Cantora. Instrumentista. Compositora.
O pai Clélio, conhecido como “A voz de veludo”, era cantor e violonista e fazia pequenos shows com o grupo Trinhandu. Junto com as irmãs Clélia e Cilene estudou piano e teoria musical. O avô materno era regente de orquestra e tocava tuba.
Aos 16 anos começou a aprender violão. Dois anos depois entrou para a Fundação de Educação Artística, em Belo Horizonte, onde estudou violão clássico, canto e Disign Gráfico. Por essa época já trabalhava na noite cantando e tocando em bares de Belo Horizonte. Trabalhou também com jingles e backing-vocal para amigos, pequenos shows e eventos.
Transferiu-se para a cidade de Itajubá, também em Minas Gerais, onde também fez aulas de dança, teatro e inglês, montando o primeiro show de carreira “30 músicas que você não ouve no rádio”.
No ano de 1994 apresentou-se no carnaval de Salvador. No ano seguinte mudou-se para São Paulo.
Em 1996 venceu o “Festival de Avaré” com a composição “Dindinha”, de autoria de Zeca Baleiro.
Em 1999 apresentou-se no projeto “Prata da Casa”, do Sesc Pompéia.
No ano 2000, produzida por Zeca Baleiro, lançou o primeiro CD “Dindinha”, no qual incluiu composições de Itamar Assumpção, Sinhô, Josias Sobrinho, Chico César e Zeca Baleiro, autor da faixa-título “Dindinha”. A faixa foi muito executada em várias emissoras de rádio de todo o país. Ainda nesse disco, prestou homenagem à dupla Pena Branca e Xavantinho.
Participou de vários programas de televisão em São Paulo, entre eles “Viola, minha viola”, de Inezita Barroso e a abertura do especial de Zeca Baleiro para o programa “Bem Brasil”, da TV Cultura.
Em 2001 voltou a se apresentar no projeto “Prata da Casa”, do Sesc Pompéia. O show contou com a participação especial da compositora e cantora Suely Mesquita.
Em 2003, tendo como padrinho André Abujamra, participou ao lado de Rubi, do “Projeto Novo Canto” (com direção artística de Sergio Natureza), apresentando-se no Teatro do Sesc de Copacabana, no Rio de Janeiro. Lançou o segundo CD “Sempre viva”, no qual interpretou “Joelmir Betting, a canção” (Kléber Albuquerque), “Seu olhar” (Luiz Tati e Arnaldo Antunes) e ainda composições de Zeca Baleiro, Chico César, além de composições de sua autoria como “Avesso” (c/ Alice Ruiz) e parcerias com Zeca Baleiro e Chico César.
Em 2004 fez o lançamento do disco “Sempre viva” no Conjunto Cultural da Caixa Econômica Federal, no Rio de Janeiro. Apresentou-se também em Londres, entre outras cidades européias e ainda no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília.
Em 2005 lançou o CD “Achou!” com o parceiro Dante Ozzetti pela gravadora MCD.
Em 2006 começou a preparar sua mudança para os Países Baixos. Neste período conheceu o músico holandês Ben Mendes, e ao seu lado produziu o CD autoral “Meu Nome” ao vivo, lançado em 2009 na cidade de São Paulo.
Em 2010, na Holanda, lançou o CD “Live in Amsterdam”.
Em 2014 lançou o CD “Silencia” revelando momentos de reflexão e descobertas pessoais e espirituais. O CD também foi gravado ao vivo, só que desta vez em estúdio, produzido pelo cellista francês Vincent Ségal.
Em 2016 retornou ao Brasil realizando shows e projetos variados em formato de trio, ao lado de Lui Coimbra (violoncelo, voz e violões) e Paulo Freire (viola e voz). Na ocasião homenageou Inezita Barroso. Posteriormente este projeto culminou do lançamento do CD “Viola Perfumosa” pelo Selo Circus, com um repertório dedicado ao universo caipira e sertanejo do Brasil.
Em 2017 ao lado da orquestra holandesa Ricciotti Enssemble realizou apresentações de rua na cidade de Niterói e no bairro carioca do Arpoador.
Em 2018 integrou o projeto Sonora Brasil em apresentações pelo Brasil ao lado das cantoras Cátia de França e Dea Trancoso.
Em 2019 celebrou 20 anos de carreira apresentando-se pelo Brasil com o projeto “Viola Perfumosa”, ao lado dos músicos Lui Coimbra e Paulo Freire. O espetáculo foi uma homenagem ao Brasil “profundo” em que músicas como “Luar do Sertão” (Catulo da Paixão Cearense) e “Índia” (José Fortuna) foram recompostas com referências camerísticas da viola caipira, violoncelo e rabeca. No mesmo ano lançou o CD “Espiral”, com diversas parcerias, dentre elas “Tres Mazás” (c Uxía), “Espiral da Ilusão” (c Criolo e Josyara), “Tô aqui” (c Sergio Perequê), “Todas as vidas do mundo” (c PC Silva), “O sal dos seus olhos” (c Nelson Ayres). O lançamento do CD ocorreu na cidade de São Paulo.
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.
NATUREZA, Sergio. Revista Música Brasileira nº 27. Rio de Janeiro: Editora Myrrha Comunicação & Design, 2000.