Cantor. Compositor. Instrumentista (cavaquinista).
Começou a tocar cavaquinho aos cinco anos de idade e piano clássico aos sete.
Seu primeiro cavaco lhe foi dado de presente pelo porteiro do prédio onde morava, em Vila Isabel.
Seus pais, Anita e João Nobre, sambistas, fizeram com que convivesse desde pequeno com nomes expressivos do samba: Beth Carvalho, Zeca Pagodinho, Jorge Aragão, Nelson Cavaquinho, Nei Lopes, entre outros, que freqüentavam os pagodes que os pais organizavam (em parceria com Bira Presidente – Do grupo Fundo de Quintal) na Vila da Penha, em meados da década de 1970.
Estudou teoria musical com o professor Joaquim Nagler (falecido, contemporâneo e parceiro de Noel Rosa). Estudou cavaquinho com Henrique Cazes e participou de suas oficinas de chorinho.
Cursou a Faculdade de Direito até o quinto período, deixando os estudos para dedicar-se à carreira musical. Sua irmã, Lucinha Nobre, é porta-bandeira da Mocidade Independente de Padre Miguel.
Casou-se com a dançarina Adriana Bombom, com quem teve uma filha, Olívia Nobre.
Ainda pequeno, participou de escolas de samba mirins, começando na Alegria da Passarela, pela qual sagrou-se campeão com um samba em parceria com Beto Sem Braço. Passou ainda pelas escolas Império do Futuro, Aprendizes do Salgueiro, Herdeiros da Vila e Estrelinha da Mocidade, como compositor e puxador mirim.
Trabalhou como cavaquinista nas bandas de Dicró, Pedrinho da Flor e Almir Guineto. Também foi cavaquinista de Zeca Pagodinho durante seis anos, com quem excursionou pelo Brasil e exterior.
Em 1999 lançou-se em carreira solo com o CD “Dudu Nobre”, que incluiu as músicas “No mexe mexe, no bole bole” (Dudu Nobre), “Feliz da vida” (Dudu Nobre e Nei Lopes), “Xodó de mãe” (Martinho da Vila e Tião Motorista), “São José de Madureira” (Zeca Pagodinho e Beto Sem Braço), entre outras.
No ano 2000, ao lado de outros artistas como Luiz Melodia, Beth Carvalho e Armandinho, participou do show em homenagem a Darci do Jongo, no Ballroom, no Rio de Janeiro. Neste mesmo ano, a convite de Rildo Hora, participou do disco “Casa de samba 4”, no qual interpretou juntamente com João Bosco “Kid Cavaquinho” (João Bosco e Aldir Blanc).
No ano de 2001, lançou pela gravadora BMG o disco “Moleque Dudu”. No CD, produzido por Rildo Hora, interpretou sua primeira parceria com Aldir Blanc, “Blitz funk”, e ainda “Bom pra nós dois” (c/ Zeca Pagodinho), “Quero um cafuné” (c/ Nei Lopes), “O meu amor quer sambar” (c/ Arlindo Cruz), “O pagode pegou fogo” (c/ Moisés Santiago) e “Juremeiro” e “Encantado”, ambas em parceria com Roque Ferreira. Ainda neste disco, regravou “Pro amor render” , “Orai por nós” e um tema musical de seriado da década de 1970 “A grande família”, de Tom e Dito.
Nos festejos do reveillon de 2001, atuou no principal palco montado na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, quando seu show individual foi aclamado por uma multidão de mais de 20 mil pessoas, tornando-se o maior sucesso na festa do ano novo.
Em 2002 lançou odisco “Chegue mais”, produzido por Rildo Hora, no qual interpretou várias composições de sua autoria, entre elas “Amor pra me aquecer”, “A chave do seu coração”, “Xô, fofoca” e ainda, de autoria de Silas de Oliveira e J. Ilarindo “Meu drama”, que contou com a participação da Velha-Guarda do Império Serrano. Ainda neste disco, regravou “Papagaio” de Almir Guineto, Beto Sem Braço e Luverci Ernesto, gravada em 1986, com grande sucesso, por Carlos Sapato. Também foram incluídas “O samba me chama”, “Velho ditado” (c/ Luizinho SP) e “Amor pra me aquecer”, com a participação especial de Ubirany e Bira Presidente, ambos do grupo Fundo de Quintal. Nesse mesmo ano participou, ao lado de outros artistas, do disco “Os melhores do ano III”, no qual, em dueto com Zeca Pagodinho interpretou “Faixa amarela” de autoria de Zeca Pagodinho, Jessé Pai, Luiz Carlos e Beto Gago.
Em 2004 lançou o primeiro CD e DVD ao vivo, gravado em show no Canecão, no qual recebeu diversos convidados, entre eles Velha-Guarda do Império Serrano em “Aquarela brasileira”, Lenine, MV Bill, Zeca Pagodinho, Martinho da Vila, Péricles, Revelação, Fundo de Quintal em “Papagaio” e Gabriel, O Pensador e “Posso até me apaixonar”. Entre as faixas do CD destacam-se “Vou botar teu nome na macumba” (c/ Zeca Pagodinho), “Água da minha sede” (c/ Roque Ferreira), “Tempo de Don Don” (Nei Lopes), “Posso até me apaixonar” (c/ Zeca Pagodinho), “Aquarela brasileira” (Silas de Oliveira), “Papagaio” (Beto Sem Braço, Luvercy Ernesto e Almir Guineto), “A família aumentou” (c/ Arlindo Cruz), “Goiabada cascão” (Wilson Moreira e Nei Lopes) e “Feliz da vida” (c/ Nei Lopes). Neste mesmo ano interpretou “Minerva assanhada” (Noca da Portela, Roberto Medronho, Riko Doriléo e Flávio Oliveira) no CD “Samba, saúde & simpatia”, de Noca da Portela e Roberto Medronho. Fez o fechamento do projeto “Meio dia em ponto”, Talk-show comandado por Ricardo Cravo Albin no teatro João Teotônio, no centro do Rio de Janeiro. Ainda em 2004, no disco “Daqui, dali e de lá”, o grupo Toque de prima gravou de sua autoria “Pra parar de chover” (c/ Luizinho SP).
No ano de 2005 Zeca Pagodinho interpretou “Quem é ela”, parceria de ambos, no CD “À vera”. Neste mesmo ano lançou o CD “Festa em meu coração”, produzido por Rildo Hora, no qual regravou “Pintura sem arte” (Candeia), “Gosto que me enrosco” (Pixinguinha e Gastão Vianna) e “Pega eu”, antigo sucesso de Bezerra da Silva, a quem o disco é dedicado. No disco também foram incluídas composições de sua autoria, entre elas “Pra amenizar teu coração” (c/ Sombrinha), “Pega geral” (c/ Nei Lopes), “Namora normalmente” e “Pra parar de uma vez é difícil”, ambas em parceria com Luizinho SP e ainda a faixa-título “Festa em meu coração”, em parceria com Roque Ferreira.
Em 2007 lançou, pelo selo Universal Music, o CD “Os mais belos sambas enredo de todos os tempos”, no qual gravou “Batucada 01” (Dudu Nobre), “É hoje” (União da Ilha, 1982 – Didi e Mestrinho), “Peguei um Ita no Norte” (Salgueiro, 1993 – Demá Chagas, Arizão, Bala, Guaracy e Celso Trindade), “Auqarela brasileira” (Silas de Oliveira), “Liberdade! Liberdade! Abra as asas sobre nós” (Imperatriz Leopoldinense, 1989 – Niltinho Tristeza, Preto Jóia, Vicentinho e Jurandir), “Sonhar não custa nada! Ou quase nada…” (Mocidade Independente – 1992 – Paulinho Mocidade, Dico da Viola e Moleque Silveira), “Kizomba, festa da raça” (Unidos de Vila Isabel, 1988 – Rodolpho, Jonas e Luiz Carlos da Vila), “Bum bum paticumbum, prugurundum” (Império Serrano, 1982 – Beto Sem Braço e Aluísio Machado), “O amanhã” (União da Ilha, 1978 – João Sergio), “Lendas e mistérios da Amazônia” (Portela, 1970 – Catoni, Jabolô e Valtenir), “Menininha do Gantois” (Mocidade Independente, 1976 – Toco e Djalma Cril), “Os Sertões” (Em cima da Hora, 1976 – Edeor de Paula), “100 anos de liberdade, realidade ou ilusão” (Mangueira, 1988 – Hélio Turco, Jurandir da Mangueira e Alvinho) e “Batucada 02” (Dudu Nobre).
Em 2008 lançou o DVD (18 faixas) e o CD (21 faixas) “Dudu Nobre – Roda de Samba ao vivo” no qual contou com as participações especiais de Martinho da Vila, Zeca Pagodinho, Nei Lopes, Almir Guineto e Roberta Sá. No trabalho foram incluídos sucessos da carreira, tais como “No tempo do Don Don” (com participação de Nei Lopes), “Vou botar teu nome na macumba”, “Posso até me apaixonar”, “Velho ditado”, “É preciso muito amor”, “Sinhá, Sinhá”, “Gamação”, “Peixeiro granfino” e “Quem é ela”, com participação de Roberta Sá. Ainda em 2008 a Som Livre lançou a coletânea “Essencial Dudu Nobre”, com seus maiores sucessos como “Tempo de Don-don” (Nei Lopes), “A grande família” (Tom da Bahia e Dito), “No mexe mexe, no bole bole” (Dudu Nobre), entre outros.
Em 2010 participou da gravação do CD “Disney Adventures in Samba”, no qual interpretou a faixa “Somente o necessário” (The bare necessities). Produzido por Alceu Maia e lançado pelo selo Walt Disney Records, o disco contou com a participação de vários artistas brasileiros interpretando temas de filmes e desenhos da Disney no ritmo do samba.
Participou do Circuito Cultural do Sesi, apresentando-se em vários municípios do estado do Rio de Janeiro, com a turnê de shows “Roda de samba ao vivo”.
Em 2011 lançou, pela Universal Music, o CD “O samba aqui já esquentou”. O disco, produzido em parceria com Rildo Hora, contou com músicas inéditas como “Quer saber da minha vida? Vai na macumba” (Nei Lopes), “Não demora pra abalar” (Dudu Nobre e Pretinho da Serrinha), “O samba aqui já esquentou” (Dudu Nobre, Fred Camacho e André Rosa), “Que gostoso” (Dudu Nobre e Luizinho SP), “Cem por cento você” (Dudu Nobre e Chiquinho dos Santos), “É ela” (Lú Cardoso e Rildo Hora), “Amor eu tenho pra te dar” (Dudu Nobre, Claudemir e Fernando Magarça), “Senhor, me proteja, por favor” (Dudu Nobre), e com as regravações de “Coisa de Amante” (Adilson Bispo e Zé Roberto), “Pra que vou recordar o que chorei? (Carlos Dafé) e “Cordas de Aço” (Cartola). Nesse mesmo ano a música “Quer saber da minha vida, vai na macumba” (Dudu Nobre) entrou para a trilha do CD de sambas da novela “Insensato Coração”, da Rede Globo.
Participou da gravação do “Samba Book – João Nogueira”, lançado em CD, DVD e Blu Ray pela Musickeria em 2012, no qual interpretou as faixas “Amor de fato” (João Nogueira e Cláudio Jorge) e “Clube do samba”.
Em 2013 participou do “Viradão Carioca”, evento que promoveu shows simultâneos em diversas regiões do Rio de Janeiro. Na ocasião, apresentou-se no palco montado no Aeroclube de Nova Iguaçu (RJ). Nesse mesmo ano lançou o CD de inéditas “Ainda é cedo”, com as faixas “Centelha”, “Voo de paz”, “As 40 DPs”, “Festa de rosa”, “Favo de mel”, “Chama a rapaziada”, entre outras.
O samba enredo “Pernambucópolis”, de sua autoria com Jefinho Rodrigues, Marquinho Índio, Jorginho Medeiros, Gabriel Teixeira e Diego Nicolau, foi o escolhido pela escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel para o carnaval de 2014.
Em 2014 lançou, pelo selo Radar Records, o CD/ DVD ao vivo “Os mais belos sambas-enredo de todos os tempos”, gravado na Cidade do Samba, no Rio de Janeiro no final de 2012. O disco incluiu 24 sambas-enredo dos anos de 1964 a 1993 e contou com a participação de Arlindo Cruz em “Kizomba, a festa da raça” (Unidos de Vila Isabl, 1988), Monarco e Zeca Pagodinho em “Cantos de Areia” (Portela, 1984) e “Ilu Ayê” (Portela, 1972), Seu Jorge em “E eles verão a Deus” (Unidos da Ponte, 1983), Velha Guarda do Império Serrano em “Bumbum paticumbum prugurundum” (Império Serrano, 1982), Neguinho da Beija-Flor em “Sonhar com o rei dá leão” (Beija-Flor, 1976) e “A grande constelação das estrelas negras” (Beija-Flor, 1983). Integrou o elenco fixo do show da turnê do “Prêmio da Música Brasileira”, que estreou no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e passou pelos estados do Maranhão, Minas Gerais, Pará, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul. O show foi roteirizado por José Maurício Machiline com consultoria de Beth Carvalho. Participou do “Sambabook Zeca Pagodinho”, lançado nos formatos CD duplo, DVD e blu-ray pelo selo Zeca PagoDiscos/ Universal Music, em 2014. Na ocasião, interpretou “SPC” (Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho). Participou da turnê especial da 25ª edição do “Prêmio da Música Brasileira”, em homenagem ao gênero samba. O registro do show, realizado no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, foi lançado em CD e DVD pelo selo Universal Music.
Apresentou-se no palco Santa Clara, montado na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, para as comemorações do Réveillon de 2016, estando no comando do palco logo após a grandiosa queima de fogos. Foi um dos compositores do samba enredo “Semeando sorriso, a Tijuca festeja o solo sagrado”, cantado pela G.R.E.S. Unidos da Tijuca durante o desfile no carnaval de 2016.
Em 2017 lançou o EP instrumental “Cavaco de Natal”, em que tocou seu cavaquinho solo nas faixas “A paz” (João Donato e Gilberto Gil), “Ave Maria”(Charles Gounod), “Boas festas” (Assis Valente), “Jingle bells” (James Pierpont), “Noite feliz”(Franz Gruber e Joseph Mohr), “O velhinho”(Otávio Babo Filho) e “Pra não ser triste”. No ano seguinte lançou a versão “deluxe” do EP.
Em 2019 lançou o CD instrumental “O cavaco foi pra pista”, em que convidou os DJs Henrique Camacho, Negralha e Marlboro para participarem das regravações de chorinhos clássicos como “Doce de coco” e “Noites cariocas”.
Em 2020 foi um dos compositores do samba enredo “Onde Moram os Sonhos”, da escola de samba Unidos da Tijuca.
Em 2022 lançou o CD “Sambas de exaltação RJ”, com 15 sambas extra-oficiais de escolas de samba do Rio de Janeiro (RJ), Niterói (RJ) e da Baixada Fluminense (RJ).
(vários artistas)
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(participação)
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ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.