Zé Carlos Bigorna

Aos 14 anos de idade, formou sua primeira banda, com a qual se apresentava em bailes, cantando e tocando saxofone. 

Mudou-se  para o Rio de Janeiro aos 20 anos, quando ganhou uma bolsa de estudo na Orquestra Sinfônica Brasileira, tendo tido aulas de flauta com Norton Morozowicz. Nessa época, apresentou-se na noite carioca e teve aulas com Paulo Moura. 

Em 1977, formou o grupo Sambachoro, juntamente com Betinho Maciel (violão), Mestre Zé Paulo (bandolim e cavaquinho), Romildo Cardoso e Tibério César (contrabaixo), Carlinhos Miranda (pandeiro) e Tião Cruz (bateria). No ano seguinte, em 1978, integrando o grupo Sambachoro gravou o LP “Sambachoro”, lançado pelo Selo Musiquim, com produção de Guy Joseph. No disco foram interpretadas as faixas “Pimpolho” (José Paulo Miranda), “Carinhoso” (Pixinguinha e João de Barrro), “Linda flor” (Henrique Vogler e Luiz Peixoto), “Doce de coco” (Jacob do Bandolim), “Urubu malandro” (Lorival Carvalho e João de Barro), “Segura ele” (Pixinguinha), “Lamento” (Pixinguinha e Vinicius de Moraes), “Chiquita” (Waldir Azevedo), “Thaís” (Betinho Maciel) e “Brasileirinho”, de Waldir Azevedo.

No ano de 1999 o disco “Sambachoro” foi lançado em CD pela gravadora Visom Digital. No ano seguinte, em 2000, participou do “Festival Cuba Disco” e da gravação disco “Street Angels”, interpretando, ao lado do baterista Fernando Moraes, a composição “Porangaba”, de autoria de ambos. A faixa recebeu destaque na “Muzik”, revista inglesa especializada. Neste mesmo, integrando o grupo Sambachoro, gravou o CD “Alma carioca”. No ano posterior, em 2001, atuou no “Rock in Rio”, com saxofonista da banda Barão Vermelho. 

Em 2002, participou da gravação do “Acústico Jorge Benjor”, lançado em CD e DVD. Nesse mesmo ano, passou a apresentar-se semanalmente na Livraria Modern Sound, em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro.

No ano de 2016, integrando (com Ronaldo do Bandolim, Bebeto Castilho Jovi Joviniano e Fernando Coelho) o grupo Gente Fina e Outras Coisas, lançou o CD homônimo com as faixas “Amphibius” (Moacir Santos), “Cochichando” (Pixinguinha), “Samba e amor” (Chico Buarque), “Martinica” (c/ Fernando Moraes), “Tristeza de nós dois” (Bebeto Castilho, Durval Ferreira e Maurício Einhorn), “Na gafieira do Moura” (Rodrigo Lessa), “Porangaba” (c/ Fernando Moraes), “Sonoroso” K-Ximbinho), “Noiva da cidade” (Francis Hime e Chico Buarque), “Rala coxa” (Rodrigo Lessa), “Último desejo” (Noel Rosa) e “O bem e o mal”, de Nélson Cavaquinnho e Guilherme de Brito.

Ao longo de sua carreira, atuou em gravações com diversos artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Roberto Carlos, João Bosco, Luiz Melodia, Djavan, Ney Matogrosso, João Donato, Jorge Benjor, Egberto Gismonti, Marina, Alcione, Antonio Adolfo, Cássia Eller, Moraes Moreira, Seu Jorge, Pingarilho, Dom Um Romão e Marcio Faraco, entre outros. 

Integrou a banda de Hermeto Pascoal durante quatro anos e acompanhou Edu Lobo, Gilberto Gil e Gal Costa em turnês nacionais e internacionais.

Atuou com Luizão Maia e com o grupo Azymuth.

Apresentou-se em várias edições do “Free Jazz Festival”, ao lado de João Donato, Antonio Adolfo, Robertinho Silva e Moacir Santos. 

Trabalhou também, quase dez anos, como músico acompanhante da banda Barão Vermelho em shows pelo Brasil e exterior.