
Cantora. Compositora.
Filha de pernambucanos, nasceu em São Paulo, no bairro do Canindé.
Aos oito anos de idade se apresentava em programas da TV Cultura de São Paulo, nos quais cantava samba, começando pelo programa de talentos infantis “O Dois É Nosso”. Sua primeira interpretação foi o samba “Triste Madrugada”, da autoria de Jorge Costa.
Começou a estudar canto aos dez anos até aos 13 anos e seguiu apresentando-se em programas infantis do rádio e da televisão e em bailes na periferia de São Paulo.
Trabalho também como bancária, escriturária e até locutora do Mercado Municipal da Lapa.
Aos 13 anos atuava profissionalmente em programas infantis (rádio e televisão) e em bailes na periferia de São Paulo.
Cantou em diversas casas noturnas.
Na década de 1970 recebeu do comunicador Chacrinha o apelido carinhoso de “A Donna Summer brasileira”.
Inicialmente formou dupla com seu irmão Alex e participou de vários festivais escolares de música.
No ano de 1975 ganhou o 1º lugar em um festival estudantil.
Em 1977, através dos disc-jóqueis Sebastião Ferreira da Silva, gravou um compacto simples com produção de Marcos Maynard. O disco vendeu milhares de cópias e chamou a atenção da gravadora para lançá-la em LP. No ano seguinte, em 1978, a gravadora Phonogram lançou seu primeiro LP “A noite vai chegar”, título retirado da composição de Paulinho Camargo. A música foi incluída na trilha da novela “Sem Lenço, Sem Documento”, da Rede Globo e lançada no disco homônimo pela Som Livre. Neste disco também foram incluídas “Eu prefiro dançar”, “Esqueça-me” e “Não deu em nada”, todas de autoria de Totó Mugabe; “Com sabor” (Dom Charles e Nélson Motta); “Novidades” (Peninha e Miguel Cidras), “Lady é meu nome” (Arthur Giglio) e ainda “Amando você” e “Solução”, ambas de Paulinho Camargo. O LP lhe valeu o título de “Rainha da Discoteca Brasileira” por suas interpretações com base na disco-music, fazendo uma espécie de versão brasileira da cantora norte-americana Donna Summer. Outro sucesso do mesmo disco foi “Só você (por você, sem você)”, de autoria de Cleide Dalto e Paul Greeus. Ainda deste disco, destacou-se a faixa “Hora da união”, incluída em várias cenas da novela “Dancin days”, da Rede Globo. No ano posterior, 1979,lançou o disco “Fêmea brasileira”, do qual se destacou a faixa “Hora da união” (Totó Mugabe), composição que mesclava soul music ao samba. Neste disco foram incluídas “A força do pensamento” (Danilo Pinheiro, Chico Roque e Biachi), “Fêmea brasileira” (Markú Ribas) e uma versão dance para “A banda”, de Chico Buarque.
No ano de 1980 lançou, pela gravadora Philips, o LP “Lady Zu”.
Em 1988, interpretando “Junto a mim”, participou da coletânea “Alma negra”, lançada pela gravadora Continental. Neste disco também participaram Carlinhos Trumpete, Tony Bizarro, Luis Vagner e Tony Tornado.
No ano de 1990, também pela gravadora Continental, gravou o disco “Louco amor”, interpretando “Céu de luz” (Jorjão Barreto, Sérgio Sá e Robson Jorge), “Contrato assinado” (Chico Roque e Paulo Sérgio Valle) e sua composição “Foi demais”, parceria com Satch. Sete anos depois, em 1997, fez uma participação no disco “Pouco pra mim”, de Carlos Navas, lançado pela gravadora Dabliú.
Em 2001 sua faixa “A noite vai chegar” foi incluída por Ed Motta e Nélson Motta na trilha sonora do filme “A Partilha” e lançada em CD. Neste mesmo ano a gravadora Universal Music remasterizou e lançou em CD “A noite vai chegar” (1978) e “Fêmea brasileira” (1979). No ano seguinte, em 2002, lançou o disco “Number one”, pela gravadora Abril Music, no qual interpretou a música “Você é tudo o que eu quero para mim”, faixa de trabalho em várias emisoras do país e ainda “Assim não dá” (Hannah Lima); “Procura” (Lílian Vasleka); “Felicidade urgente” (Cláudio Zoli e Ronaldo Santos); “Só uma” (Kiko Zambianchi), regravou “A noite vai chegar”, “Junto a mim” e “A hora da união” e de sua autoria “Eu vou te procurar”. Neste mesmo ano de 2002 foi lançado o livro “Driblando a censura – De como o cutelo vil incidiu na cultura”, de Ricardo Cravo Albin, no qual constou o relato de uma composição de sua autoria proibida pela censura e liberada pelo Conselho Superior de Censura, a partir do parecer do próprio Ricardo Cravo Albin. O CSC foi integrado por personalidades da sociedade civil, entre os quais o jornalista Pompeu de Souza, representante da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), Daniel Rocha (SBAT – Sociedade Brasileira de Autores Teatrais), Geraldo Sobral Rocha (Abraci – Associação Brasileira de Cineastas) e Ricardo Cravo Albin (Abert – Associação Brasileira de Rádio e Televisão). A composição em questão foi “Vamos sexar”, de sua autoria.
No início de 2005 lançou seu website oficial, com dados e iamgens abrangendo toda sua carreira. No ano posterior, em 2006, a gravadora Som Livre lançou a coletânea “Soul Brasil”, na qual incluiu a faixa “Hora de União (Samba Soul)” (versão original de 1979), em dueto com Totó. Além disso, o grupo mineiro Berimbrown a convidou para participar do disco “Mestres Negros da Música Brasileira”.
Em 2010 gravou, em dueto com Carlos Navas, na faixa “Isso Não Vai Ficar Assim” (Itamar Assumpção), para o 8º CD do cantor paulistano, intitulado “Tecido”. No ano seguinte, em 2011, gravou a faixa “A Crazy Night At Papagaio” no CD “Papagaios Fever”, de Che (pseudônimo de DJ Alexandre Caparroz).
Em 2012, ao lado da banda Supergroove e do cantor Gérson King Combo, fez show no Teatro Rival Petrobras, na Cinelândia, Centro do Rio de Janeiro. No ano seguinte, em 2013, ao lado de Carlos Dafé, Hyldon, Paulo Diniz, Tony Tornado, Gérson King Combo, Luís Vagner e Di Melo foi um dos convidados da Banda Black Rio em show no palco da Praça das Artes, na Estação República, do Metrô, no centro de São Paulo.
Em 2016 apresentou-se no projeto “Somos Soul”, da Caixa Econômica Federal, no Rio de Janeiro, no qual contou com a participação do cantor e compositor Gérson King Combo, com o qual dividiu a interpretação de clássicos do gênero “Mandamentos black” (Gérson King Combo) e ainda, sucessos de carreira, tais como “Novidade” e “Com sabor”, além de composições de seu CD “Number one”.
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(participação)
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ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
ALBIN, Ricardo Cravo. Driblando a censura – De como o cutelo vil incidiu na cultura. Rio de Janeiro: Editora Gryphus, 2002.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.