois de competir com Elba Ramalho (Do meu olhar de fora) e Ná Ozzeti (Ná e Zé).
Em 2019 lançou o álbum “Cada voz é uma mulher”, com nove faixas e participações especiais de Mayra Andrade em “Stória stória” e Lenna Bahule em “Yimbelelani”.
Em 2024 lançou o álbum “Poesia e nobreza”, gravado ao vivo na Sala Itaú Cultural, em São Paulo, com repertório pautado nas composições de Paulinho da Viola e Tiganá Santana; com participações especiais de Fabiana Cozza e Jéssica Areias.