Cantor. Compositor.
Filho do violonista Iraci com Dona Fia (Costureira e compositora da Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro). Irmão de Mestre Louro, diretor de bateria do Salgueiro (falecido). Nascido e criado no Morro do Salgueiro.
Na década de 1970, fez parte do grupo de compositores que frequentavam o Bloco Carnavalesco Cacique de Ramos. Por essa época, construiu um banjo com braço de cavaquinho, o que chamava a atenção pela sonoridade que conseguia tirar do instrumento. Esse tipo de instrumento híbrido logo foi adotado por vários grupos de samba.
Transferiu-se do Rio de Janeiro para São Paulo, passando a morar em um sítio em Tupã, a 600 quilômetros da capital.
Aos 70 anos, faleceu por conta de problemas renais crônicos.
Surgiu para o grande público no ano de 1969 quando se transferiu para São Paulo para ser cavaquinista do grupo Os Originais do Samba, que também era integrado pelo cantor e humorista Mussun.
Integrou o grupo Fundo de Quintal em sua primeira formação.
Em 1979, Beth Carvalho gravou “Pedi ao céu” (c/ Luverci Ernesto), “Tem nada não” (c/ Jorge Aragão e Luverci Ernesto) e o sucesso “Coisinha do pai” (c/ Luís Carlos e Jorge Aragão).
No ano de 1981, no LP “Na fonte”, Beth Carvalho interpretou também de sua autoria “É, pois, é”, em parceria com Luverci Ernesto e Luís Carlos. Neste mesmo ano, Alcione gravou “Ave coração”, em parceria com Luverci Ernesto. No ano seguinte, obteve o 3º lugar no “Festival MPB Shell”, da Rede Globo, interpretando a música “Mordomia”, de Ari do Cavaco e Gracinha.
Em 1983 sua composição em parceria com Luverci Ernesto deu título ao novo disco de Alcione “Almas & corações”.
Em 1984, Beth Carvalho gravou duas composições suas, “À luta, Vai-Vai!” (c/ Luverci Ernesto) e “Não quero saber mais dela” (c/ Sombrinha) em seu LP “Coração feliz”, lançado pela RCA Victor. No ano seguinte, a cantora gravou em seu novo disco “Das bençãos que virão com os novos amanhãs”, uma parceria sua com Arlindo Cruz, “Da melhor qualidade”.
No ano de 1986, lançou pela gravadora RGE o disco “Almir Guineto”, no qual gravou várias parcerias suas com Zeca Pagodinho, Adalto Magalha, Beto Sem Braço, Guará da Empresa e Luverci Ernesto, despontando como sucesso neste disco a música “Caxambu” (Bidubi, Jorge Neguinho, Zé Lobo e Élcio do Pagode). Neste mesmo ano, foi lançado pela gravadora Fama o disco “Explosão do pagode”. Este LP, que reuniu Cláudio Camunguelo, Carlos Sapato, Baita e Adalto Magalha, teve como música de trabalho “Papagaio”, parceria de Almir Guineto, Beto Sem Braço e Luverci Ernesto, interpretada por Carlos Sapato, alcançando um grande sucesso nacional. Ainda neste ano, Beth Carvalho gravou “Corda no pescoço”, em parceria com Adalto Magalha.
Jovelina Pérola Negra, em 1987, gravou no disco “Luz do repente” uma composição sua em parceria com Adalto Magalha: “Trama”. Neste mesmo ano, lançou o LP “Perfume de champanhe”, pela gravadora RGE, obtendo sucesso com “Batendo na palma da mão” (c/ Guará da Empresa). Beth Carvalho, em seu disco ao vivo, interpretou “Da melhor qualidade” (c/ Arlindo Cruz). No ano seguinte, em seu LP “Toque de malícia”, Beth Carvalho incluiu duas composições de sua autoria: “Pedi ao céu” (c/ Luverci Ernesto) e a regravação de “Corda no pescoço”.
Em 1989, sua composição “Gosto de festa”, em parceria com Adalto Magalha e Carlos Senna, deu nome ao disco de Dominguinhos do Estácio. Ainda neste ano, lançou pela gravadora RGE o LP “Jeito de amar”. Em 1990, o cantor Reinaldo interpretou “Doce lembrança” (c/ Adalto Magalha), em seu disco “Coisa sentimental”, lançado pela gravadora Continental. No ano seguinte, gravou pela RGE o disco “De bem com a vida”.
Em 1993, em seu disco “Alô mundo”, pela RCA Victor, Zeca Pagodinho incluiu de sua autoria “Mãos”, em parceria com Simões PQD e Carlos Senna.
No ano de 1996, Zeca Pagodinho lançou o CD “Deixa clarear”, no qual interpretou “Olhos” (c/ Luverci Ernesto e Carlos Senna). Neste mesmo ano “Coisinha do pai” gravada por Elba Ramalho e Jair Rodrigues no CD “Casa de samba 1” (produzido por Rildo Hora) foi utilizada para acionar o robô da Nasa em solo marciano.
No ano de 1997, sua composição em parceria com Carlos Dafé e Carlos Senna, “Eu quero mais é sorrir”, foi gravada no CD “O seu jeito de olhar”, de Carlos Dafé. No ano seguinte, Beth Carvalho incluiu em seu disco “Pérolas do pagode” a composição “Samba de Marte” (c/ M. Xerife, Arlindo Cruz e Sombrinha). Neste samba, composto especialmente para a cantora, os autores registaram a história de como a música “Coisinha do pai” chegou ao planeta Marte.
No ano 2000, a gravadora Velas lançou o CD “Um samba de natal”, que reuniu diversos artistas como Zeca Pagodinho, João Nogueira, Emílio Santiago, Mauro Diniz, Luizinho SP, Grupo Toque de Prima, Luiz Grande e Grupo Fundo de Quintal, no qual Almir Guineto interpretou “Meu natal” (c/ Gilson e Mi). Neste mesmo ano, Zeca Pagodinho interpretou “Perfeita harmonia”, no disco “Água da minha sede”. Ainda neste ano, participou do disco “Os Melhores do ano II”, da gravadora Indie Records, no qual interpretou, ao lado de Zeca Pagodinho, “Insensato destino”, de autoria de Acyr Marques, Chiquinho e Maurício Lins.
Em 2002 lançou pela gravadora Paradoxx o CD “Todos os pagodes”. Neste mesmo ano, ao lado de vários artistas, entre eles, Bandeira Brasil, Arlindo Cruz, Serginho Meriti, Deni de Lima, Ivan Milanez, Marquinhos China, Ircea Pagodinho e Maurição, fez o show-homenagem “Bum-bum-baticum-Beto”, tributo ao compositor Beto Sem Braço no Bar Supimpa, na Lapa, Rio de Janeiro. Ainda em 2002, Dudu Nobre regravou “Papagaio” em seu terceiro disco solo, “Chegue mais”. Mais uma vez, vários parceiros e amigos de Beto Sem Braço lhe prestaram homenagem, incluindo-se Dudu Nobre, Zeca Pagodinho e Almir Guineto. Todos compareceram ao Teatro João Caetano no show “Tributo a Beto Sem Braço”.
Em 2003 apresentou-se no Clube Greipe da Penha. Neste mesmo ano a cantora Dorina lançou no Teatro Rival BR o CD “Sambas de Almir”, no qual prestou homenagem ao cantor e compositor carioca. No CD, gravado ao vivo no Teatro Rival BR, participaram Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz e Almir Guineto. Foram incluídas diversas composições de sua autoria, entre elas, “É, pois, é”, “Pedi ao céu”, ambas em parceria com Luverci Ernesto; “Ouro só” (c/ Mussum) e “Bombaim” (c/ Arlindo Cruz e Sombrinha).
Em 2004 apresentou-se, ao lado de Dorina no teatro João Caetano.
No ano de 2005 Zeca Pagodinho interpretou “Cachorro” (c/ Caprí), no CD “À vera”.
Em julho de 2007 comemorou 61 anos de idade em show no Espaço Santa Clara, no bairro de Perdizes, em São Paulo, no qual recebeu diversos convidados para uma canja.
Em 2010 apresentou-se no projeto da Ala de Compositores da Escoila de Samba Acadêmicos do Salgueiro, em que eram levados artista da Escola para shows na quadra.
Em 2013 participou do show em comemoração aos seis anos do programa “Samba Social Clube”, da rádio MPB FM, realizado na Fundição Progresso, no Rio de Janeiro. O show contou com a regência do maestro Paulão Sete Cordas e com a participação de artistas como Monarco, Arlindo Cruz, Xande de Pilares, Diogo Nogueira, entre outros. Nesse mesmo ano apresentou “A Roda do Guineto” no Teatro Rival, no Rio Janeiro, recebendo diversos convidados a cada edição, dentre os quais Marquinhos PQD, Aluísio Machado, Claudinho Guimarães.
Entre seus maiores sucessos destacam-se “Jibóia”, de autoria de Bombril (Vilane Silva), “Caxambú” e “Mel na boca”.
(vários artistas)
(vários artistas)
(participação)
(vários)
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
ALBIN, Ricardo Cravo. O Livro de Ouro da MPB. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações S.A., 2003.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.