Jorginho Pessanha

Em 1966, como integrante da Ala de Compositores do Império Serrano, classificou em 2º lugar um samba-enredo de sua autoria no concurso da escola. Neste mesmo ano, ao lado dos ritmistas Elizeu, Silvinho da Portela, fez parte da Delegação Brasileira que se apresentou no “Primeiro Festival de Arte Negra”, em Dakar, no Senegal, em 1966. Na ocasião, integrou o grupo de músicos que acompanhava Clementina de Jesus, Elton Medeiros, Ataulfo Alves, Heitor dos Prazeres e Paulinho da Viola, entre outros.

Em 1967, Roberto Silva gravou pela Copacabana Discos a música “A timidez me devora”, em parceria com Walter Rosa.

No ano de 1973, no disco “Canto por um novo dia”, pela gravadora Tapecar, Beth Carvalho interpretou de sua autoria em parceria com Mano Décio da Viola: “Hora de chorar”. No ano seguinte, foi o responsável pela direção de harmonia da gravação do samba-enredo “Cinco bailes da história do Rio”, de Silas de Oliveira, Bacalhau e Dona Ivone Lara. A gravação deste samba foi feita por Manuel Ferreira e Dona Ivone Lara para a “Série História das Escolas de Samba – Império”, da gravadora Marcus Pereira Discos. Neste mesmo ano, Zuzuca gravou de sua autoria “Só Deus”, em parceria com Walter Rosa.

Em 1975, Jorginho do Império interpretou de sua autoria “Eu não sou o que ela pensou” (c/ Setembrino Coutinho) e “Viagem encantada”, em parceria com Mano Décio da Viola, que deu título ao LP. Neste mesmo ano lançou um LP pela Marcus Pereira Discos com diversas músicas, como “Aquarela brasileira” (Silas de Oliveira) e “Heróis da liberdade” (Silas de Oliveira, Mano Décio da Viola e Manuel Ferreira), que se tornariam sucessos em sua voz. Ainda neste ano, Leci Brandão no disco “Antes que eu volte a ser nada”, interpretou “Pranto colorido”, parceria de ambos.

No ano de 1978, no LP “Eu sou eu”, pela gravadora CBS, Sabrina interpretou “A favor do vento”, de sua autoria.

Em 1989, Neguinho da Beija-Flor no disco “Carente de afeto” incluiu de sua autoria “Favela”.

Em 1998, a gravadora BMG lançou o disco “Chico Buarque de Mangueira”. Neste CD, em homenagem aos compositores mangueirenses, Cristina Buarque interpretou “Favela” de sua autoria em parceria com Padeirinho.

Constam entre seus parceiros: Oswaldo Vitalino de Oliveira, o Padeirinho, e Leci Brandão (ambos da Mangueira), Mano Décio da Viola (do Império Serrano) e Walter Rosa (da Portela), o que ressalta a sua importância nas rodas de samba dos morros e escolas cariocas.

Em 2002 foi lançado o livro “Velhas Histórias, memórias futuras” (Editora Uerj) de Eduardo Granja Coutinho, livro no qual o autor faz várias referências ao compositor.