Guitarrista, violonista, multi-instrumentista, produtor musical, compositor, arranjador e cantor.
Nasceu em San Telmo, na cidade de Buenos Aires, na Argentina. O bairro onde nasceu e passou parte da primeira infância, até aos cinco anos, é considerado um dos mais importantes centros da música argentina, no qual o tango, principal gênero do país, foi formatado.
Por parte de pai tem descendência italiana (avô) e espanhola (a avó Maria de Las Nieves era natural da cidade de Burgos). Por parte de mãe é oriundo da família ucraniana Aronovich, tradicionalmente ligada à política, a ponto de seus avós, anarquistas russos, terem emigrado para Argentina em 1904.
Filho de Judith Aronovich e Abelardo Biglione. A família Aronovich, também ligada à música, teve como Diretor do Conservatório de Música de Moscou, na década de 1990, Vladimir Spivakow, primo de Victor. Outro primo, desta vez o baterista argentino Claudio Slon, destaca-se no cenário da música brasileira, tendo trabalhado com Tom Jobim e apresentado Victor ao maestro.
Em 1964 a família transferiu-se para o Brasil instalando-se no bairro da Consolação, em São Paulo, onde já estavam suas tias Eugênia e Aída. Neste mesmo ano, a mãe e o pai foram trabalhar na Folha de São Paulo, no setor de pesquisa. No ano posterior, em 1965, o casal separou-se e Victor Biglione ficou com o pai em São Paulo. A mãe mudou-se para o Rio de Janeiro com a filha Vera Alejandra, na época ainda bebê, instalando-se no bairro de Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro. Logo depois, o futuro guitarrista foi morar com a mãe e passou a infância jogando bola nas areias de Copacabana com os amigos das favelas Pavão e Pavãozinho.
Em 1970 começou a tocar violão.
Entre 1971 e 1973 começou a estudar com um professor de violão e guitarra de nome Luiz. Com o segundo professor de violão, Gaetano Galifi (Kay Galifi), começou a ter aulas na mesma turma dos futuros roqueiros e bluseiros como Frejat e Celso Blues Boy.
No ano de 1976 estudou em São Paulo no CLAM – Centro Livre de Aprendizagem Musical, escola de música do Zimbo Trio, tradicional grupo paulista de músicos e um dos expoentes da bossa nova. Por essa época, estudou guitarra com Arthur Verocai e Ari Piazzarolo, além de teoria jazzística com Victor Assis Brasil. Em seguida, em 1977, com carta de recomendação do maestro Tom Jobim, ingressou na Berklee College of Music de Boston, em Massachusetts, onde permaneceu por três meses. Nos Estados Unidos fez amizade com outros brasileiros que estudavam na Berklee, entre os quais Ricardo Silveira, Cláudio Guimarães, Líber Gadelha e Zé Nogueira. De volta ao Brasil ministrou aulas de guitarra na Escola Pró-Arte, de Salomé Gandelman, mãe do saxofonista Léo Gandelman.
Em 1982 recebeu o “Troféu Socinpro”, integrando o grupo A Cor do Som, na categoria “Melhor Grupo”.
No ano de 1988 foi contemplado, nos Estados Unidos, com o “Prêmio Grammy” por sua participação no CD “Brasil”, do grupo americano The Manhattan Transfer. No ano seguinte, em 1989, foi indicado para o “Prêmio Sharp” na categoria “Melhor Arranjador Instrumental” pelo disco “Quebra-pedra”. Neste mesmo ano foi contemplado com o “Troféu Grandes Músicos Brahma Extra”.Ainda em 1989 compôs a trilha sonora para “Faca de Dois Gumes”, filme de Murilo Salles. No ano seguinte, em 1990, foi o vencedor, na categoria “Melhor Trilha Sonora” no “Rio Cine Internacional Festival de Cinema”, no Rio de Janeiro, pela trilha do longa-metragem “Faca de Dois Gumes”. Neste mesmo ano foi indicado para o “Prêmio Golden Metais de Cinema”. No ano seguinte compôs a trilha para episódio “Dayse das Almas Deste Mundo”, dirigido por Lúcia Murat, integrante do longa-metragem “Oswaldianas”.
Em 1996 foi contemplado na categoria “Melhor Trilha Sonora” com o “Kikito de Ouro” no “Festival Internacional de Cinema de Gramado”, no Rio Grande do Sul, pela trilha de “Como Nascem os Anjos”, de Murilo Salles. No ano posterior, em 1997, foi indicado para o “Prêmio Sharp” na categoria “Melhor Disco de Trilha Sonora de Cinema” pela trilha do longa-metragem “Como Nascem os Anjos”. Ainda em 1997 foi publicado o livro “O Melhor de Victor Biglione”, de Luciano Alves com colaboração de Stella Caymmi (São Paulo: Irmãos Vitale Editores) e compôs a trilha para o curta-metragem “Amar”, de Carlos Gregório.
Em 2002 compôs a trilha sonora para “Banquete”, filme de Marcelo Laffitte. Dois anos depois, em 2004, ganhou o prêmio “CJUB – Melhores do Jazz” na categoria “Melhor Músico de Jazz do Ano”. No ano seguinte, em 2005, deixou as mãos gravadas na “Calçada da Fama da Toca do Vinicius”, da Livraria de Música Toca do Vinicius, em Ipanema, Zona Sul do Rio de Janeiro. Neste mesmo ano compôs trilha sonora para “Furya”, filme dirigido por Marcelo Laffitte.
Em 2006 foi incluído, com um verbete, no “Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin” (Edição: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu), obra de referência, nacional e internacional, com relação à música popular brasileira. Neste mesmo ano de 2006 compôs a trilha sonora de “O Jogador”, dirigido por Direção: Emiliano Ribeiro. No ano posterior, em 2007, ganhou o prêmio “Kikito de Ouro”, no “Festival de Gramado”, no Rio Grande do Sul, na categoria “Qualidade Artística” pela trilha sonora de “Operação Condor”, de Roberto Mader. No ano posterior o filme voltaria a ganhar mais um prêmio, desta vez no “2º Festival Cinemúsica Conservatória”, na categoria “Melhor trilha musical original”. Neste mesmo ano de 2008 o filme viria a receber o prêmio de “Melhor Documentário no Festival do Rio”. Ainda neste ano 2008 compôs a trilha para o filme “Elvis & Madonna”, de Marcelo Laffitte. No ano seguinte, em 2009, foi lançado o livro “O Guitarrista Victor Biglione & a MPB” (Edições Baleia Azul), perfil artístico escrito pelo poeta e pesquisador musical Euclides Amaral na Livraria Bolívar, em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro. Neste mesmo ano recebeu por iniciativa do vereador Eliomar Coelho (PSOL), o título de “Cidadão Honorário do Município do Rio de Janeiro” por sua importância como o músico estrangeiro com a maior contribuição em gravações e shows na história da MPB. A entrega da comenda se deu em show do guitarrista na Livraria de Música Toca do Vinicius, em Ipanema, para o qual a Rua Vinicius de Moraes foi fechada pela Prefeitura para o evento em comemoração aos seus 50 anos. Na ocasião, apresentou-se com seu trio, integrado por Sérgio Barrozo (baixo) e André Tandeta (bateria), recebendo como convidados especiais o poeta e biografo Euclides Amaral e o cantor e compositor Marcos Valle. Ainda em 2009, compôs a trilha sonora para o longa-metragem “O Inventor de Sonhos”, de Ricardo Nauemberg.
Em 2010 com o disco “Tributo A Ella Fitzgerald”, em parceria com Jane Duboc, ganhou o “21º Prêmio da Música Brasileira”, na categoria “Disco em Língua Estrangeira” e foi contemplado, no “FestNatal”, com o prêmio de “Melhor Trilha Sonora”, pelo filme “Elvis & Madonna”, de Marcelo Lafitte. Ainda em 2010 gravou dois programas radiofônicos dedicados a sua carreira. A primeira parte do especial “Ricardo Cravo Albin entrevista Victor Biglione” foi ao ar nos dias 4 e 5 de outubro nos programas “Ricardo Cravo Albin Convida”, da Rádio MEC AM 800 kHz e “Programa Ricardo Cravo Albin”, na Rádio MEC FM 98,9 MHz. A segunda parte foi ao ar nos dias 11 e 12 do mesmo mês e nas mesmas emissoras, com lançamento e audição na íntegra do CD “Tangos Tropicais”, além de comentários de Ricardo Cravo Albin.
No ano de 2011 o livro “O Guitarrista Victor Biglione & a MPB”, de Euclides Amaral, ganhou uma segunda edição, pela Esteio Editora, com capa de Felício Torres, prefácio de Sergio Natureza e orelhas escritas por Ricardo Cravo Albin, sendo lançado na Livraria Argumento, no Leblon, bairro da Zona Sul carioca, com a presença do biógrafo e do biografado. Em seguida, no ano de 2012, foi incluído no livro “MPB – A História de Um Século”, de Ricardo Cravo Albin – 2ª ed. Revista e ampliada, Rio de Janeiro: MEC/Funarte/Instituto Cultural Cravo Albin, no qual foi estampado em uma página inteira com legendas em quatro línguas: inglês, espanhol, francês e português, nas quais o autor comentou:
“O guitarrista Victor Biglione, a partir dos anos 90, tem construído sólida carreira de músico solista. Nascido em Buenos Aires, é considerado o músico estrangeiro com a maior contribuição em gravações e shows na MPB.”
No ano de 2016 teve matéria, sobre seu novo CD “Mercosul”, publicada na Revista Rolling Stones (em português). Também foi capa da revista JGNEWS (Rio de Janeiro: Ano XX – nº 213 – julho de 2016), com matérias produzidas pelos jornalistas Fábio Cezanne, Márcio Paschoal e Elias Nogueira.
No ano de 2018, nas comemorações de seus 60 anos de idade, o guitarrista lançou, no Beco das Garrafas, o site “Seis Cordas para as Estrelas”, no qual foram reunidos vídeos marcantes em 40 anos de carreira, tendo acompanhado mais de 300 artistas da MPB e da música internacional, além de textos e imagens referentes às conquistas de oito premiações em trilhas para cinema e capas de seus 35 discos solo, alguns deles gravados no exterior e com artistas internacionais. No site também foi incluído, de seu acervo particular, um registro inédito de seu show no Circo Voador, em 1991, o qual dividiu com Cássia Eller, em que ambos executaram um repertório de blues e rock. Foram apresentadas imagens inéditas com a participação do guitarrista na banda de Moraes Moreira no primeiro “Rock in Rio”, em 1985; com Djavan, em 1988, no programa “Globo de Ouro”, da Rede Globo e com Gal Costa, em 1981, no show no Riocentro, entre outros arquivos do áudio-visual do artista.
Em 2019 foi indicado ao prêmio de “Melhor Trilha Sonora”, na Academia Brasileira de Cinema, pela trilha do documentário “Codinome Vampiro”, lançado em 2018 e dirigido por Vicente Duque Estrada, contando a trajetória do ativista político, da década de 1960, Marcos Medeiros. Neste mesmo ano, ao lado de Sacha Amback, fez parte da trilha sonora “Alegorias do Brasil”, de Murilo Salles.
No ano de 2020 foi lançada a biografia “Meu nome é ébano – A vida e a obra de Luiz Melodia”, na qual o autor, Toninho Vaz, coletou depoimentos de Ricardo Cravo Albin, Ronaldo Bastos, Zezé Motta, Jards Macalé, Renato Piau, Euclides Amaral, Renato Piau, Galvão, Hyldon, Márcio Borges e do próprio Victor Biglione, que conviveu com o biografado, aliás, responsável por sua primeira gravação em estúdio em 1977, quando participou como guitarrista do LP “Mico de Circo”, lançado pela gravadora Som Livre no ano posterior.
No ano de 2024, junto ao autor, Euclides Amaral, fez o lançamento da 4ª edição do livro “O Guitarrista Victor Biglione & a MPB” no Centro Cultural Visconde de Mauá, na cidade de Visconde de Mauá, no interior do Rio de Janeiro. Neste mesmo ano, fez lançamento da 4ª edição, junto ao autor, na “27ª Edição da Bienal Internacional do Livro de São Paulo”, no Parque do Anhembi, no bairro de Santana, no Centro de São Paulo.
Entre 1973 e 1984 integrou diversas bandas de rock e blues, entre as quais Eletroplástica, a banda de rock-progressivo Acidente Mágico, da qual também faziam parte Omar Cavalheiro (baixo), Chico Sá (flauta) e Sérgio (bateria), o grupo Fruto, banda especializada em blues, com André Tandeta (bateria), Omar Cavalheiro (voz), Irapuan (guitarra), Zé Nogueira (sax), Chico Sá (flauta), Victor Biglione e Celso Blues Boy (guitarras) e Carlos Marinho (baixo). Por essa época, integrou também o grupo As Contas de Vidro, do qual também fazia parte como vocalista a jornalista e letrista Ana Maria Bahiana. A banda encerrou as atividades no ano de 1976. Ainda na década de 1970, com Cláudio Roberto (voz), Ricardo Medeiros (baixo e voz), entre outros, formou o conjunto de baile Lady Jane.
A partir do ano de 1977 atuou como músico acompanhante (guitarrista e violonista) em shows e gravações de estúdio com vários artistas, sendo um dos primeiros o cantor Luiz Melodia. No ano seguinte integrou o grupo Rapa Nui com Fernando Gama (violão) e Nacho Mena (baterista chileno) e logo depois passou a tocar com Zezé Motta.
Em 1979 acompanhou Marina Lima e no ano seguinte, em 1980, passou a integrar a banda de Gal Costa.
No ano de 1982 passou a integrar o grupo A Cor do Som substituindo Armandinho na segunda formação do grupo de pop-rock, também integrado por Mú Carvalho (teclados), Dadi (baixo), Gustavo (bateria) e Ary Dias (percussão), grupo com o qual gravou no mesmo ano o LP “Magia tropical” no qual foram incluídas suas composições “Outras praias” e “Ping-pong” (c/ Mú Carvalho) e no ano posterior, em 1983, o disco “As quatro fases do amor”. Neste mesmo ano de 1983 criou com sua mãe e o padrasto David, o restaurante café-concerto The Tinker, no Leblon, Zona Sul do Rio de Janeiro, pela qual passaram vários ícones da música brasileira, ente os quais o Grupo Azimuth, Toninho Horta, Márcio Montarroyos, Mauro Senise, J. T. Meireles, assim como artistas estrangeiros que visitavam o país. Ainda em 1983 formou o grupo instrumental A Tampa, também integrado por Zé Luiz Oliveira (sax), João Carlos Rebouças (piano), André Tandeta (bateria) e Luizão Maia (baixo). Integrou também (como guitarrista) o grupo Banda da Colina ao lado de Reppolho (percussão), Raul Mascarenhas (sax e flauta), Paulinho Sauer (piano e voz), Magro Drums (bateria), Luiz Alves (baixo), Edison Luiz (violão e voz) e a cantora americana Danya. No ano seguinte, em 1984, afastou-se das bandas A Cor do Som, A Tampa e Banda da Colina para dar ênfase à carreira-solo. Apresentou-se, ao lado da Escola de Samba Beija-Flor, nas cidades de Casablanca e Marrakesch, no Marrocos. Fez os arranjos e acompanhou, ao violão, Chico Buarque, em show no Luna Parque, em Buenos Aires. Passou a trabalhar como músico de Moraes Moreira e ainda com o pianista Wagner Tiso participando de shows por todo o Brasil pelas Diretas Já.
No ano de 1986 lançou o primeiro disco-solo intitulado “Victor Biglione”, no qual interpretou de sua autoria as faixas “Pirâmide”, “Jeanne”, “Via aérea”, “Pirâmide II”, “Rio-Califórnia”, “Floresta Negra”, “Caça níquel” e “Back bay”. No ano posterior, em 1987, lançou o LP “Baleia azul”, no qual incluiu de sua autoria as faixas “Marrakech”, “193 Acácias”, “Fim de estação”, “Zá tum”, “Rumo certo” e a faixa-título que ficou 17 semanas entre os discos instrumentais mais vendidos no Brasil. Nos Estados Unidos a composição foi executada em mais de 100 emissoras de rádio e os direitos autorais foram doados ao “Center For Costal Studies”, uma entidade de proteção às baleias nos Estados Unidos. Neste mesmo ano atuou como guitarrista junto a Toninho Horta, na faixa “The jungle pioner”, versão do compositor Brock Walsh para “Viola violar”, de Milton Nascimento e Márcio Borges, gravada no CD “Brasil”, do grupo americano The Manhattan Transfer, trabalho no qual também participaram Djavan, Grupo Uakti, Ivan Lins e o próprio Milton Nascimento cantando esta faixa. O disco ganhou o “Grammy” americano no ano seguinte. Neste mesmo ano de 1988 participou da coletânea “Jazz Brasil” ao lado de André Geraissati, Raul Mascarenhas, Marcos Ariel, Rique Pantoja, João Donato e Ricardo Silveira, LP no qual foi incluída de sua autoria a faixa “Back bay”.
No ano de 1989 gravou o LP “Quebra-pedra”, destacando-se a faixa-título de autoria de Tom Jobim e no qual também foram incluídas de sua autoria as composições “Enseada”, “Doctor Susan”, “Aguerê” (c/ Marcos Ariel e Marcos Suzano), “Minhas irmãs”, “Serra do mar” e “Black Rio”. Neste mesmo ano, de 1989, participou do projeto musical “PROJETO BRAHMA EXTRA – GRANDES MÚSICOS”, que culminou em um álbum duplo (dois LPs) pelo selo independente Mercado Promoções 004, em que foi incluída a sua composição “Baleia azul”. Do disco também participaram em suas faixas Alceu Maia, Bené Nunes, Azymuth, Paulinho Trompete, Hermeto Pascoal, Nelson Ayres, Marcos Szpilmann, Rio Jazz Orchestra, Guilherme Vergueiro, Rique Riverte, Raul Mascarenhas, Rique Pantoja, Gilson Peranzzetta, Manoel da Conceição, Mestre Marçal, Jaques Morelenbaum, Antônio Adolfo, Léo Gandelman, Zé Coco do Riachão, Pedro Sorongo, Tião Neto, Danilo Caymmi, Almir Sater, Caçulinha, Célia Vaz, Luisão Maia, Canhoto da Paraíba, Raul de Souza, Márcio Montarroyos, Tamba Trio, Dominguinhos, João de Aquino, Déo Rian, Roberto de Regina, Renato Borghetti, Marcos Ariel, Severino Araújo, Raphael Rabello, Joel Nascimento, Flávio Venturini, Heraldo do Monte, Milton Banana, Luiz Alves, Robertinho Silva, Manassés, Luiz Carlos Vinhas e Quinteto Violado.
No ano de 1992 apresentou-se no “Festival Internacional de Jazz de Montreal”, no Canadá e ainda no “Free Jazz Festival”, no Rio de Janeiro. Neste mesmo ano apresentou-se, também, com Cássia Eller, no “Free Jazz Festival”, em São Paulo, em desempenho exibido pela Rede Manchete de Televisão. Ainda em 1992 gravou com Cássia Eller o disco “Victor Biglione e Cássia Eller in blues: If Six Was Nine”, destacando-se o dueto bluseiro da cantora com o guitarrista em “I’m your Hoochie Coochie man” (Willie Dixon), “I ain’t supersticious” (Willie Dixon), “Same old blues” (Freddie King), “When sunny gets blue” (Marvin Fisher e Jack Segal), “I ain’ t got nothing but the blues” (Duke Ellington), “If six was nine” (Jimi Hendrix) e “Got to get into my life” (Lennon e McCartney). O disco contou com Serginho Trombone (trombone) e André Gomes (baixo) e nunca fora lançado pela gravadora Universal Music. Ainda em 1992 participou do “Songbook Gilberto Gil” na faixa “Divino maravilhoso” (Gilberto Gil e Caetano Veloso) com Leila Pinheiro. Em seguida, no ano de 1993 lançou o CD “Biblioteca” coletânea com seus dois discos solos anteriores (‘Victor Biglione’ e ‘Baleia Azul’) foi lançado no Brasil e nos Estados Unidos.
No ano de 1994 lançou o CD “Trilhas” com composições suas feitas para cinema, entre elas “Golfinhos”, “Wagneriana”, “Claraboia”, “Tensão na casa da Urca II”, “Rádio rock”, “Sonhando”, “Midi gotas”, “Tango para Daisy”, “Faca de dois gumes II”, “Tensão na casa da Urca I”, “Reflexão” e “Faca de dois gumes I”. Lançou com Zé Renato e o argentino Litto Nebbia o disco “Ponto de encontro” e foi indicado por Carlos Cézar – dono da Musikelly Instrumentos, sediada em Brasília – passou a ser o representante oficial na América Latina das guitarras Washburn, uma das principais fábricas de guitarra, sediada em Chicago. Neste mesmo ano de 1994 lançou o disco Victor Biglione e Marcos Ariel Duo # 1″. Ainda em 1994 lançou o CD “Maquette Brazil”, destacando-se suas composições “Northeast Brazil” (c/ Nando Chagas e Mingo Araújo), “Suíte Brazil Nº 1”, “Party at Salgueiro”, “Rain in Ipanema”, “Via canal”, “New world street samba” e “Nostheast Brazil II” (c/ Nando Chagas e Mingo Araújo). No ano posterior, em 1995, participou do “Songbook Instrumental Antônio Carlos Jobim – Tom Jobim” na faixa “Rocknalia” (Tom Jobim) interpretada com Léo Gandelman. No ano seguinte, em 1996, lançou o CD “Como nascem os anjos – Trilha sonora do filme” com as faixas de sua autoria “Rebatucada”, “Descendo o Dona Marta”, “Ultrajazz” (c/ Marcelo Manga e José Lourenço), “Fusão carioca”, “Papo de anjo”, “Como nascem os anjos”, “Vira-latas” e “Dança com os anjos” (c/ José Lourenço). Neste mesmo ano participou, com Zélia Duncan, do “Songbook Tom Jobim” na faixa “Bonita” (Tom Jobim).
Em 1997 participou do CD “Songbook Djavan” interpretando em dueto com Fátima Guedes a faixa “Álibi” (Djavan). Lançou o CD “Victor Biglione – Brazilian Quartet Live Montreux Jazz Festival” Coproduzido em parceria com Quincy Jones e Cloude Nobs, no qual foram incluídas, entre outras, “Cai dentro” (Baden Powell e Paulo César Pinheiro), “Canto de Ossanha” (Baden Powell e Vinicius de Moraes), “Quebra-pedra” (Antônio Carlos Jobim) e “Suíte Brazil Nº 6”, “Via canal”, “Baião Rio/Montreux”, as três de sua autoria.
No ano de 1998 o disco “Andy Summers & Victor Biglione – Strings of Desire” foi lançado no Brasil, USA, Europa e Japão. Coproduzido por Andy Summers, Victor Biglione e Eddie King no CD foram incluídas, entre outras, “Frevo” (Egberto Gismonti), “Stone flower” (Antônio Carlos Jobim), “In your own sweet way” (Dave Brubck), “Nigth in Tunísia” (Dizzy Gillespie) e “Samba for counting the days” (Andy Summers). Neste mesmo ano lançou no Brasil, Estados Unidos, Europa e Japão o CD “Cinema acústico” com as faixas “Muié rendeira” (D.P), “Manhã de carnaval” (Luiz Bonfá e Antonio Maria), “Tostão” (Milton Nascimento), “Insensatez” (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) e “Por uma cabeza”, de Gardel e Lê Pera), entre outras. No ano posterior, em 1999, participou do “Songbook Chico Buarque” interpretando em dueto com Sérgio Viddi a composição “Hino de Duran” (Chico Buarque). No ano seguinte, em 2000, lançou o disco “Um tributo a Hendrix – In blues rock”, no qual cantou as faixas e atuou como guitarrista e arranjador, interpretando “Foxy lady” (Jimi Hendrix), “Rock me baby” (Josea e B. B. King), “Little wing” (Jimi Hendrix, “Lazy” (Blackmore, Gillan, Paice e Glover), “Red house” (Jimi Hendrix), “Money – That’s what i want” (B. Gordy e J. Bradford), “Villanova junction” (Jimi Hendrix), “I loved another woman” (P.A.Greenbaum), “Them changes” (Buddy Miles), “Love that burns” (P.A.Greenbaum e G. G. Adams), “Gangster of love” (Johnny Watson), “Tabboo” (G. Rolle e Areas) e de sua autoria a faixa “South American fast blues”.
Em 2003 lançou o CD “Marcos Valle e Victor Biglione – Live in Montreal”, resultado do espetáculo da dupla apresentado no Theátre Corona em abril de 2000, no Canadá. No disco foram incluídas as composições “Azimuth (mil milhas)” (Marcos Valle, Novelli e Paulo Sérgio Valle), “Preciso aprender a ser só”, “Samba de verão”, “Terra de ninguém”, “Gente”, “Minha voz virá do céu da América”, “Batucada surgiu”, “Mustang cor de sangue”, “Os grilos” e “Viola enluarada”, todas de Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle, e ainda “Manhã de carnaval” (Luiz Bonfá e Antônio Maria), “Frevo” (Egberto Gismonti), “What are you…” (Michel Legrand, M. Bergman e A Bergman), “Fé cega, faca amolada” (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos) e “Ao amigo Tom” (Marcos Valle, Osmar Milito e Paulo Sérgio Valle).
No ano de 2004 lançou o CD “Wagner Tiso e Victor Biglione ao vivo – Tocar – a poética do som” gravado ao vivo na Casa de Cultura Estácio de Sá, no ano anterior. No disco foram incluídas as faixas “Na cadência do samba” (Ataulfo Alves e Paulo Gesta), “Sonho de um carnaval” (Chico Buarque), “Autumn leaves – lês fevilles mortes” (Jacques Prevert, Joseph Kosma, Jacques Enoch, Johnny Mercer), “Cravo e canela” (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos), “Pavana” (Fauré), “Samba de uma nota só” (Tom Jobim e Newton Mendonça), “Nave cigana” (Wagner Tiso), “Vento bravo” (Edu Lobo e Paulo César Pinheiro), “7 tempos” (Wagner Tiso) e “Vera Cruz”, de Milton Nascimento e Márcio Borges. No ano seguinte, em 2005, com Andy Summer (do grupo inglês The Police) gravou e lançou o CD “Splendid Brazil – Andy Summers e Victor Biglione” com as faixas “Chovendo na roseira” e “Fotografia” (ambas de Tom Jobim), “Casa forte” (Edu Lobo), “Retrato em branco e preto” (Tom Jobim e Chico Buarque), “Vento bravo” (Edu Lobo e Paulo César Pinheiro), “As rosas não falam” (Cartola), “Campina Grande” (Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle), “Inútil paisagem” (Tom Jobim e Aloysio de Oliveira), “Brasileance” (Laurindo de Almeida), “Lamento” (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) e “O ovo”, de Hermeto Pascoal.
Em 2008 produziu e lançou o disco da trilha sonora do filme “Condor”, de Roberto Mader, com a participação dos músicos Marcos Nimrichter, David Chew, Augusto Mattoso, Claudio Infante, João Batista, Marco Antônio, Marcos Suzano, Rodolfo Athayde e José Lourenço. No CD interpretou de sua autoria “Lusco – fusco de Buenos Aires”, “Tema para las madres de Plaza de Mayo”, “Metrópolis – São Paulo”, “Montevidéo y Los Charrúas”, “Pintadas – Grotas de Carnaúba”, “Balada de la Cordillera de los Andes”, “Operação Condor – a ‘abertura'”, “La costa chilena”, “Tango presto”, “Estadio Nacional – la panoramica”, “E.S.M.A nunca más”, “Reflexion em ‘La Moneda'”, “Cantiga em décimas” e “Uivos de Brasília”, além da faixa-bônus e a única com letra “America Paloma”, interpretada pelo cantor cubano Rodolfo Athayde. Neste mesmo ano participou de outro disco, desta vez do “Ao Vivo em Vitória – Victor Biglione, Marcos Suzano, Carlos Malta e Arthur Maia”, gravado no Theatro Carlos Gomes, Vitória, no Espírito Santo no ano anterior e no qual foram incluídas de sua autoria as composições “Lusco-fusco de Buenos Aires” e “Via canal”, além de acompanhar os outros participantes nas referidas faixas. Logo depois, em 2009, prestou homenagem ao maestro Tom Jobim com o disco “Uma guitarra no ‘tom’” interpretando “Lígia”, “Mojave”, “Vivo sonhando”, “Look to the sky”, “Fotografia”, “Tema de amor de Gabriela” e “Chovendo na roseira”, todas de Tom Jobim e ainda “Samba de uma nota só” (Tom Jobim e Newton Mendonça), “Água de beber” e “Só danço samba”, as duas últimas parcerias de Tom e Vinicius. Neste mesmo ano, em dueto (na guitarra), com Jane Duboc lançou o CD “Tributo a Ella Fitzgerald – Jane Duboc e Victor Biglione” com as faixas “Night and Day” (Coler Porter), “Stormy Weathern” (Harold Arlen e Ted Koehler), “Ain’t Got Nothing But the Blues” (Don George e Duke Ellington), “Bonita” (Antonio Carlos Jobim e Ray Gilbert), “Here is That Rainy Day” (Jimmy Van Heusen e Johnny Burke), “Autumn in New York” (Vernon Duke), “April in Paris” (Vernon Duke e E. Y. Harburg), “Satin Doll” (Duke Ellington, Billy Strayhron e Johnny Mercer), “Come Rain or Come Shine” (Harold Arlen e Johnny Mercer), “Angel Eyes” (Matt Dennis e Earl Brent), “Lush Life” (Billy Strayhorn), “Someone to Watch Over Me”, “Embraceable You”, “How Long Has This Been Going On”, “Love Is Here To Stay” e “A Foggy Day”, todas de George Gershwin e Ira Gershwin.
No ano de 2010 lançou, pela gravadora Biscoito Fino, o CD “Tangos Tropicais”, coproduzido por Nelson Motta. No disco interpretou “Trocando em miúdos” (Francis Hime e Chico Buarque), “Tatuagem” (Chico Buarque e Ruy Guerra), “Esse cara” (Caetano Veloso), “Choro bandido” (Edu Lobo e Chico Buarque), “Canção do amanhecer” (Edu Lobo e Vinicius de Moraes), “Ângela” (Tom Jobim), “Retrato em branco e preto” (Tom Jobim e Chico Buarque), “Mistérios” (Joyce e Maurício Maestro), “Dois pra lá dois pra cá” (João Bosco e Aldir Blanc), “Se eu quiser falar com Deus” (Gilberto Gil), “As canções que você fez pra mim”, de Roberto Carlos e Erasmo Carlos. Neste mesmo ano lançou a caixa “Série Trilogia Fusão Brasil” (Selo VB Produções), na qual foram perfiladas parte de sua obra autoral, correspondente a 36 músicas anteriormente gravadas e distribuídas em três CDs temáticos: “Enseada” (As Baladas), “Guitarra Brasilis” e “Percurso”. Neste mesmo ano fez o show “Victor Biglione Trio – Victor Biglione – guitarra, Victor Bertrami – bateria e Alex Rocha no baixo acústico” no Caixa Cultural Teatro de Arena, pelo projeto “Isso É Jazz”, com direção artística de Monica Ramalho. Ainda em 2010 participou do CD “Dança das Cadeiras”, de Tunai, no qual fez solo de guitarra na faixa-título “Dança das cadeiras”, de Tunai e Cláudio Rabelo. No ano posterior, em 2011, fez o lançamento da segunda edição do livro “O Guitarrista Victor Biglione & a MPB” no Restaurante Peixe Vivo, em Búzios, Região dos Lagos do Rio de Janeiro. No lançamento apresentou um pocket show, em formação de trio, com Alex Rocha (baixo) e Roberto Marques Alemão (bateria). O espetáculo também contou com as participações especiais da cantora Fátima Regina e do autor do livro, o poeta Euclides Amaral, falando sobre a carreira do guitarrista. Participou do projeto “Nova Cena Musical”, criado por Paulo Reis e Amanda Bravo para o Teatro Café Pequeno, no Leblon, Zona Sul carioca. Neste mesmo ano fez show de lançamento do disco “Tangos Tropicais” no Teatro do SESI Centro, no Centro do Rio de Janeiro. Participou do “Rock In Rio IV”, acompanhado por Victor Bertrami (bateria), Alex Rocha (contrabaixo acústico) e Afonso Cláudio (sopros), apresentando-se no palco “Rock Street”. Ao lado de Simone, Jorge Vercilo, Jane Duboc, Milton Nascimento, Zélia Duncan, Patrícia Mellodi, Wagner Tiso, participou, como convidado especial, do CD “Eternamente”, de Tunai. Neste mesmo ano de 2011 lançou o CD “CineMúsica”, no qual foram incluídas 19 de suas muitas composições para trilhas de filmes nacionais, premiados no Brasil e no exterior, entre as quais “Tema de las madrecitas de Plaza de Mayo” (Filme: Condor); “Papo de anjo” (Filme: Como Nascem os Anjos); “Lusco-fusco de Buenos Aires” (Filme: Condor); “Slide do inventor” (Filme: O Inventor dos Sonhos); “Dança dos sonhos” (Filme: O Inventor dos Sonhos); “America Paloma” (Filme: Condor – a única com letra, interpretada pelo cantor cubano Rodolfo Athayde); “Variação sobre o tema de Elvis” (Filme: Elvis & Madona); “Tango para Daisy” (Filme: Daisy das Almas Deste Mundo); “Wagneriana” (Filme: Faca de Dois Gumes); “Demotape I” (Filme: O Inventor dos Sonhos); “Tema de Elvis” (Filme: Elvis & Madona); “Dança com os anjos I” (Filme: Como Nascem os Anjos); “Condor – Abertura” (Filme: Condor); “Formoso Paraná” (Filme: Brascan – Institucional); “Rebatucada – abertura” (Filme: Como Nascem Os Anjos); “Demotape II” (Filme: O Inventor de Sonhos); “Estádio Nacional” (Filme: Condor); “Roma XXX Rated” (Filme: Elvis & Madona) e “Heavy dreams” (Filme: O Inventor de Sonhos). O disco contou com as participações dos músicos David Chew, José Lourenço, Augusto Mattoso, Marcos Nimrichter, Marco Antonio, Murilo O’Rile, Antonio Quintela, Claudio Infante, Rodolfo Athayde, Glauco Cruz, Jaques Morelembaun, Zé Nogueira, Marcelo Lorio, André Tandeta e Lula da Mangueira e, ainda com apresentações de Nelson Motta:
“Em suas trilhas para cinema, Victor Biglione se mostra o mais brasileiro dos argentinos. Um mestre de dois mundos.”
e de Euclides Amaral:
“O Victor Biglione é um cara sinestésico! Traduz em som particularidades da imagem que nem percebemos.”
O disco foi lançado na Livraria Argumento, no Leblon, dia 11 de dezembro com um coquetel para vários convidados.
No ano de 2012 deu início na casa de jazz “Triboz”, na Lapa, Centro do Rio de Janeiro, a turnê nacional do show “Victor Biglione & a MPB”, no qual interpretava na guitarra clássicos da MPB. Apresentou na casa de bossa nova e jazz Vizta, no Leblon, Zona Sul do Rio de Janeiro, acompanhado por Alex Rocha (baixo acústico) e Victor Bertrami (bateria), com direção artística de Roberto de Carvalho. Ainda em 2012 participou do projeto “MusicaAfinidades – Eco de 22), na Sala Funarte Sidney Miller, no qual se apresentou acompanhado da cantora Susanne Brandão (canto lírico), Victor Bertrami (bateria e percussão) e Ricardo Villas (contrabaixo acústico), além da palestrante Tarsilinha do Amaral (neta de Tarsila do Amaral). Participou, como convidado especial, do programa “Som Brasil – Clube da Esquina”, da Rede Globo, em homenagem à vida de obra de Milton Nascimento. Ao lado do percussionista Reppolho e do baixista Felipe Goulart fez show no projeto “3 Em 1”, do SESC Belenzinho, na capital paulista. Neste mesmo ano de 2012 lado de Elza Maria, Marko Andrade, Pecê Ribeiro, Namay Mendes, Sidney Mattos, Rubens Cardoso, Big Otaviano, Reizilan, Lúcio Sherman, Carlos Dafé, Anna Pessoa e Cláudio Latini, participou do CD “Quintal Brasil – Poemas, letras & convidados”, do poeta e letrista Euclides Amaral, no qual interpretou com Heloisa Helena, Renato Piau e Reppolho a faixa “Lua do meu ser”, de Mílton Sívans e Euclides Amaral. Fez a turnê “Victor Biglione na Argentina”, apresentando-se em vários palcos em Buenos Ayres, entre os quais Down Town Matias – Nordelta; Notorius, Virasord Bar, acompanhado pelo músicos Cesar Franov (baixo) e Horacio Lopes na bateria. Em seguida, no ano de 2013, relançou por seu selo musical VBR o CD Splendid Brazil – Andy Summers e Victor Biglione. Apresentou-se em shows em variados palcos do país, além de festivais de jazz e eventos musicais, destacando-se e com o show “Victor Biglione e Trio” no Espaço Johnny Alf, na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro. Neste mesmo ano, acompanhado por Alex Rocha (baixo) e baterista Victor Bertrami (bateria), lançou o CD “The gentle rain”, no projeto “Noite Jazzmania” do Studio RJ, em Ipanema, Zona Sul da cidade. O CD foi gravado ao vivo por Léo Dias Ferreira em suas apresentações nas casas noturnas Mistura Fina, Partitura, Toca do Vinicius, Bis e Maison de France, entre os anos de 2000 e 2010, época em que era acompanhado por Sérgio Barrozo (baixo) e André Tandeta (bateria) foram incluídas as faixas “Por causa de você” (Tom Jobim e Dolores Duran), “Take five” (Paul Desmond), “Batida diferente” (Durval Ferreira e Maurício Einhoin), “Eu sei que vou te amar” (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), “Au privave” (Charlie Parker), “Wave” (Tom Jobim) e “Bag’s groove” (Milt Jackson), no qual contou com a participação especial de Zé Lourenço no órgão Hammond, além da faixa-título “The gentle rain”, de Luiz Bonfá e Matt Dubbley. O disco contou com capa de Celão Marques e uma ilustração inédita do cartunista Lan, um dos admiradores da obra do guitarrista.
Sobre o CD escreveu Mark Holston colunista das revistas “Jazziz”, “Latino” e “Latin Beat”:
“O CD ‘The gentle rain’ é um marco na história da tradição da guitarra jazzística brasileira. E, dada a profusão de guitarristas de classe internacional que o Brasil produziu no último quarto de século. É também o melhor trabalho jazzístico até aqui na extraordinária carreira de Biglione, e isto quer dizer muito. Ele exibe uma qualidade artística sem paralelo através de expressões múltiplas e de um conjunto de referências estilísticas capazes de deixar o ouvinte tonto de deleite. É certamente o melhor de Victor Biglione.”
Também em 2013 foi convidado por Wagner Tiso para integrar a nova formação do grupo Som Imaginário, ao lado de Wagner Tiso, Tavito, Nivaldo Ornellas, Luiz Alves e Robertinho Silva, com o qual se apresentou no evento “Viradão Cultural Paulista 2013” no Teatro Municipal de São Paulo. Integrando o Som Imaginário participou do “Projeto Conexão Rio” apresentado no Circo Voador, na Lapa, centro do Rio de Janeiro, ao lado de Lenine e Pife Muderno, e ainda no evento “Viradão Cultural Paulista 2013” no Teatro Municipal de São Paulo. Fez lançamento do CD “The gentle rain” em show no Espaço Rio Scenarium, acompanhado de Victor Bertrami (bateria) e Rodrigo Villa (contrabaixo). Ainda em 2013, com a cantora Mari Biolchini apresentou o show “70 Anos de Janis Joplin” no Teatro Café Pequeno, no Leblon, Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro. No ano seguinte, em 2014, com o Som Imaginário, fez show no SESC Pinheiros, em São Paulo e em Belo Horizonte, no Palácio das Artes. Recebeu como convidada especial a cantora Barbara Mendes e o baterista Victor Bertrami no show “A história do cinema através da música”, apresentado na Pousada Terra da Luz, em Visconde de Mauá, cidade localizada ao sul do Estado do Rio de Janeiro. Apresentou-se, com seu trio, no projeto “Arte na Rua”, na Praia da Boa Viagem, no pátio do MAC (Museu de Arte Contemporânea), na cidade de Niterói, com o espetáculo “Tributo a Jimi Hendrix e B.B. King” e no projeto “Circuito Carioca de Bossa Nova” no espaço Otto Music Hall, na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro. Neste mesmo ano em dupla com a cantora Barbara Mendes apresentou o espetáculo “A história do cinema através da música”, no SESC de Ramos, acompanhados por Sérgio Barroso no contrabaixo acústico e Victor Bertrami na bateria. Com Robertinho Silva (bateria) e Luiz Alves (baixo) montou o Señor Power Trio, com o qual fez apresentações na casa de shows Julieta de Serpa (Projeto Bossa Nova In Concert), no Flamengo, Zona Sul do Rio de Janeiro, no Bottles Bar, no Beco das Garrafas, reduto da bossa nova no Rio de Janeiro. Também em 2014 lançou o CD “Violão de aço Brasil”, pela gravadora Guitarra Brasileira, no qual interpretou as faixas “Tostão” (Milton Nascimento), “As rosas não falam” (Cartola), “Duda no fervo” (Senô), “Muié rendeira” (folclore nordestino), “Insensatez” (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), “Cai dentro” (Baden Powell e Paulo César Pinheiro), “Fé cega, faca amolada” (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos com música incidental “Promessa de pescador”, de Dorival Caymmi), “Amazonas” (João Donato e Lysias Ênio), “Por uma cabeza” (Carlos Gardel e Alfredo Le Pera), “Flash” (Marcos Suzano), “Lusco-fusco de Buenos Aires” (Victor Biglione), “São Jorge” (Hermeto Paschoal) e “Wave” (Tom Jobim). No disco contou com as participações dos músicos Lui Coimbra, Villarejo e Hugo Pilger (cellos), José Lourenço, Juan Del Barrio e Marcos Ariel (piano), David Feldman (Fender Rhodes), Roger Bezerra (teclados), Jorge Helder, Rodrigo Villa e Sérgio Barrozo (baixo acústico), Arthur Maia, Neil Teixeira e Cesar Franov (baixo elétrico), Jurim Moreira, André Tandeta, Victor Bertrami, Horacio Lopez e Edu Szaynbrum (bateria), Cláudio Infante, Victor Bertami, Tony Karica e Marco Suzano (percussão), Carlos Malta (sopros) e Marcos Ariel (arranjo faixa 12); Victor Biglione, Carlos Malta, Arthur Maia e Marcos Suzano (faixa 10) e o próprio músico nos violões de aço Taylor e arranjos. No ano posterior, em 2015, lançou o disco “Violão de Aço Brasil”, em show na casa noturna Godofredo, em Botafogo, bairro da Zona Sul do Rio de Janeiro. Neste mesmo ano fez o espetáculo “Tributo a Hendrix”, no Teatro Municipal Carlos Werneck, no Parque do Flamengo, no qual contou como músicos acompanhantes Tony Karica (percussão), Victor Bertrami (bateria) e Dario Toddynho (baixo). Ainda em 2015 apresentou-se com o baterista Victor Bertrami no espetáculo “Similar & Violão de Aço Brasil – Victor Bertrami & Victor Biglione”, no palco do Café -Teatro Rubi – Sheraton da Bahia, no qual os instrumentistas lançaram seus discos em récita única. Também em 2015 fez show de lançamento do CD “Violão de Aço Brasil”, no Teatro Municipal de Niterói, acompanhado por Jefferson Lescowich (contrabaixo acústico) e Roberto Alemão (bateria), contando com a participação especial do saxofonista Glaucus Linx. Neste mesmo ano a gravadora Rob Digital relançou o CD “Marcos Valle & Victor Biglione – Live in Montreal”, gravado na cidade canadense de Montreal. Fez show pelo projeto “Jazz em Madureira”, no SESC de Madureira, subúrbio do Rio de Janeiro, e na casa noturna Otto Music Hall, na Zona Norte da cidade, no projeto “Circuito Carioca de Bossa Nova – Edição Rio 450 Anos – Tributo a Tom Jobim”. Ainda em 2015 foi um dos artistas escolhidos para a exposição “Trinta anos de Jazz e Bossa Nova”, da fotógrafa Cristina Granato, no Bossa Nova Mall, no Centro de Convenções do Prodigy Hotel, no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Fechando o ano de 2015 fez o show “Tributo a B.B. King”, na cidade de Penedo, no qual contou com participação especial de Alma Thomas no vocal, Roberto Alemão na bateria e Rodrigo Villa no baixo.
No ano de 2016, convidado pelo guitarrista André Gimaranz, fez participação especial em show no palco do Rock Experience Music Club, na Lapa, centro do Rio de Janeiro. Apresentou-se integrando o grupo SR Power Trio (Wagner Tiso/piano), Robertinho Silva (bateria) e Victor Biglione (guitarra), na casa Wagner Tiso Jazz Club, em Búzios, Região Litorânea do Estado do Rio de Janeiro. Neste mesmo ano apresentou, com Jards Macalé, o show “Música e Cinema”, no palco do Pátio de Eventos, do “Gravatá Jazz Festival 2016”, em Pernambuco. No show, Jards Macalé interpretou algumas de suas composições, tais como “Vapor barato” (c/ Wally Salomão), “Hotel das estrelas” (c/ Duda Machado), “Mal secreto” (c/ Walt Salomão), “Gotham City” (c/ Capinan), “Tigre de papel” (c/ Capinan) e “Movimento dos barcos” (c/ Capinan), e Victor Biglione executou, de sua autoria, “San Telmo tango y bolero”, “Outras praias”, “Chuva em Ipanema”, “Enseada”, além de seu clássico internacional “Baleia azul”. A dupla de compositores e instrumentistas interpretou clássicos da MPB, do jazz, do blues, do rock e do cinema internacional, como, entre outros, “Blue sued shoes” (Carl Perkins), “The shadow of your smile” (Johnny Mandell), “Consolação” (Baden Powell e Vinicius de Moraes), “There will never be another you” (Warren e Gordon), “Fotografia” (Tom Jobim), e ainda suas trilhas para o cinema brasileiro: “O Amuleto de Ogum” e “Tenda dos Milagres” (Jards Macalé) e “Como Nascem os Anjos” e “Operação Condor” (Victor Biglione). Também em 2016 lançou o CD “Mercosul”, pelo Selo Guitarra Brasileira, no qual interpretou 16 composições autorais, entre as quais a faixa “Mercosur para siempre”, com a participação especial do cantor Zé Renato. Também foram incluídas as faixas “Chico Sciense – Mangue-Beat”, “Monte Aconcagua”, “Punta Deleste Lounge”, “San Telmo – Tango y Bolero”, “Juruna Goes to New York”, “Pinheiros do Paraná”, “ABC Paulista (Parque Industrial)”, “Oração na Mangueira para Iemanjá”, “Isla Margarita – Caribe Venezolano”, “Via Lagos – Araruama – Cabo Frio e Búzios”, “Desierto Del Atacama”, “Guarani de Amambay”, “Movimento do calango”, “Ayahuasca” e “Epíllogo Pampanero”. No lançamento, em show no Beco das Garrafas, foi acompanhado por Luiz Alves (contrabaixo) e Roberto Marques “Alemão” (bateria e percussão). O espetáculo contou também com a participação especial de sua irmã, a bailarina e coreógrafa Vera Alejandra Biglione. Ainda em 2016, ao lado do pianista Gílson Peranzzetta, foi um dos convidados do violonista Marcel Powell no show “Só Baden”, apresentado no projeto “Quintas do BNDES”, no Rio de Janeiro. Ainda em 2016, em dupla com o pianista Wagner Tiso, apresentou-se no evento “Na Trilha do Rock – Ipiabas Blues Jazz Festival 2016”, pela Prefeitura Municipal de Barra do Piraí e Ipiabas. Com participações especiais da bailarina e coreógrafa Vera Alejandra; Maissa Bakri (bailarina); Roberto Alemão (percussionista) e do poeta Euclides Amaral, fez show de lançamento do CD “Mercosul” no Espaço Educação (Jardim Histórico do Museu da República), no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro. Neste mesmo ano o CD “Mercosul” foi indicado ao prêmio “Grammy Latino”, na categoria “Melhor Álbum Instrumental”.
Em 2017 apresentou o show “Jobim Universal”, no Espaço Moviola – Bistrô e Livraria, em Laranjeiras, Zona Sul do Rio de Janeiro. Na ocasião, contou com acompanhamento de Luiz Alves (baixo) e Roberto Alemão (bateria). Segundo o próprio guitarrista:
“O ‘PROJETO JOBIM UNIVERSAL’ traz uma visão contemporânea do nosso maior maestro com músicas como ‘Olha pro céu’, ‘Mojave’ , ‘Capitain Bacardi’, ‘Chovendo na roseira’, ‘Água de beber’, ‘Meditação’, ‘One note samba’ , ‘O Morro não tem vez’, entre outras.”
Ainda em 2017 montou o espetáculo “Tributo a Jimi Hendrix”, para participação no projeto “Rio Rock & Blues Festival 2017”, na casa de shows Rio Rock & Blues, na Lapa, Centro do Rio de Janeiro, acompanhado por Dário Toddynho (baixo) e Fábio Cezanne (bateria), apresentação na qual executou clássicos como “Foxy Lady” e “Room Full of Mirrors”, entre outras. Também em 2017, em trio com Luiz Alves baixo) e Renato Massa (bateria), apresentou o espetáculo “Victor Biglione Trio – Tom Universal – Uma Homenagem a Tom Jobim” no Espaço Jazz Village, em Penedo. À convite do baterista, produtor e apresentador Téo Lima participou do projeto “Instrumental Nova Vida – Talk show”, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro. Neste mesmo ano de 2017, integrando o Som Imaginário, apresentou-se no palco da Caixa Cultural Rio de Janeiro. Montou o show “Jards Macalé & Victor Biglione no Blue Note Rio”, na casa de show homônima, no bairro da Lagoa, Zona Sul do Rio de Janeiro. Ainda em 2017, idealizou “Mercosul – Música e Movimento”, uma celebração à América Latina reunindo música e dança, com coreografias de Vera Alejandra, com a Cia. Cuadra Flamenca e Luciana Mayumi, com a Tangará Cia. De Dança. Baseado em seu disco “Mercosul”, o espetáculo estreou no Teatro Folha, em São Paulo.
Em 2018, para o projeto “60 Anos de Bossa Nova”, montou o espetáculo “Bossa Universal”, acompanhado pelos músicos Marco Bombom (baixo) e Roberto Alemão (bateria), no palco da boite BOTTLES’S BAR, no Beco das Garrafas, em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro. Foi uma das atrações do “Barra Blues Festival”, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Neste mesmo ano, de 2018, participou como convidado especial do show da banda The Black Bullets, no “Blues do Ipiabas Rock in Cover!”, em noite em homenagem a B.B. King e Jimi Hendrix. Ainda em 2018, com Wagner Tiso, apresentou-se no Galvez Botequim, em Manaus, no Estado de Amazonas e com Alma Thomas no espetáculo “Alma Thomas & Victor Biglione – Tributo a Etta James, no Centro Cultural FIESP – SESI -SP, na Avenida Paulista, na cidade de São Paulo. Neste mesmo ano compôs a trilha sonora para o documentário “Codinome Vampiro”, dirigido por Vicente Duque Estrada, contando a trajetória do ativista político, da década de 1960, Marcos Medeiros. Dividiu o show “O Encontro do Aço e do Nylon” com o violonista Marcel Powell no palco da casa noturna Blue Note Rio, na Lagoa, Zona Sul do Rio de Janeiro. Foi o convidado especial do “4º. Bourbon Folk & Blues Ilhabela”, dividindo o palco com Tuco Marcondes e Nuno Mindelis em show “Tributo A B.B. King”, no litoral paulista. Ainda em 2018, na Sala Municipal Baden Powell, em Copacabana, apresentou o espetáculo “Cine sonoro: Victor Biglione no cinema”, acompanhado pelo percussionista Fábio Cezzanne. O evento contou com as sessões de cinema dos filmes “Condor”, de Roberto Mader e “Elvis & Madona”, de Marcelo Laffitte, este último contando com a presença do diretor.
No ano de 2019 comemorou seu aniversário de 61 anos em evento no Quiosque Quase Nove, na Praia de Ipanema, Zona Sul do Rio de Janeiro, com uma mostra de vídeos históricos da sua carreira, entre os quais com Djavan, Cássia Éller, Chico Buarque, Gal Gosta, A cor do som, do guitarrista Andy Summers (The Police), e de nomes como Belchior, Beto Guedes, Caetano Veloso, Cazuza, Fagner, Wilson das Neves, Elba Ramalho, Elis Regina, Elza Soares, Eumir Deodato, Ivan Lins, Moraes Moreira, Elza Soares, Roberto Menescal, João Bosco e John Patitucci, dentre dezenas de outros. O quiosque montou vários telões de plasma que exibiram quase quatro décadas de três horas de vídeos que resgatam cerca de três décadas de sua carreira. Neste mesmo ano, de 2019, foi uma das principais atrações do “Jazz Festival Gravatá 2019”, patrocinado pela Prefeitura Municipal de Gravatá, cidade de Pernambuco, no palco do Pátio de Eventos Chucre Mussa Zarzar, onde se apresentou com seu show “Tributo a Jimi Hendrix”. Dividiu o palco com a cantora Folakemi no evento “RioMar Jazz Fest”, em Recife, PE. Também em 2019 foi o convidado especial da cantora Watusi no show “50 Anos de Carreira”, no Teatro Net Rio, no Rio de Janeiro e fez o show “Tributo a Tom Jobim”, pelo projeto “Sábado dos Tributos”, com participação especial do violonista Daniel Moreira, no Espaço Ponto de Encontro, localizado no Iate Clube do Rio de Janeiro, na Zona Sul da cidade. Também em 2019 fez turnê por Minas Gerais com a banda A Caixa Preta, integrada por Waldir Cunha (baixo), Jairo de Lara (sopros), Walner Lucas (teclados) e Hudson Vaz (bateria) e fez lançamento do CD “Classic Rocks From Brazil”, com as faixas “Oh well/Quadrant” (Peter Green & Billy Cobham); “Stray Cat Blues – Rolling Stones Beggars Banquet Tribute” (Mick Jagger & Keith Richards); “No Expectations – Rolling Stones Beggars Banquet Tribute” (Mick Jagger & Keith Richards); “Lazy” (I.Paice, R.Glover, R.Blackmore, J.Lord & I.Gillan); “Copacabana Balcony Bar Blues” (Victor Biglione); “Serves to Right to Suffer” (John Lee Hooker); “Who Knows” (Jimi Hendrix); “I Love Everybody” (Johnny Winter); “1+2 Blues” (Larry Corryell – Feat: Andy Summers); “Jam Back at The House/We Gotta Live Together” (Hendrix & Michell/Buddy Miles) e “Latin Texas” (Victor Biglione); “Psychodelic Frisco 67”, de sua autoria. Produzido por Victor Biglione (arranjos, guitarra, violão, voz e órgão) o disco contou com as participações de Vera Negri em três faixas (voz); André Gomes (baixo), Chico Gomes (baixo); Marcelo Manga (baixo); Alex Rocha (baixo); Marco Bombom (baixo e cowbell); Luiz Alves (baixo acústico); Sérgio Della Mônica (bateria); Roberto Alemão (theremin, congas, moog e bateria), André Tandeta (bateria), Arthur Dutra (bateria), Marcos Nimrichter (teclado); Ricardo Leão (órgão) e Andy Summers em participação especial na faixa nove ao violão. Com seu Victor Biglione Power Trio (Victor: guitarra e violões; Fábio Cezzanne: bateria e percussão e Jorge Pescara: baixo) fez shows do lançamento do disco em vários palcos, destacando-se Teatro UFF, em Niterói, pelo “Tudo Blues Festival”; Teatro Odisseia, na Lapa; Botte’s Bar, Teatro Centro Cultural Correios, pelo “Carioca Blues’n Jazz Festival”; Sala Cecília Meireles, Lapa, e Hyntt Hotel Barra, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ainda em 2019 participou como convidado especial do evento “Rio Cello 25º Ano”, na Sala Cecília Meireles, no centro do Rio de Janeiro em duas apresentações com seu show “Rock n’ Cello – Led Zeppelin – Rio Cello Ensemble & Victor Biglione Trio (Victor Biglione: arranjos e guitarra; Fábio Cezanne: bateria e Jorge Pescara: baixo.
No ano de 2020 foi um dos artistas convidados do projeto “Arena Blues Festival – Home Sessions”, com transmissões diretas da casa do artista, proporcionando um encontro ao vivo com seu público, através das diversas plataformas digitais vigentes à época (facebook, instagram e youtube), em decorrência da epidemia do COVID-19 e a consequente quarentena imposta por vários governantes estaduais e municipais. Participou de muitas apresentações digitais, entre as quais a do projeto internacional “Playing For Change Day at Home”, reunindo artistas nacionais e internacionais. Além da homenagem ao compositor Aldir Blanc, feita pela empresa Espelho D’água Produções. Ainda em 2020 fez participação especial (violão de aço solo) na composição “Estações” (Renato Piau e Euclides Amaral), interpretada por Renato Piau (voz e violão base) e Yuanne (vocalises), faixa incluída no CD “Sucessos Guitarra Brasileira”. Neste mesmo ano, de 2020, foi lançado o CD “Feminino tom”, produzido por Renato Piau para o Selo Guitarra Brasileira, no qual foram incluídas interpretações de Angela RôRô, Elza Maria, Cláudia Amorim, Zezé Motta e Helô Helena, entre outras, destacando-se a faixa “Teu cheiro” (Maria Tereza e Euclides Amaral) na interpretação da cantora Yuanne, com participações especiais de Rick Alvez (baixo), Reppolho (percussão e regência), Renato Piau (violão de naylon) e do próprio Victor Biglione no violão de aço solo e arranjo.
Em 2021 foi lançado nas plataformas digitais o trabalho “Wagner Tiso & Victor Biglione – The Finland Concert”, gravado ao vivo no Martinus Concert Hall, na cidade de Vantaa, e no Teatro Musikin Tapantuma, também na Finlândia, no ano de 2014. Com produção de Ricardo Queiroz, Wagner Tiso e Victor Biglione, no disco instrumental, piano e ao violão de aço, a dupla interpretou clássicos da MPB, entre os quais “Saudade da Bahia” (Dorival Caymmi), “As rosas não falam” (Cartola), “Sonho de um carnaval” (Chico Buarque), “Doce de coco” (Jacob do Bandolim), “Na cadência do samba (Ataulfo Alves e Paulo Gesta), “Expresso 2222” (Gilberto Gil) e “Samba de uma nota só” (Tom Jobim e Newton Mendonça). Ainda em 2021, com seu Power Trio, também integrado por Fábio Cezzanne (bateria) e Jorge Pescara (baixo) apresentou-se no evento “Festival Nem Tão Distante” (Festival Internacional de Música) apresentado por Bruno Serroni, com mo apoio do Governo Estadual de São Paulo. Nesse mesmo ano, de 2021, participou do projeto “Em Casa SESC – Mesa Brasil”, ação do SESC SP de arrecadação de fundos para a alimentação de 120 mil famílias inscritas no projeto da instituição. Na ocasião, fez uma live só com composições de Tom Jobim. No show-tributo “Jobim Universal”, executou “Inútil paisagem”, “Água de beber”, “Lígia”, “Fotografia”, “Wave”, “Meditação” e “Eu sei que vou te amar”, entre outras.
No ano de 2022 participou do CD “Tributo a Sebastião Tapajós” interpretando a faixa “Do Sebastião ao Tapajós”, composta em homenagem ao amigo. Neste mesmo ano, de 2022, participou do CD “Perfil: Poemas, Letras & Convidados – Euclides Amaral”, com a faixa “Cheiro de amora”, parceria com o poeta Euclides Amaral, gravação na qual executou o solo de violão, em participação especial na faixa, registrada pelo Grupo Mamulengo: Rubens Cardoso (arranjo, voz e violão), J. Damião (arranjo, voz e baixo), Tania Secim (sanfona), Bona Vita (bateria) e Nicolas Pegado (percussão). No mesmo disco fez participações (violão de aço solo e arranjo) na faixa “Estações” (Renato Piau e Euclides Amaral), com Renato Piau (voz, violão de aço base e arranjo) e Yuanne (vocalise), e na faixa “Teu cheiro”, de Yuanne e Euclides Amaral, na qual executou o violão de aço solo e fez o arranjo, tendo Renato Piau no violão de nylon base e arranjo; Reppolho na percussão e regência), Rick Alvez no baixo elétrico e Yuanne (voz). No final desse mesmo ano, de 2022, foi lançado, nas plataformas digitais o EP “Cássia Eller & Victor Biglione in Blues”, com regravações de clássicos do blues e do rock, tais como “Hoochie Coochie man” (Willie Dixon); “Got to get you into my life” (John Lennon/Paul McCartney); “Same old blues” (William Donald Nix); “When sunny get’s blue” (Marvin Fisher/Jack Segal); “Oh, well” (Peter Alan Green), “Quadrant four” (William E. Cobhan Jr.); “Lazy” (Ritchie Blackmore/Ian Paice/Roger Glover/Ian Gillan/Jon Lord); Blues medley II: “If six was nine” (Jimi Hendrix); “Prison blues” (Jimmy Page); “I ain’t superstitious” (Willie Dixon); “Ain’t got nothing but the blues” (Duke Ellington/Don George); “Need your love sob ad” (Litle Willie John), “You shook me” (Willian Dixon) e “The flash door” (Victor Biglione), tendo como músicos participantes Serginho trombone (trombone), André Gomes (baixo), Nico Assumpção (baixo acústico), Zé Nogueira (sax-soprano, sax-alto e arranjos), Bidinho (trompete), Zé Carlos Bigorna (sax-alto), Chico Sá (sax-tenor e arranjos), Marcos Nimrichter (órgão e teclados), André Tandeta (bateria) e Ricardo Leão (teclados), além de Victor Biglione (guitarras e arranjos de sopro e cordas) e Cássia Éller (voz), com produção der Zé Luiz Toledo e Ligya Alcantarino. O trabalho foi gravado em 1991 mas não havia sido lançado. O projeto foi criado por Victor Biglione, que selecionou o repertório e, por sugestão da produtora Ligia Alcantarino, chamou a então iniciante Cássia Eller para ser a voz.
Segundo o guitarrista:
“Muita gente acha que o disco foi gravado ao vivo, porque eu e a Cássia fizemos shows com esse repertório. Mas é um álbum de estúdio, bancado pela gravadora Universal Music.”
Na época, o disco não saiu, mas a dupla fez alguns shows com o repertório no Circo Voador e no “Free Jazz Festival”, de 1992 na mesma noite de Albert King e Robben Ford. A captação, mixagem e masterização foram feitas por Sérgio Murilo. A masterização nos parâmetros técnicos de execução nas plataformas de streaming foi feita por Ricardo Garcia. O trabalho foi premiado na categoria “Melhor Lançamento em Língua Estrangeira” na edição de 2023 do “Prêmio da Música Brasileira”.
Entre 2020 e 2023 fez a direção musical do projeto “Segundas Musicais”, apresentado no palco do Copacabana Palace, no Rio de Janeiro; compôs as trilhas sonoras para os filmes “Grande Hotel” (Dir. Zien, 2020); “O Segredo de Sara” (Dir. João Frazão, 2020); “Narciso, Horácio e Doval” (Dir. Frederico Bardini, 2023) e “O Humanismo de Frei Beto” (Dir. Roberto Mader, 2023). Ainda em 2023, ao lado de Frejat, Ivan Lins, Marina Lima, AfroJazz e Orquestra Imperial, foi um dos convidados para o evento “Rio Blues & Jazz Festival”, apresentado no palco da Marina da Glória. Neste mesmo ano, de 2023, foi lançando o LP “Cássia Eller & Victor Biglione in Blues” pela Gravadora Universal.
No ano de 2024 foi uma das atrações do “Festival de Jazz de Rio das Ostras”, apresentou, com o seu Victor Biglione Trio (integrado por Jorge Pescara: baixo, e Roberto Alemão: bateria) o show “Universal Blues”, recebendo como convidadas as cantoras Miramar Mangabeira e Renata Puntel no Blue Note Rio, em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro. Ainda em 2024, com a cantora Taryn e com o músico Dudu Lima fez o espetáculo “Homenagem à Cássia Eller In Blues”, no Palco Pôr do Sol – Prainha, em São João da Barra, zona litorânea do Estado do Rio de Janeiro. Em duo com o pianista Marcos Ariel, apresentou o espetáculo “Victor Biglione & Marcos Ariel – 30 Anos de amizade, música e sucesso!” no palco do Vila Galé Hotéis, no bairro da Lapa, Centro do Rio de Janeiro. Fez show em dupla com a cantora Manu Le Prince e o baixista Rodrigo Villa no Espaço Jazz Village Penedo, e no Centro Cultural Visconde de Mauá. Também em 2024 lançou o álbum “Frugal & psicodélica” (arranjos, direção musical e violão de seis cordas), em parceria com a cantora Renata Puntel (voz, teclados e harpa celta), com participação especial de Jorge Pescara (baixo, arranjos, produção musical, produção executiva e mixagens), pelo Selo Music Magick. O trabalho contou com Guto Golff (bateria), Iuri Sant’Anna (bateria) e Davide Zaccaria (violoncelo). No álbum foram executadas as faixas “Hotel das estrelas” (Jards Macalé e Duda Machado); “Baby’ (Caetano Veloso); “Divino maravilhoso” (Caetano Veloso e Gilberto Gil); “Cultura e civilização” (Gilberto Gil); “Vou recomeçar” (Roberto Carlos e Erasmo Carlos); “Objeto sim, objeto não” (Gilberto Gil); “London, London” (Caetano Veloso); “Mini-mistério (Gilberto Gil) e “Pérola negra”, de Luiz Melodia. O disco teve coquetel de lançamento, com audição, no Espaço BB – Coletivo de Artes Visuais, no Shopping Cassino Atlântico, em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro. Ainda em 2024, ao lado da cantora Taryn e do baixista Dudu Lima apresentou-se no “VilazzBlues Festival”, no palco da casa noturna Versus, no aeroporto de Juiz de Fora, com espetáculo “Tributo à Cássia Éller In Blues”, com apoio do Governo de Minas Gerais e STELLA ARTORIS.
No ano de 2025 fez show ao lado dos irmãos Guilherme e Alfredo Dias Gomes no Blue Note Rio, em comemoração ao seu aniversário de 67 anos.
Com Cassia Eller
(participação)
(Vários)
PLAYLIST
(várias)
(vários)
(participação)
(Extra:) (Trilha sonora do filme)
Victor Biglione, Zé Renato & Litto Nébia
(Coletânea:)
(participação)
(participação)
(c/ A Cor do Som)
(participação)
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Um artista na sua maturidade profissional, assim como um fruto de vez, não nasceu assim, como todos sabemos. No entanto, quando assistimos alguém na sua plenitude artística, poucas vezes nos lembramos ou temos consciência de sua trajetória. É como se tivesse chegado a esse estágio de depuração/lapidação como se por encanto, fundado somente no talento – fator inato primordial, é bem verdade, mas que precisa ser trabalhado com obstinação quase obsessão para que seja alcançado o nível da excelência.
Quando o menino Victor deixou sua Buenos Aires natal, com os pais, para se radicar no Brasil, por certo é de se supor que no recôndito jardim do seu DNA havia um código, uma semente por brotar, já havia nele impregnado o dom da música, ainda que não manifesto naqueles tenros anos, senão na predileção pelos acordes e vozes que lhe encantavam os ouvidos.
Assim foi que, a princípio em SP, depois no Rio e mais tarde em Berklee (para onde foi com uma carta de apresentação de ninguém menos do que Tom Jobim), que os dedos de Victor foram trabalhando seu tear de cordas, se adestrando no manejo técnico do nylon e do aço de suas guitarras.
A personalidade artística de Victor Biglione foi assim sendo moldada em diferentes matizes musicais, fator determinante para sua extraordinária versatilidade como músico/compositor e arranjador.
Somando tudo isto, mexendo no caldeirão um mix de perseverança, destreza, talento, criatividade e bom gosto…chegamos por fim a uma razão mais plausível para que assistamos extasiados este artista raro.
Os pormenores dessa trajetória de muita garra e luz estão melhor pesquisados/investigados e impressos no livro “O Guitarrista Victor Biglione & a MPB”, perfil artístico escrito por Euclides Amaral.
É ler para ouvir e ouvir pra crer!
Sergio Natureza
(produtor cultural, radialista, poeta e letrista)