
Compositor. Percussionista.
Nascido no Rio de Janeiro, viveu em Taubaté (SP) até os 17 anos de idade, quando foi para São Paulo cursar Arquitetura.
Começou seus estudos de piano aos oito anos, continuando depois ao violão, e passando, na adolescência, a tocar bateria, vindo mais tarde a estudar o instrumento com Rubens Barsotti (Zimbo Trio) e percussão sinfônica com Cláudio Stephan. Sem nunca abandonar os instrumentos que aprendeu, estudou composição com Hans Joachin Koellreuter e harmonia tradicional e contraponto com Mário Ficarelli.
Cursando Arquitetura na FAU-USP, freqüentou o ambiente musical de São Paulo, formando o primeiro grupo, “Platô”, com Sizão Machado, Datcha, José Neto, Paulo Machado e Duda Neves. Nessa época, recebeu convite para tocar com Hermeto Pascoal e passou a integrar o grupo do músico. Formou, então, uma segunda banda, “Pé Ante Pé”, com Teco Cardoso, Mané Silveira, Beto Caldas e Chico Guedes, fazendo inúmeros concertos e gravando dois discos – “Pé ante pé”, em 1980, considerado o melhor disco instrumental do ano pela crítica, e “Imagens do Inconsciente”, em 1982, com formação de quinteto e participação de Nico Assumpção e Silvio Mazzuca Jr.
A partir da dissolução da banda, montou um estúdio de gravação para propaganda e passou a compor trilhas para teatro, balé e cinema, entre estas, algumas premiadas, como “Canabraba”, de Reinaldo Volpato, “O que move” e “Frio na Barriga”, ambos do diretor Nilson Villas-Boas. Depois começou um trabalho com Marlui Miranda, parceria que rendeu turnês pela Europa e Estados Unidos, além de arranjos para Marlui Miranda, Coral e Orquestra Jazz Sinfônica, no projeto do disco “Missa Indígena 2 Ihu-Rezar”, lançado no Brasil, Alemanha e Estados Unidos. Participou também de shows e gravações com Toninho Horta, Mauro Senise, Heraldo do Monte, Nelson Ayres, Milton Nascimento, Francis Hime, Paulo Moura, Chico César, Duofel, Rita Lee, Ná Ozzetti e Joyce, realizando com esta uma turnê para o Japão, junto com Arismar do Espírito Santo e Nailor Proveta Azevedo.
Em junho de 1995, gravou seu primeiro trabalho solo, CD “Porta do templo”, na Califórnia, com o quarteto de cordas americano Turtle Island e François de Lima (participante, junto com o líder Proveta, da Banda Mantiqueira). O disco rendeu a admiração e amizade de Airto Moreira, que num fax entusiasmado, após ouvir o disco, chamou Caíto Marcondes de “o Villa-Lobos da percussão…”. Indicado ao “Prêmio Sharp”.
O CD “Porta do templo” foi editado na Alemanha e lançado em fevereiro de 1999, nos Estados Unidos.
Em 1997, compôs as trilhas sonoras para dois filmes de longa-metragem: “A Grande Noitada”, de Denoy de Oliveira, e “O Cineasta da Selva” (em parceria com Teco Cardoso), de Aurélio Michiles, ambos premiados no Festival de Cinema de Brasília.
Como integrante da Orquestra Popular de Câmara, ganhou o “Prêmio Movimento”, em 1999.