Cantor. Compositor. Passou a infância em Ubatuba, SP, indo aos 14 anos para Taubaté, onde viveu até os 24 anos. No início dos anos 1960 trabalhou como radialista na Rádio Difusora de Taubaté, onde através do discotecário Teodoro Israel, tomou conhecimento da música sertaneja. Mudou-se para São Paulo em 1967, onde no Bar Patachou, na Rua Augusta, dividiu mesas e debates com artistas de sua geração, como Chico Buarque, Caetano Veloso, Gal Costa e Geraldo Vandré.
Em meados dos anos 1960 formou a “Banda Água” e abriu um estúdio de jingles publicitários. Em 1967 participou do III FMPB, na TV Record em São Paulo, com a composição “Dadá Maria”, sendo defendida por Gal Costa e classificada entre as finalistas. A mesma composição seria posteriormente regravada por Clara Nunes e Sílvio César. Em 1968 participou do IV FMPB da TV Record, com a composição “Madrasta”, interpretada por Roberto Carlos. Em 1972 conseguiu classificar sua composição “Marinheiro” para o VII FIC da TV Globo. No mesmo período participou da série de discos dirigida por Marcus Pereira, “Música Popular Brasileira”, no volume “Música do Centro-Oeste-Sudeste”. Por essa época, começou a trabalhar com os velhos temas caipiras, com a “Banda Água”, formada por Carlão de Souza, Sérgio Mineiro, Rodolfo Grani, Oswaldinho do Acordeom, Dudu Pontes, Marcinho Werneck, Papete, Luiz Roberto de Oliveira, Nelson Ayres e Amilson Godoy. Começou gradativamente a migrar de gênero musical, procurando entretanto mesclas de diversas tendências e estilos musicais. Em 1977 sua composição “Romaria” foi gravada por Elis Regina, tornando-se rapidamente um estrondoso sucesso em todo o país, alterando até velhos preconceitos, ao afirmar convictamente no refrão: “Sou caipira”. “Romaria” foi gravada, entre outros, por Tião Carreiro e Pardinho, Sérgio Reis, Pedro Bento e Zé da Estrada, Leandro e Leonardo, Inezita Barroso, Chitãozinho e Xororó, João Mineiro e Marciano, Fábio Júnior, Paçoca, pelo pianista americano Richard Clayderman e também pelo grupo de rock paulista Dr. Jack. A música entrou ainda para a trilha sonora da série da TV Globo “Carga pesada”. O poeta Haroldo de Campos em entrevista à revista “Veja” fez elogios à letra de “Romaria”, considerando-a uma das melhores da música brasileira nos anos 1970.
Em 1987, teve as composições “Ave marinha”, parceria com Almir Sater e Kapenga e “Homem não chora”, gravadas no CD da cantora Alzira Espíndola. Em 1989, a música “Sanfona”, parceria com Cezar do Acordeom foi gravada no LP “Forró bom! – É do ABC!!!”, da gravadora Musicolor/Continental” na interpretação de Cezar do Acordeom. Em 1990, a dupla Pena Branca e Xavantinho gravou a toada-balanço “60 léguas num dia” e “Seu” Chico Alves” no LP “Cantadô de mundo afora”. Em 1985 participou do disco “Grandes cantores sertanejos”, da Kuarup, ao lado de Xangai, Cida Moreira, Elomar, Sivuca e Geraldo Azevedo, entre outros. Em 1992 lançou pela gravadora Kuarup o CD “Renato Teixeira e Pena Branca e Xavantinho”. No mesmo ano recebeu o Prêmio Sharp. Em 1997 participou do disco “Cantorias e cantadores”, também pela Kuarup. Entre seus grandes sucessos estão “Sina de violeiro”, regravada em 1996 por Sérgio Reis, e “Tocando em frente”, parceria com Almir Sater, e presenças constantes em seus shows. Realiza uma média de dez shows por mês, principalmente na região do Vale do Paraíba, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso. Ainda em 1997 realizou o show “30 anos de carreira” no Canecão no Rio de Janeiro. Um de seus principais parceiros é Almir Sater, com quem compôs, entre outras, “Boiada”, “Missões naturais”, “Terra dos sonhos” e “Trem de lata”. Em 1998 lançou pela Kuarup o CD “30 anos de romaria”, com uma retrospectiva de sua carreira. Em 1999 gravou ao vivo com Xangai o CD “Aguaterra”, em show realizado na sala Adoniran Barbosa em São Paulo, contando com as participações especiais de Natan Marques e Cassio Poleto. Na ocasião interpretou de sua autoria “Olhos profundos”, “Guardiões da floresta” e “João Alegre”. Em 2000 lançou com o multicordas Natan Soares o CD “Alvorada brasileira”, no qual interpreta antigos sucessos como “Rural” e “Invernada”, e novas músicas como a country “Transformação”. O disco contou ainda com a participação de Oswaldinho do Acordeom, na faixa “Jaci” e do violinista Cássio Poleto na faixa “Tutu com torresmo”. Em 2002 teve a música “Pequenina” gravada por Xangai no CD “Brasileirança”. Ainda no mesmo ano, exibiu-se em espetáculo no Rio de Janeiro acompanhado por sua filha, nova cantora por ele lançada. Também no mesmo ano, apresentou-se no Teatro da UFF em Niterói no Rio de Janeiro juntamente com Pena Branca, Elomar, Teca Calazans e Xangai no show “Cantoria brasileira”, comemorativo aos 25 anos da gravadora Kuarup. Ainda no mesmo ano, participou do CD “Cantoria brasileira” comemorativo dos 25 anos da gravadora Kuarup, juntamente com Pena Branca, Elomar, Teca Calazans e Xangai.
Em 2003, apresentou-se em show no Canecão juntamente com Pena Branca apresentando canções como “Romaria”; “Amanheceu” e “Tocando em frente”, de sua autoria, além de “Cio da terra”, de Milton Nascimento e Chico Buarque e “Canto do povo de um lugar”, de Caetano Veloso. Nesse mesmo ano, fez participação especial no CD “Alma Lavada”, lançado por Cláudio Lacerda, interpretando com o mesmo, “Olhos profundos”, de, de sua autoria. Em 2005, apresentou-se no programa “Viola, minha viola”, comandado por Inezita Barroso, na TV Cultura de São Paulo. Também nesse ano, lançou CD com Rolando Boldrin em que confirma seu sotaque caipira. O disco revisita obras de compositores de todo o país e mereceu boa aceitação da crítica especializada.Traz destaques como, entre outras, “Ventania”, de Geraldo Vandré e Hilton Acioly, que concorreu, também com o subtítulo “De como um homem perdeu seu cavalo e continuou andando”, no Festival da Record de 1967, “Tempero das aves”, do próprio Boldrin, “Vaca estrela e boi fubá”, de Patativa do Assaré, “Acorda Maria Bonita”, atribuída ao cangaceiro Volta Seca (Antonio dos Santos), do bando de Lampião, além de passar por obras de Lupicínio Rodrigues e até Chico Buarque, na composição tema para a peça “Morte e vida severina”, sobre o poema de João Cabral de Melo Neto. O disco conta com participações como as de Almir Sater, que toca viola (no clássico “Chico Mineiro”, de Francisco Ribeiro e Tonico, da dupla com Tinoco), Paulo Sérgio Santos, no clarinete e Rodrigo Sater e Chico Teixeira nas cordas. Em 2007, sua composição “Romaria” foi escolhida para ser interpretada com variações, por Inezita Barroso, em dueto com a cantora lírica Nize de Castro Tank, juntamente com “Luar do sertão”, de Catulo da Paixão Cearense, no CCBB – Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, em duas sessões da série “Líricas e Populares”. No mesmo ano, lançou CD/DVD gravado ao vivo no auditório Ibiapuera no qual fez uma revisão de sua carreira. O CD contou com as participações especiais de Pena Branca na faixa “Quando o amor se vai”, Chitãozinho e Xororó na canção “Frete”, a cantora Joana em “Recado”, e o argentuino Leo Gieco na composição “La cigarra”. Em novembro de 2008, apresentou-se no programa “Viola, minha viola” apresentado por Inezita Barroso, na TV Cultura, acompanhado do filho Chico Teixeira que já toca com ele há cinco anos. Na ocasião cantaram as músicas “Guardiões das florestas”, de sua autoria, “Fogo no Paraná”, de João do Vale, “Pai e filho”, uma versão sua e do filho Chico, para a canção “Fathers and sons”, de Cat Stevens, e “Rapaz caipira”, de sua autoria. Ainda no mesmo ano, entre outros eventos importantes, se apresentou na décima quarta edição da Semana Nenete de Música e Cultura Caipira, realizada em Pirassununga, SP. Dessa edição do evento participaram também artistas como Ir mãs Galvão, Mococa & Paraíso, Zé Mulato & Cassiano, Abel & Caim, entre outros. Em junho e julho de 2009, participou do Circuito Syngenta de Viola Instrumental, ao lado de Levi Ramiro, Sidnei de Oliveira e Chico Moreira, tendo se apresentado no Teatro Municipal Paulínia e no Alpha Paulistano, ambos em São Paulo. No mesmo ano, participou da gravação do DVD “Um Barzinho, Um Violão-Sertanejo”, lançado pela Sony Music, cantando, ao lado da Cantora Ivete Sangalo, a música “Romaria”, de sua autoria. O show, que foi gravado na Arena Country (SP), contou com artistas como Hugo & Tiago, Grupo Tradição, Fafá de Belém, João Bosco e Vinicius, Guilherme e Santiago, Cézar e Paulinho, entre outros. Ainda em 2009, teve participação especial na música “Contador de Causo”, cantada Chico Teixeira, e lançada no CD da trilha sonora da novela “Paraíso”, da Rede Globo de Televisão. No ano seguinte, voltou a se apresentar na Semana Nenete de Música e Cultura Caipira, realizada em Pirassununga, SP. Em setembro de 2010, gravou, com Sérgio Reis, o CD/DVD “Amizade sincera”, pelo selo Som Livre. A intenção do show, realizado no Teatro Bradesco, em São Paulo (SP), foi de realizar uma grande viagem pela música ruralista brasileira, com 20 faixas e 2 extras. O álbum contou com a participação especial de Paula Fernandes, na música “Tristeza do Jeca”, e da dupla Victor & Léo, nas músicas “E Quando o Dia Nascer” e “Vida boa”. Em 2011, teve a sua música, “Tocando em frente” (c/ Almir Sater), gravada pela cantora e compositora Paula Fernandes, no DVD “Paula Fernandes ao vivo”, lançado pela Universal Music. A faixa contou com a participação especial do cantor e compositor Leonardo. O álbum ultrapassou a marca de 700 mil cópias vendidas. Essa mesma música já havia sido gravada anteriormente por artistas como Luis Goiano e Girsel da Viola, em 2007; Daniel, em 2000, no CD “Meu Reino Encantado”, lançado pela Warner Music; e Santana o Cantador, em 2006, no DVD “Forró popular Brasileiro”, lançado pela Atração. Ainda em 2011, recebeu o 22o Prêmio da Música Brasileira, na categoria melhor dupla regional, ao lado de Sérgio Reis, em função do DVD “Amizade Sincera”. Em 2015, voltou a fazer parceria com Sérgio Reis, e lançou o DVD “Amizade sincera 2”, com participações especiais de Toquinho, Cuitelinho, João Carreiro, Fernanda Oliveira Silva, Lara Fabianne Fernandes Pinho, Beatriz Teixeira Sater, Julia Teixeira Sater, Caru Comparin Corrêa, Ana Clara Oliveira Silva, Chico Teixeira e Amado Batista. No mesmo ano, realizou participação especial no CD/DVD “In concert in Brotas”, lançado pelo cantor Daniel pela Universal Music. Da gravação, realizada ao vivo no Cine São José, em Brotas (SP), participou de suas músicas “Romaria” e “Amizade sincera”. Ainda em 2015, lançou, com Almir Sater, o CD “Ar”, pela Universal Music. O disco foi o primeiro gravado junto com Almir, mesmo após muitos anos de parceria e amizade. Gravado entre o Brasil e Nashville (EUA), teve produção do norte-americano Eric Silver, e apresentou 10 músicas inéditas compostas pela própria dupla. Em 2016, com o disco “Ar”, foi indicado ao lado de Almir Sater, ao Prêmio de Música Brasileira, na categoria “Regional – Melhor Dupla”.
No mesmo prêmio, na categoria “Regional – Melhor Cantor”, foi indicado com o disco “Amizade Sincera II”, gravado em parceria com Sérgio Reis. Em 2017, teve suas composições “Comitiva esperança” (c/ Paulo Simões), e “Tocando em frente” (c/ Almir Sater), consideradas clássicas, incluídas no repertório da peça teatral “Bem sertanejo – O Musical”, estrelada por Michel Teló e dirigida por Gustavo Gasparani. O espetáculo esteve em cartaz em diversas cidades brasileiras, entre elas São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Ribeirão Preto. Em 2017, realizou apresentação como uma das principais atrações da 23ª edição da Semana Nenete de Música Caipira, uma das maiores festas do país, ao lado de artistas como Cézar e Paulinho, Carreiro e Capataz e Milionário e Marciano.
No mesmo ano, lançou o álbum “Terra de sonhos”, pela gravadora Kuarup, em parceria com a Orquestra do Estado de Mato Grosso, e gravado no Estúdio Inca sob a regência do maestro Leandro Carvalho. O título do álbum levou nome de uma canção composta em parceria com Almir Sater.
Em 2018, com o disco “Terra dos sonhos”, foi indicado ao Prêmio da Música Brasileira, na categoria melhor álbum de música regional e melhor cantor. No mesmo ano, deu prosseguimento a seu projeto com Almir Sater, e lançou, com sua parceria, o CD “+Ar”, pela Universal Music, apresentando dez composições inéditas dos dois. O disco obteve repercussão positiva perante a crítica e foi vencedor do prêmio Grammy Latino, no ano, na categoria “Melhor álbum de música de raízes em língua portuguesa”.
Em 2022 lançou pela Kuarup, com Fagner, o álbum “Naturezas”, com oito canções da dupla, sendo seis delas parcerias inéditas. As músicas gravadas foram “Tocando em Frente”, “Mucuripe”, “Arte e Poesia”, “Eu Só Quero Ser Feliz”(parceria da dupla com Antônio Adolfo), “Juro Procê”, “Eu Comigo Mesmo”, “Para o Nosso Amor Amém”, “Linda de Mansinho”, “Rastros da Paixão” e “Aqui é Ceará”. Os músicos de apoio foram Natan Marques (guitarra e violão de 12), Maurício Novaes (teclados, violão, violão de 12 e vocal), Cainã Cavalcante (violão), João Cristal (piano), Wilson Levy (contrabaixo) e Maguinho Alcântara (bateria). Os arranjos foram de Natan Marques, Maurício Novaes e Cainã Cavalcante. Em Tocando em Frente” e “Para o Nosso Amor Amém”, teve a participação especial de Almir Sater.
Em 2024 lançou, pela Kuarup, o segundo álbum de parcerias com Fagner denominado “Destinos”. Foram gravadas as músicas “Romaria (Renato Teixeira), “Travesseiro e cafuné”(com participação do filho de Renato Teixeira, Chico Teixeira); “Blues 73”(com a participação de Evandro Mesquita), “Magia e Precisão”(com a participação de Isabel Teixeira, filha de Renato Teixeira), “Quando for amor”(com as participações de Roberta Campos e Maurício Novaes); “Arde mas cura”(com a participação de Roberta Spindel) e “O prazer de lembrar é bom”(com a participação de Zeca Baleiro), “Dominguinhos”, “Amor, amar” e “Linda flor da madrugada”(Capiba).
Também em 2024 lançou, pela série Relicário, do Selo Sesc, o álbum “Ao vivo no Sesc – 1978”. O trabalho foi gravado no Teatro Pixinguinha do então Sesc Vila Nova, que depois se tornou Sesc Consolação. O show fazia parte da turnê do álbum “Romaria”. A banda no show era composta por Papete na percussão e Oswaldinho do Acordeom no acordeom entre outros. Entre as dez músicas do álbum, foram registradas “Sina de violeiro”(Sergio reis), “Amora”(Renato Teixeira), “Romaria”(Renato Teixeira), “Sentimental eu fico”(Renato Teixeira), “Antes que aconteça”(Renato Teixeira) e “Canta moçada” (Alcides Felisbino De Souza, Cesar Durval Sampaio e João Salvador Perez).
Com Fagner