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Nome Artístico
Teddy Vieira
Nome verdadeiro
Teddy Vieira de Azevedo
Data de nascimento
23/12/1922
Local de nascimento
Itapetininga, SP
Data de morte
16/12/1965
Local de morte
Itapetininga, SP
Dados biográficos

Compositor.

Fez o curso primário em sua cidade natal e os estudos secundários em São Paulo. Em 2015, na ocasião dos 50 anos de seu falecimento, foi homenageado com a inauguração de uma estátua na Praça Largo dos Amores, no centro da sua cidade natal, Itapetininga (SP). O evento contou com a presença de Sérgio Reis. O projeto foi de iniciativa do MIS-SP (Museu da Imagem e do Som) após uma pesquisa descobrir que 80% dos entrevistados, moradores de Itapetininga, não conheciam o compositor e músico. A ideia foi de resgatá-lo como ícone da cidade.

Dados artísticos

Fez a primeira composição aos 18 anos. Aos 22 começou a trabalhar na Colúmbia, da qual foi diretor artístico. Em 1950, teve a sua primeira composição gravada pela dupla Tonico e Tinoco,  a moda de viola “Violeiro casado”, em parceria com Tonico. Em 1952, Zé Carreiro e Carreirinho gravaram a moda de viola “Irmão do Ferreirinha”, parceria de Teddy com Carreirinho. No mesmo ano, Palmeira e Luisinho gravaram a moda de viola “Caçada do pardo”, de Teddy Vieira e Luisinho. Em 1953, Vieira e Vieirinha lançaram a moda de viola “Roubei uma casada”, primeiro sucesso de uma das mais afamadas duplas de compositores sertanejos, Teddy Vieira e Lourival dos Santos. Em 1954, Palmeira e Biá gravaram a toada “Couro de boi”, parceria de Palmeira e Teddy Vieira que se tornaria grande sucesso. Em 1955, Luisinho e Limeira lançaram pela RCA Victor um dos maiores clássicos da música sertaneja, parceria de Teddy e Luisinho, o cururu “Menino da porteira”, regravada inúmeras vezes, entre outros por Tonico e Tinoco e Sérgio Reis. No mesmo ano, as Irmãs Galvão gravaram outra parceria de Teddy e Lourival dos Santos, o xote “Não interessa”, pela RCA Victor. Em 1956, outro grande sucesso de Teddy Vieira (em parceria com Muibo Curi), seria lançado: a toada “João de barro”, gravada por Mineiro e Manduzinho e anos depois regravada por Sérgio Reis. Naquele mesmo ano, Teddy Vieira passou a ser diretor sertanejo da Colúmbia. Lançaria as duplas Tião Carreiro e Pardinho e Zico e Zeca. No mesmo ano, a dupla Tião Carreiro e Pardinho lançaria a moda de viola “Boiadeiro punho de aço”, de Teddy Vieira e Pereira, que logo se tornaria sucesso. Em 1958, transferiu-se para a Chantecler como diretor artístico. Em 1959, compôs, com Lourival dos Santos, o  “Pagode em Brasília”, composição que ficou consagrada na interpretação de Tião Carreiro e Pardinho, lançando um novo ritmo, o pagode sertanejo. Esta composição coincidiu com a inauguração de Brasília e seus autores foram homenageados pelo então Presidente da República Juscelino Kubitschek. Foi justamente nas vozes da dupla Tião Carreiro e Pardinho que Teddy Vieira conheceu alguns de seus maiores sucessos, como o “Rei do gado”, “Nove e nove”, em parceria com Lourival dos Santos e Tião Carreiro, “O mineiro e o italiano”, com Nelson Gomes, “Porta fechada”, com Moacyr dos Santos e outras. Deixou mais de 200 composições gravadas. Em 2002, teve a sua música “Pagode em Brasília” (c/ Lourival dos Santos) gravada no CD ao vivo “Acústico”, da dupla Edson e Hudson, lançado pela Deckdisc. Em 2005, Edson e Hudson gravaram também outra música de sua autoria, “Menino da Porteira”, no CD “O melhor de E&H”, também pelo selo Deckdisc. Em 2007, teve a música “Menino da Porteira”, de sua autoria com Luisinho, gravada no CD ao vivo “Coração Caipira”, que foi lançado numa parceria entre o cantor e compositor Tinoco, da dupla Tonico e Tinoco e o cantor e violeiro Mazinho Quevedo. O disco do selo Som Livre, foi produzido por Mazinho Quevedo, Tinoco e José Carlos Perez. Em 2010, teve a sua música “Pagode em Brasília” (c/ Lourival dos Santos) gravada por Bruna Viola, em seu primeiro CD solo. A mesma cantora e violeira se apresentou, no mesmo ano, com essa canção no festival “Voa Viola”. Em 2017, teve suas composições “o menino da porteira” (c/ Luizinho), “Boiadeiro errante”, consideradas clássicas, incluídas no repertório da peça teatral “Bem sertanejo – O Musical”, estrelada por Michel Teló e dirigida por Gustavo Gasparani. O espetáculo esteve em cartaz em diversas cidades brasileiras, entre elas São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Ribeirão Preto.

Obras
13 de maio (c/ Riachão e Riachinho)
A enxada e a caneta (c/ Capitão Barduíno)
A marca do berrante (c/ Ado Benatti e Lauripe Pedroso)
A menina do bolo (c/ Roque de Almeida)
A moda da japonesa (c/ Orlandinho)
A morte da bugrinha (c/ Alcindo Freire)
Adeus, amor (c/ Nenete)
Alma arrependida (c/ Pássaro Preto e O. Aude)
Amor passageiro (c/ Biguá)
Baile moderno (c/ Vicente Lia)
Baião número cinco (c/ Palmeira)
Besta bailarina (c/ Capitão Barduíno)
Besta bailarina (c/ Serrinha)
Boiadeiro de Goiás (c/ Nelson Gomes)
Boiadeiro do divino (c/ Alves Lima)
Boiadeiro punho de aço (c/ Pereira)
Boliviana (c/ Palmeira)
Caminho errado (c/ Benedito Seviero)
Capela do Chico Mineiro (c/ Biguá)
Carro de boi (c/ João Pacífico)
Casinha de aço (c/ Roque de Almeida)
Cavaleiro de Bom Jesus (c/ João Alves Marino)
Caçada do pardo (c/ Luisinho)
Chinita (c/ Pássaro Preto e Vicente Lia)
Cigana (c/ Salvador dos Santos Dias)
Couro de boi (c/ Palmeira)
Delicadeza (c/ Compadre Juvená)
Dia de finados (c/ Benedito Seviero)
Dois corações que se amam (c/ Biguá)
Dois punhais (c/ Nízio)
Dona felicidade
Doutor promessa (c/ Palmeira)
Estranho retrato (c/ Sulino)
Ferramenta de caboclo (c/ Palmeira e Osvaldo Aude)
Força do destino (c/ Serrinha)
Gaúcha (c/ Sebastião Vitor)
Geada
Geada do Paraná
Ilusão da vida (c/ B. Amorim)
Irmão do Ferreirinha (c/ Carreirinho)
João-de-barro (c/ Muibo Curi)
Lenço preto (c/ Laureano)
Linda mato-grossense (c/ Palmeira)
Mariazinha (c/ Palmeira)
Menino pobre (c/ Roque de Almeida)
Meu amigo (c/ Nízio)
Milagre de Tambaú (c/ Palmeira)
Morena de olhos pretos (c/ Ado Benatti)
Moça namoradeira (c/ Sulino)
Mulher fingida (c/ João Diniz)
Mãe do pracinha (c/ Sebastião Vitor)
Mão do assassino (c/ Sebastião Vitor)
Namoro e casamento (c/ Palmeira)
Namoro invejoso (c/ Lourival dos Santos)
Namoro no portão (c/ Zé Maria)
Nas mãos de Deus (c/ Mário Eduardo)
Nossa Senhora da Abadia (c/ José Ferreira)
Nova Londrina (c/ Serrinha)
Não interessa (c/ Lourival dos Santos)
O canoeiro não morreu (c/ Ado Benatti)
O crime do cascavel (c/ Palmeira)
O céu foi testemunha (c/ Marumbi)
O erro da professora (c/ Sulino)
O feiticeiro (c/ Vieirinha)
O manto sagrado (c/ Luisinho)
O menino caçador
O menino da porteira (c/ Luisinho)
O mineiro e o italiano (c/ Nelson Gomes)
O mineiro não faz feio (c/ Lourival dos Santos)
O padre e o ateu
Pagode em Brasília (c/ Lourival dos Santos)
Pai sem coração (c/ Sulino)
Pantanal cuiabano (c/ Palmeira)
Penas de minh'alma (c/ Valdez Leal e N. Gomes)
Piraquara (c/ Jaime Ramos)
Pitoco (c/ Abílio Vitor)
Pracinha (c/ Serrinha)
Pretinho aleijado (c/ Luisinho)
Preto de alma branca (c/ Lauripe Pedroso)
Primeira namorada (c/ Zeca)
Prisioneiro (c/ Nízio)
Punhal da falsidade (c/ Zé Carreiro)
Recordando o passado (c/ Alcindo Freire)
Resposta do menino da porteira (c/ Luisinho)
Resposta do namoro do portão (c/ Roque de Almeida)
Rio preto (c/ Alceu Maynard Araújo)
Rodeio de Patos de Minas (c/ Pinheirá)
Romeiro d'Aparecida (c/ Palmeira e B. M. Santos)
Roubei uma casada (c/ Lourival dos Santos)
Sagrado ofício (c/ Ado Benatti)
Sangue gaúcho (c/ Ivan Cavalcanti)
Sinhá Joana (c/ Francisco Lacerda)
Sonho de amor (c/ Benedito Seviero)
Terra roxa
Tragédia de Goiás (c/ Carreirinho)
Triste desengano (c/ Carreirinho)
Vai de roda (c/ Palmeira)
Verde-amarelo (c/ Antônio Berlim)
Vida de minha vida (c/ Nízio)
Viola de ouro (c/ Palmeira)
Violeiro casado (c/ Tonico)
Você (c/ Palmeira)
Última carta (c/ Palmeira)