
Cantora. Compositora. Poeta. Letrista.
Ainda pequena participava de festas folclóricas (Congadas e Folia de Reis) em sua cidade natal.
Pesquisadora do folclore mineiro.
Estudou canto, violão e percussão.
Oriunda de uma família de farmacêuticos, cursou a Faculdade de Farmácia em Ouro Preto.
Transferiu-se mais tarde para São Paulo.
No ano de 2011, em parceria com a antropóloga e artista plástica Lúcia Arrais Morales, lançou o livro de poesias “A poesia dos descuidos”, pela Cultura Acadêmica Editora, com apoio da Secretaria de Estado da Cultura do Governo de São Paulo, através do “Programa de Ação Cultural”.
Sobre este livro escreveu Ocar DAmbrosio, do Jornal da UNESP:
“A poesia dos descuidos, parceria entre as imagens construídas por Lúcia Arrais Morales e por Consuelo de Paula, constitui uma jornada por um mundo que aparentemente existe apenas na marginalidade e no esquecimento. […] O processo de criação das 88 páginas do livro reúne diversos momentos. Todos eles são marcados por uma grande delicadeza de concepção e, principalmente, por um olhar diferenciado sobre o mundo. […] Lúcia recolhe do chão restos do cotidiano e os leva para cartões pintados com lápis de cera. Consuelo lida com essas imagens na perspectiva de quem trabalha o som e a palavra […] Seus poemas não são simples leituras das criações de Lúcia, mas agregam a interpretação lírica que cada combinação evoca. A surpresa se faz constante pelo sentimento de que o ato de trabalhar com o verbo tem uma magia própria.”
Em 1982 ganhou o prêmio “Cantora Revelação” do “Festival de MPB do Sudoeste Mineiro”. Por essa época, participou, em Ouro Preto, do Coral da Universidade Federal, do Bloco do Caixão e ainda de grupos folclóricos.
No ano de 1995 apresentou-se em Madri, no Eurocentro, escola de idiomas para estrangeiros.
Em 1998 lançou o CD “Samba, seresta & baião”. No disco interpretou “Anabela”, de Mário Gil e Paulo César Pinheiro, e ainda “Portela na avenida” (Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro), “Folia” (Lourenço Baeta e Xico Chaves) e “Na pancada do ganzá”, de autoria de Antônio Nóbrega e Wilson Freire. O disco também incluiu clássicos como “Lua branca” (Chiquinha Gonzaga e João Batista Gonzaga), “Azulão” (Jaime Ovalle e Manuel Bandeira) e “Lenço branco”, de autoria de Ataulfo Alves. Também apareceu como compositora na faixa “Fitas” e na adaptação de “Riacho de areia”, música retirada do canto dos canoeiros do Vale do Jequitinhonha.
Em 2000 o disco foi relançado pela gravadora Dabliú Discos.
Participou de diversos discos de outros artistas, entre eles, o do cantor, compositor e violonista Elson Fernandes, no qual assinou o roteiro e interpretou “O ciúme”, de Caetano Veloso.
No ano de 2002 lançou o CD “Tambor & flor”, disco no qual interpretou “Pedaço de Deus” (c/ Kleber Quintão), “Moro na roça” e “Cacuriás”, ambas adaptação de sua autoria e ainda “Samba, seresta e baião” (c/ Cássia Maria), “Rouxinol – Tema de Teotônio” (Waldemar Henrique e João de Jesus Paes Loureiro), “Rainha – Tema da cachoeira” (Consuelo de Paula), “Maria Del Carmen” (c/ Elson Fernandes), “Deusa da lua” (Domínio Público), “De flor em flor” (c/ Mário Gil), “Cinco estrelas” (Domínio Público) e “Dança do milharal” em parceria com Cássia Maria.
Sobre ela escreveu o crítico Luciano Ribeiro, do Jornal do Brasil:
“A voz doce e de belo timbre de Consuelo de Paula é perfeita para as canções reunidas neste seu segundo álbum. O ingênuo samba “Moro na roça”, “Lera chorou” e “Deusa da lua” são ótimas descobertas desta cantora mineira que sabe, como poucas, valorizar pérolas do cancioneiro brasileiro”.
No ano de 2004 lançou o CD “Dança das rosas”, no qual compôs todas as músicas, destacando-se “Artesanato”, “Pássaro encantado”, “Rosa e amarela”, “Flor futura”, “Retina”, “Curativo”, “Dança para um poema”, “Canto de guerra” e “Estrada de água”, todas em parceria com Rubens Nogueira. No disco, com produção musical e arranjos de Mário Gil, também interpretou “Sete trovas” e “Os terços do samba”, ambas em parcerias da cantora com Rubens Nogueira e Etel Frota.
No ano de 2008 foi lançada, apenas para o mercado japonês, a coletânea “Patchwork”, compilando algumas faixas de seus três primeiros CDs. Três anos depois, em 2011, gravou o primeiro DVD da carreira. Intitulado “Negra”, o trabalho foi gravado em espetáculo ao vivo no Teatro Polytheama de Jundiaí, com acompanhamentos do músicos Danta Ozzetti (violão e arranjos), Zeca Assumpção (contrabaixo acústico), Heloísa Fernandes (piano), Sérgio Reze (bateria), Ari Colares (percussão), Fábio Tagliaferri (viola de arco) e Zezinho Pitoco (clarinete), além de Elias Andreatto na direção cênica. No DVD interpretou várias composições inéditas de sua autoria, entre as quais “O sereno e o sabiá”, além de outras em parcerias, entre elas “Estandarte”, “Vestido vermelho”, “Presença”, “Reencontro”, “Vida”, “Pedra coral”, “Oito pontas” e “Ciranda de anoitecer”, todas em parceria com o violonista Rubens Nogueira; “Bem-me-quer” (c/ Rubens Nogueira e Luiz Salgado), “Visita” (c/ Dante Ozzetti), “Água doce no mar” (c/ Socorro Lira), “Fitas” (c/ Luiz Gonzaga de Paula), “Pássaro lunar” (c/ Luiz Salgado) e “Canção rendada”, em parceria com Vicente Barreto. Também foram incluídas suas intepretações para “Caicó” (D.P com adaptação de Dante Ozzeti), “Folia” (Lourenço Baeta e Xico Chaves) e “Piedra y camino”, do argentino Atahulpa Yupanqui.
No ano de 2012 lançou o CD “Casa”, com 12 composições em parceira com o violonista Rubens Nogueira: “Convite”, “Marinheiro”, “Desafio”, “Notícias”, “Estrela”, “Réquiem”, “Fé”, “Navegações”, “Azul”, “Destino”, “Espera” e “Borboleta. O disco foi lançado em uma série de shows nos quais a cantora foi acompanhada pela Orquestra À Base de Cordas, no Teatro da Reitoria, na Praça XV de Novembro, em Curitiba, no Estado do Paraná, com arranjos de Chico Saraiva, Weber Lopes, Luiz Ribeiro, João Egashira, entre outros. Fez show de lançamento do CD na Sala Baden Powell, em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro.
Em 2014 lançou o disco “Tempo e o branco”, com obras baseadas no universo poético de Cecília Meireles. Exceto as faixas “Timbre” e Sincera”, todas as outras composições incluídas no disco foram compostas em parceria com o violonista Rubens Nogueira, sendo elas “Revoada”, “À flor do arco-íris”, “O meu lugar”, “Entre desertos”, “Entre o céu e a terra”, “Arte”, “Outro lugar”, “Luzia”, “Cecílias e dálias”, “Testamento” e “Asa ritmada”. O trabalho contou com as participações de Toninho Ferragutti arranjos e acordeon) e Neymar Dias (arranjos, viola caipira e violão). O CD foi inspirado livremente pela artista no universo ceciliano (Cecília Meireles).
Em 2015 fez o show “O Tempo E O Branco” no Auditório Ibirapuera, em São Paulo.
No ano de 2019 lançou o CD “Maryákoré” (independente com distribuição da Tratore), com as composiçõs autorais “Ventoyá” (c/ Déa Trancoso), “Andamento”, “Chamamento”, “Separação”, “Caminho de Volta”, “Arvoredo”, “Movimentos do Amor”, “Remando Contra a Maré” (c/ Rafael Altério) e “Saudação”, além da faixa-título “Maryákoré”. O disco contou com a própria Consuelo de Paula na direção artística, produção musical, arranjos, voz, violão e percussão, além de Carlinhos Ferreira (percussão) e Guilherme Ribeiro (piano). O título pode ser entendido como uma nova assinatura de Consuelo de Paula: maryá (Maria é o primeiro nome de Consuelo), koré (flecha na língua paresi-haliti, família Aruak), oré (nós em tupi-guarani), yakoré (nome próprio africano).
Sobre o disco escreveu o jornalista Julinho Bittencourt – A Tribuna e Revista Fórum:
“Uma viagem sem limites, a que a cantora nos convida e desafia, antes de nos perdermos de vez.”
Como cantora, já se apresentou no maior teatro da América Latina – Gran Rex, Buenos Aires – e seu trabalho foi destaque na capa do “Guia Brasilian Music” (publicado no Japão por Massato Asso) que elegeu os 100 melhores álbuns da música brasileira. Como compositora, já foi gravada por Maria Bethânia (Sete Trovas, no CD Encanteria e DVD Amor, Festa e Devoção) e Alaíde Costa (Bem-me-quer, no CD Porcelana – Alaíde Costa e Gonzaga Leal). Também foi gravada por vários artistas da nova geração.
Participou de importantes CDs e DVDs, tais como “Senhor Brasil” (cantando em dupla com Rolando Boldrin); “Prata da Casa” (Coletânea do Sesc SP); “Divas do Brasil” (Disco de Prata em Portugal que reuniu Elis Regina, Maria Bethânia, Céline Imbert, Bebel Gilberto, Zizi Possi, entre outras); “Cachaça Fina”’ (Spirit of Brazil – Coletânea).
Assinou a o roteiro do CD “Velho Chico – Uma Viagem Musical”, de Elson Fernandes, no qual interpretou a composição “O Ciúme” (Caetano Veloso).
Entre os projetos que participou destacam-se “Projeto Pixinguinha” (Funarte); “Elas em Cena”, com Cátia de França e Déa Trancoso; “Canta Inezita” (show e CD); “Livro ‘Retratos da Música Brasileira”’ (Pierre Yves Refalo sobre os 50 anos da TV Cultura e 14 anos do programa Sr. Brasil, comandado por Rolando Boldrin.
Ao longo de sua trajetória, participou de diversos programas: Ensaio (direção Fernando Faro, TV Cultura), Sr. Brasil (de Rolando Boldrin), Talentos (Giovani Souza), A Voz Popular (Luís Antônio Giron), TV Câmara de Brasília, TV Brasil e DiscoTeca (de Teca Lima – Rádio Cultura Brasil), Letra e Música (de Pascoale Cipro Neto), Contacto Brasil (Rádio Jazz – Venezuela), Club Brasil (Juan Trasmonte – Buenos Aires). Já fez shows no Theatro Municipal de São Paulo, Auditório Ibirapuera, Itaú Cultural, CCBB São Paulo (ao lado de Rolando Boldrin, Chico Pinheiro e Heródoto Barbeiro) e Brasília (com artistas da Ilha da Madeira e do Timor Leste), unidades do Sesc SP.
Fez shows por várias cidades do Brasil, entre as quais Curitiba, Fortaleza, Recife, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Velho, Rio Branco, Manaus, Palmas, Cuiabá, Campo Grande e Goiânia.
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. A Letra & a Poesia na Música Popular Brasileira: Semelhanças & Diferenças. Rio de Janeiro: EAS Editora, 2019.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.
CAMPOS, Conceição. A letra brasileira de Paulo César Pinheiro: uma jornada musical. Rio de Janeiro: Editora Casa da Palavra, 2009.
SILVA, Vandeí Pinto da; MILLER, Stela; MENDONÇA, Sueli Guadelupe de Lima. MARX, Gramsci e Vigotski – Aproximações. São Paulo: Editora Junqueira & Marin, 2013.
“Voz das mais consistentes da música brasileira contemporânea”, Mauro Dias, O Estado de São Paulo.
“Consuelo de Paula: uma das mais belas vozes brasileiras”, Luís Nassif, Folha de São Paulo.
“Consuelo de Paula produziu três discos sublimes, artista de muito talento: quem ainda não ouviu, não sabe o que está perdendo, e quem conhece, não esquecerá jamais”, Jáder Rezende, Jornal Hoje em Dia.
“Mineira radicada em São Paulo, Consuelo de Paula vem construindo uma carreira das mais consistentes e respeitáveis. Dona de voz delicada, agradável e afinada, pauta-se pela beleza e harmonia. Dança das rosas é primoroso.”, Lauro Lisboa Garcia, O Estado de São Paulo.
“Em dança das rosas predomina a voz poética de Consuelo de Paula”, Giron, Revista Época.
“Sua voz, de tão cristalina, doce e suave, lembra pingos de orvalho afagando a flor em néctar numa alvorada de primavera”, José Alexandre Saraiva, Gazeta do Povo.
“Coração latino-americano”, Carlota Cafiero, Correio Popular.
“É uma artista de sucesso e referência. O lançamento de tambor e flor, um grande acontecimento, reafirma a integridade artística da grande intérprete e dá mais um passo em direção à excelência”, Mauro Dias, O Estado de São Paulo.
“Consuelo de Paula confirma talento em seu tambor e flor… Um disco que surge, desde já, como um dos melhores do ano”, Kiko Ferreira, O Estado de Minas.
“O título preciso simboliza o ritmo e a delicadeza que movem a arte desta cantora mineira de voz serena, canto emocionante e gosto apurado”, Lauro Garcia Lisboa, Revista Época.
“É pedra lapidada o segundo lançamento de Consuelo de Paula… O mais é a poesia e a delicadeza da moça de Minas”, Pedro Köhler, Revista Bravo.
“Álbum de uma cantora ímpar… Dá seqüência, de forma magnífica, ao primeiro ‘samba, seresta e baião’ “, Milton Luiz, O Tempo.
“Uma viagem sem limites, a que a cantora nos convida e desafia, antes de nos perdermos de vez”, Julinho Bittencourt, A Tribuna de Santos.
“A voz doce e de belo timbre de Consuelo de Paula é perfeita para as canções reunidas neste seu segundo álbum”, Luciano Ribeiro, Jornal do Brasil.
“Canções interpretadas de maneira delicada”, Maurício Kubrusly, Revista Chiques e Famosos.
“A cantora e compositora mineira lança seu segundo álbum, em que desfia interpretações de tom cândido e repertório recolhido de saberes populares”, Pedro Alexandre Sanches, Folha de São Paulo.
“Consuelo de Paula, ótima cantora, bom gosto na escolha do repertório, compositora talentosa que faz MPB de excelente qualidade”, Daniel Barbosa, O Tempo
“Um impressionante universo de riqueza melódica. Consuelo de Paula desenvolve um trabalho único”, Toninho Spessoto, Jornal Movimento
“Estrela das mais cintilantes na constelação de cantoras contemporâneas. O conceito de excelência em seus trabalhos, coloca Consuelo num lugar privilegiado dentro da história da música brasileira. O Brasil merece Consuelo de Paula!” Sérgio Fogaça, Página da Música.
“Falar de Consuelo de Paula é falar da essência da música em total plenitude”, Zarife Fadul, Jornal do Sudoeste.
“…Como uma chuva caindo no chão de terra e exalando a memória do tempo, do vento, o cheiro de Deus”, Eduardo Dias, Correio Paulista
“Consuelo de Paula, cantora e compositora, produziu sozinha um dos mais bonitos discos de toda história da música brasileira: samba,seresta e baião”, Tárik de Souza e Mauro Dias, Revista Vogue.
“Voz incomum e repertório bem escolhido”, Pedro Köhler, Revista Bravo
“Consuelo de Paula faz leitura popular”, Sylvia Colombo, Folha de São Paulo.
“Consuelo de Paula leva ao palco cultura popular do país”, Janaína Rocha, O Estado de São Paulo.
“A voz afinada de Consuelo de Paula”, Adriana Giachini, Correio Popular
“Consuelo expõe com clareza a consciência do seu canto”, Keulhy Vianney, Folha da Manhã
“Uma mineira com sotaque universal, voz suave e elegante repertório”, Rodrigo Browne, Gazeta do Povo.
“A suavidade da voz vinda de Minas”, Zeca Corrêa Leite, Folha do Paraná.
“Uma verdadeira revelação”, Carlos Calado, Folha de São Paulo.
“A nova voz das Geraes”, Lena Frias, Jornal do Brasil.
“Consuelo de Paula é a melhor e mais recente novidade produzida pela MPB”, Revista Isto É Gente, Aluízio Falcão.