
Violonista. Executante de cavaquinho. Bandolinista. Compositor.
Nasceu no Rio de Janeiro, filho do professor de violão e autor de um método para instrumentos de cordas, João Pereira. Começou a tocar cavaquinho com quatro anos e, antes de aprender a ler, já tinha aulas de bandolim com seu pai. Ainda menino, já organizava conjuntos, com os colegas do curso primário, a fim de animar festinhas. Dedicou-se mais tarde ao violão, instrumento no qual se especializou. Faleceu no Rio de Janeiro, aos 72 anos.
Com apenas 11 anos, participou de um festival promovido pelo Istituto Nacional de Música. Tocou, a seguir, no espetáculo “Reisados e cheganças”, promovido pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, então Distrito Federal, apresentado no Teatro Lírico. Compôs a primeira música, o solo para violão “Variações sobre cateretê”, em 1929. Em 1930, passou a integrar a Orquestra de Napoleão Tavares. Em 1932, passou a integrar a Orquestra de Ioiô na qual permaneceu por oito anos. Em 1933, lançou seu primeiro disco, pela Victor, interpretando a dança “Jongo africano” e a valsa “Áurea”, de sua autoria, ambas para violão solo.
Em 1936, gravou ao violão “variações sobre cateretê”, de sua autoria. Em 1937, teve o samba canção “Tua partida”, parceria com Mário Morais gravada por Francisco Alves na Victor.
Em 1941, criou seu próprio conjunto com o qual passou a atuar. Em 1944, acompanhou no violão elétrico a cantora Dircinha Batista e o cantor Déo na gravação da valsa “Continuas em meu coração” e Déo no choro “Cochichando”, pela Continental. Em 1945, gravou na Continental o choro “Edinho no choro”, de sua autoria. Em 1951, acompanhou com seu conjunto na Todamérica o sanfoneiro gaúcho Pedro Raimundo na gravação da valsa “Pingo mulato”, do baião “Oriental”, da polca “Fafarronada” e do choro “Mágoas de sanfona”, da rancheira “Baú velho”e do corrido “Corre, corre, meu cavalo”, todas de Pedro Raimundo.
Em 1953, gravou na Continental o baião “Conversa fiada” e o bolero “Serenata havaiana”, ambos de sua autoria. No mesmo ano, gravou com seu conjunto o bolero “Garoa” e o dobrado “Borba gato”, os dois de sua autoria.
Em 1959, gravou na Todamérica o bolero “Noite sem rumo”, de sua autoria.
Trabalhou, ainda, como solista e diretor de orquestras e conjuntos regionais, em várias emissoras de rádio e televisão cariocas: Rádio Nacional, Rádio Mayrink Veiga, TV Tupi, TV Excelsior e TV Globo.
(Com seu conjunto)
AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.
MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.