
Instrumentista (pianista). Compositor. Professor. Jornalista.
Filho do pianista e crítico de música clássica Eurico Nogueira França e da pianista da área erudita Ivy Improta. Aos cinco anos de idade, sem nunca ter recebido lições formais de música, venceu o Concurso de Iniciação Musical do Conservatório Brasileiro de Música, sendo contemplado com uma bolsa de estudos nesse estabelecimento. Ainda na infância, começou a compor e a improvisar ao piano, influenciado pela música popular. Iniciou em seguida seus estudos formais. Na década de 1960, interessou-se pelo jazz e pela bossa nova, participando de vários grupos instrumentais, ainda como pianista amador. Paralelamente, começou a dedicar-se a duas outras atividades: professor de piano e jornalista. Produziu e escreveu programas sobre jazz para as rádios MEC e Roquete Pinto e publicou artigos sobre música em revistas especializadas. Estudou com Lidy Mignone (iniciação musical), Lúcia Branco, Alda Caminha, Luis Paulo Sampaio, Roberto Tavares, Lícia Lucas, Sonia Goulart e Linda Bustani (piano clássico), Esther Scliar (percepção), Francisco Mignone e Marlos Nobre (composição), Tenório Junior e Aluizio Milanês (piano popular e jazz), entre outros.
Iniciou sua carreira de músico profissional em 1970, atuando em casas noturnas e teatros, acompanhando em shows e gravações artistas como Luis Melodia, Zezé Motta, Gal Costa, Djavan, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Chico Buarque, Nara Leão, Gilberto Gil, Baden Powell, Elizeth Cardoso, Elba Ramalho, Sueli Costa e Jorge Mautner, entre outros.
Em 1980, foi considerado o melhor tecladista do país pelo “Jornal da Música”. Seu grupo instrumental Mandengo foi relacionado entre os melhores do ano.
Destacou-se no exterior em função de gravações exportadas, turnês internacionais e duas participações no Festival de Montreux (Suíça).
É autor da trilha sonora premiada do filme “Bar Esperança”. Participou da trilha sonora das novelas “Kananga do Japão” (TV Manchete) e “Vila Madalena” (TV Globo). Atuou como instrumentista nos filmes e shows “Doces bárbaros” e “Bahia de todos os sambas”, este último realizado em Roma (Itália).
Em 1986, fundou a Escola de Música Cenário e escreveu mais de 10 livros didáticos de música.
Nos anos 1990, passou a dedicar-se quase que exclusivamente à sua carreira solo de instrumentista, atuando em shows ao vivo com seu próprio grupo.
Lançou os CDs “Tear”, “Bartok jazz”, “Certas mulheres” e “Cantar, pensar e sentir”.
Dirigiu os shows instrumentais “Bartok jazz”, com composições de Bela Bartok, e “Dorival”, apresentando a obra de Dorival Caymmi.
Em 1998, publicou o livro “Curso de Harmonia Popular”, pela H. Sheldon, dedicado a todos os instrumentos musicais.
Dirige a cadeira de Teclado da Escola Rio Música e assina a coluna mensal para teclado “Workshop”, da revista “BackStage”.
Publicou, pela editora Irmãos Vitale, o livro “Aprendendo a ler música”,no qual introduz novidades no aprendizado do teclado e apresenta mais de cem composições inéditas de sua autoria.
Em 2003, em uma homenagem a Dorival Caymmi, gravou o disco “Dorival”, apenas com regravações de clássicos do compositor: “ O mar”, “O bem do mar”, “Canção antiga”, “Canto de Nanã”, “Cantiga de cego”, “Vc não sabe amar”, “Anjo da noite”, “Adeus da esposa”, “Das rosas”, “Horas”, “Nesta rua tão deserta”, “Cala a boca, menino”, “O que é que a baiana tem/O samba da minha terra” e “Tão só”.
Cinco anos mais tarde, juntou-se à flautista Andrea Ernest Dias e gravou “Andrea Ernest Dias & Tomás Improta”, trabalho que trouxe as faixas “Cristal”, “Choro bandido”, “ Coisa nº 9”, “Esperança perdida”, “Après um rêve”, “ Só para mim”, “Meditando”, “So in love”, “Seresta”.
Em 2015, comemorando seus 45 anos de carreira, gravou, acompanhado do trombonista Raul de Souza, do saxofonista Marcelo Martins (com quem assinou os arranjos) e do guitarrista Carlos Pontual (coprodutor), o disco “A volta de Alice”. Ao longo das 11 faixas, participações de Jessé Sadoc e José Arimatéia (trompete), Aldivas Aires (trombone), Alberto Continentino (baixo acústico), Domenico Lancellotti (bateria), João Viana (bateria) e Marco Lobo (percussão). No repertório, “Império do samba”, “Vagamente”, “Esperança perdida”, “ É azul”, “ Como o céu é do avião”, “A volta de Alice”, “Téran”, “12 aneis de Thelonius”, “Adriana/Urbana”, “A coisa” e a faixa-bônus “Avarandado”. O título do disco se justifica na presença, no encarte, de trechos textos de Lewis Carrell, autor de “Alice no país das maravilhas”.
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.