
Compositor. Cantor. Violonista.
Estudou na Escola de Engenharia da Universidade Federal entre 1968 e 1973.
Fez pós-graduação no Laboratório Nacional de Engenharia Civil. Estudou com o maestro Guerra Peixe entre 1969 e 1970 em curso no MIS (Museu da Imagem e do Som), dentro da Escola de Música Popular criada pelo então diretor Ricardo Cravo Albin.
Entre 1965 e 1966, formou, com Aldir Blanc, Paulo Sérgio Midosi e Roberto Vasquez, o grupo GB-4. Mais tarde, o grupo passou a se apresentar na TV Globo como o conjunto instrumental do programa “O Clube do Guri”. Por essa época, participava dos saraus de música e poesia e shows, como “Quem descobriu a bossa” e “Coisa mais linda”, produzidos por Pedro Jorge Negrão no Teatro Azul e no teatro Carioca da Arte, dos quais participavam também os então novatos Ivan Lins, César Costa Filho, Ronaldo Monteiro de Souza, Antônio Adolfo, Tibério Gaspar, Rui Maurity, Ruy Quaresma, Fred Falcão, Ivan Wrigg e Chiquinho Botellho, entre outros.
Em 1968 participou, tocando violão, do “III Festival Internacional da Canção Popular”, com a música “A noite, a maré e o amor”, defendida por Márcio Lott e o quarteto vocal O Soneto. Logo depois, a composiçãoteve dois registros fonográficos: o primeiro, seu em dueto com Aldir Blanc, no LP feito pela CBS com algumas músicas do festival, e o segundo, na interpretação de Ruy Felipe. No ano posteror, em 1969, classificou sua composição “Nada sei de eterno” no “II Festival Universitário da Canção Popular”, com interpretação de Taiguara e Quarteto Forma. A música seria gravada por Taiguara e depois por Lúcio Alves. Ainda em 1969, juntamente com o trio vocal Os Três Morais, interpretou “Serra acima”, de sua parceria com Aldir Blanc, no “IV Festival Internacional da Canção”.
No ano de 1970, sua composição “Amigo é pra essas coisas” (c/ Aldir Blanc) foi classificada em 2º lugar no “Festival da Tupi do Rio de Janeiro”. Sendo seu maior sucesso, a música conta com mais de 120 regravações, quase sempre em dupla: João Nogueira e Emílio Santiago, MPB-4, Rui Faria e Chico Buarque, Milton Banana Trio, Quarteto em Cy e MPB-4, e os estrangeiros André Penazzi, Nazareno, Tim, Dálvaros e Tijuana Brass. Por essa época, juntamente com outros músicos e poetas, fundou o MAU (Movimento Artístico Universitário), que tinha como “quartel general” a casa do médico psiquiatra e violonista Aluísio Portocarrero, na rua Jaceguai, 27, no bairro do Maracanã. Dessas reuniões participavam Paulo Emílio, Ricardo Neves, Ivan Wrigg, Omar Lobo, Gonzaguinha, Rolando Faria, Márcio Proença, Marco Aurélio, Eduardo Lages, Flávio Farias, Darcy de Paulo, Rolando, Lucinha Lins, César Costa Filho, Ivan Lins e Sidney Matos. Mais tarde, levado por Eduardo Athayde, parte desse grupo passou a produzir o programa semanal “Som Livre Exportação”, na TV Globo.
Em 1979, o grupo MPB-4 gravou “Amigo da onça – ou amigo é pra essas coisas 2” (c/ Aldir Blanc). Dois anos depois, em 1981, Marcio Proença incluiu em seu disco as composições “Novo messias” e “Bar do João”, parcerias de ambos com Marco Aurélio.
Em 1983, “Novo Messias” foi regravada pelo duo Les Étoiles na França. No ano seguinte, em 1984, “Baile comum”, parceria com Márcio Proença e Marco Aurélio, foi gravada por Márcio Proença.
Em 2001, Cláudio Camunguelo, seu parceiro no choro “Zé Galinha”, classificou a composição em 2º lugar no “Festival Chorando no Rio”, promovido pelo MIS (Museu da Imagem e do Som) e transmitido para todo o Brasil pela TVE, com apresentação de Ricardo Cravo Albin. No ano seguinte, em 2002, foi lançado, pela gravadora CPC-UMES/Rob Digital, o disco “Festival de Choro do MIS – Chorando no Rio”, no qual Cláudio Camunguelo interpretou a composição “Zé Galinha”.
No ano de 2009, apresentou-se no Auditório do BNDES (RJ), com o show “Amigo e outras coisas – Sílvio da Silva Júnior 40 anos depois”. O espetáculo, que marcou o lançamento de seu “Caderno de Partituras”, contou com a participação de Arlindo Cruz, Fátima Guedes, Guinga, Pery Ribeiro, Silvio César e Wanda Sá, e com orquestração e regência de Gilson Peranzzetta, e foi lançado em DVD.
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
ALBIN, Ricardo Cravo. O Livro de Ouro da MPB. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações S.A., 2003.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.
CHAVES, Xico e CYNTRÃO, Sylvia. Da Pauliceia à Centopeia Desvairada – as Vanguardas e a MPB. Rio de Janeiro: Elo Editora, 1999.