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Nome Artístico
Vadeco
Nome verdadeiro
Oswaldo de Moraes Eboli
Data de nascimento
5/1/1912
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Data de morte
23/12/2002
Local de morte
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Foi um dos organizadores do Bando da Lua, ainda nos tempos de estudante. Em 1932, atuou pela primeira vez no exterior, contratado pela Rádio Belgrano, de Buenos Aires. De 1933 a 1938, o Bando da Lua  voltou a atuar várias vezes  em rádios, boates e teatros, no Uruguai, no Chile e na Argentina, sendo que, neste último país, apresentou-se em várias cidades. No Chile, em 1937, contando com a intermediação de nosso Embaixador no país andino, Mauricio Nabuco, o Bando da Lua foi recebido no Palácio de La Moneda pelo Presidente da República, Arturo Alessandro, em recepção que contou com a presença do Corpo Diplomático em Santiago. O Bando da Lua se exibiu com um show típico de Música Popular Brasileira. Em 1939, por delegação do Departamento de Imprensa e Propaganda, representou nosso país na Feira Internacional de Nova  York, exibindo-se  todas as noites no Pavilhão do Brasil, como atração. Ainda com o Bando da Lua, o pioneiro de nossos conjuntos vocais – instrumentais, com Carmen Miranda fez vários filmes nos estúdios da Fox-Filmes em Hollywood. Atuou  na Broadway e nas maiores cidades dos Estados Unidos e no Canadá, até mesmo nas revistas “Streets of Paris” e “Sons of Fun”, além de trabalhar nos mais famosos e elegantes night clubs de Nova York e de outras cidades norte-americanas. A revista Streets of Paris estreou na Broadway, em 16 de junho de 1939, constituindo-se no maior êxito do show-business americano em todos os tempos. Atuou também, pelo Bando da Lua, com as irmãs Carmen e Aurora Miranda em Buenos Aires, onde se apresentou, por duas semanas, em um  show realizado no Cine-Teatro Monumental. Na primeira semana encerrava o show dançando com Carmen Miranda e, na segunda, com Aurora Miranda. Atuou, como ator, na Columbia Broadcasting System e, como colaborador, na National Broadcasting Company, nos Estados Unidos.
Em 1937 foi comissionado pelo Ministro Oswaldo Aranha para estudar o intercâmbio cultural, artístico e radiofônico entre o Brasil e o Chile. Foi recebido, com o Bando da Lua, por diversos presidentes da República. Entre eles o dos Estados Unidos, da Argentina e do Chile. Produziu e dirigiu, com Geraldo Cavalcante, o programa “Cine Síntese”, na Rádio Tupi. Em 1951, fez sua primeira gravação solo registrando na gravadora Star o samba “Mascarada”, de Maugéri Neto, Maugéri Sobrinho e Hubaldo Silva. No mesmo ano, gravou no selo Carnaval a marcha “Maestro borocochô”, de J. Piedade e Liz Monteiro e a batucada “Vai querê”, de Osvaldo frança e Risadinha. Em 1952, foi Diretor de Broadcasting da Rádio Jornal do Brasil. Em 1953, gravou na Copacabana os sambas “Como padeço”, de Osvaldo França e Nilo Silva e “Chorando”, de Georgino Agrangel. Em seguida, gravou a valsa “Prometi”, de Verane e Mauro Pires e o samba “Caiçara”, de Amaral Novaes. Em agosto de 1954, foi nomeado pelo então Presidente Getúlio Vargas para Diretor Geral da Fundação Rádio Mauá, voltando  a assumir o cargo em 1964 e por coincidência, nos mesmos dia e mês, nomeado pelo Presidente da República Marechal Castelo Branco. Em 1956, gravou na RGE o fox-trot “O banjo voltou”, versão de Júlio Nagib e o “Xote resfriado”, de Edson Borges. No mesmo ano, participou do LP “Robledo e seu Conjunto de Boite”, lançado pelo pianista Robledo e seu conjunto, no qual interpretou os sambas “Saudosa Maloca”, de Adoniran Barbosa, ”        Samba do Arnesto”, de Adoniran Barbosa e Alocin., ”        Pois É”, de Ataulfo Alves, e ”        Obsessão”, de  Mirabeau e Milton de Oliveira.
Em 1957, particpou da coletânea “Os favoritos da TV” da gravadora RGE interpretando a música “O banjo voltou”. Ingressou na televisão, em 1959, produzindo e dirigindo para a TV RIO, Canal 13, o programa Tevelândia Garson.  
Em 1965,  recebeu a Medalha do Quarto Centenário do Rio de Janeiro,  tendo sido considerado o melhor diretor de rádio do ano. Em 1970,  recebeu também pelos serviços prestados ao rádio e TV o troféu Os Melhores de Sempre, concedido pelos Governos dos Estados da Guanabara e do Rio de Janeiro, numa festa realizada no Estádio Caio Martins, em Niterói. Descobriu e lançou vários talentos no rádio, na televisão e no cinema. Foi um dos primeiros colaboradores da Atlântica Cinematográfica. Colaborou em diversas produções do cinema nacional e foi diretor de produção de vários filmes estrangeiros, havendo atuado nos cinemas mexicano e argentino. Fez parte dos júris de inúmeros festivais de cinema e do concurso Rainha do Carnaval, em 1980. Atuou como único ator brasileiro numa produção japonesa, rodada no Rio de Janeiro por uma equipe de técnicos e artistas vindos especialmente do Japão. Por ser o cineasta mais antigo presente ao festival e ainda pela colaboração prestada ao cinema brasileiro, foi agraciado com o troféu Dedo de Deus pela segunda vez. Em 1972, iniciou-se como produtor cinematográfico, ao lado do diretor Victor Lima, com quem constituiu a empresa Victor-Eboli Produções Cinematográficas Ltda., tendo realizado filmes de longa-metragem, o primeiro dos quais, “Ali Babá e os 40 Ladrões”, estrelado pela dupla de cômicos Renato Aragão e Dedé Santana, além de “Costinha, o Libertino”, “Ladrão de Bagdá” e “O magnífico”, este último em co-produção com a Embrafilme e direção de Victor Lima. Realizou, também como produtor, vários documentários para o Governo.
Atuou no teatro. Convidado pela então Primeira-Dama do país, Darcy Vargas, viveu o principal personagem da peça de José Wanderley, “Compra-se um Marido” (estreada por Procópio Ferreira, no Teatro Serrador), numa noite de gala, beneficente, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Ainda no Teatro Municipal, atuou em vários espetáculos como ator e como integrante do Bando da Lua, sob a direção do diretor e ator Olavo de Barros, entre eles, “Juju e Balangandans” e “Parada das Maravilhas”, promovidos por iniciativa de senhoras da alta sociedade, sempre com fins filantrópicos, espetáculos esses que, à época, se tornaram famosos. O Bando da Lua, na verdade, era sempre convidado para participar desses espetáculos. Pertenceu ao elenco do Teatro do Estudante do Brasil, representando no Rio, em Minas Gerais e em São Paulo, ao lado de astros consagrados, como Mário Brasini, Graça Melo, Paulo Fortes, Milton Carneiro, Wanda Lacerda, Alberto Peres e outros.

Dados artísticos

Foi um dos organizadores do Bando da Lua, ainda nos tempos de estudante. Em 1932, atuou pela primeira vez no exterior, contratado pela Rádio Belgrano, de Buenos Aires. De 1933 a 1938, o Bando da Lua voltou a atuar várias vezes em rádios, boates e teatros, no Uruguai, no Chile e na Argentina, sendo que, neste último país, apresentou-se em várias cidades. No Chile, em 1937, contando com a intermediação de nosso Embaixador no país andino, Mauricio Nabuco, o Bando da Lua foi recebido no Palácio de La Moneda pelo Presidente da República, Arturo Alessandro, em recepção que contou com a presença do Corpo Diplomático em Santiago. O Bando da Lua se exibiu com um show típico de Música Popular Brasileira. Em 1939, por delegação do Departamento de Imprensa e Propaganda, representou nosso país na Feira Internacional de Nova York, exibindo-se todas as noites no Pavilhão do Brasil, como atração. Ainda com o Bando da Lua, o pioneiro de nossos conjuntos vocais – instrumentais, com Carmen Miranda fez vários filmes nos estúdios da Fox-Filmes em Hollywood. Atuou na Broadway e nas maiores cidades dos Estados Unidos e no Canadá, até mesmo nas revistas “Streets of Paris” e “Sons of Fun”, além de trabalhar nos mais famosos e elegantes night clubs de Nova York e de outras cidades norte-americanas. A revista Streets of Paris estreou na Broadway, em 16 de junho de 1939, constituindo-se no maior êxito do show-business americano em todos os tempos. Atuou também, pelo Bando da Lua, com as irmãs Carmen e Aurora Miranda em Buenos Aires, onde se apresentou, por duas semanas, em um show realizado no Cine-Teatro Monumental. Na primeira semana encerrava o show dançando com Carmen Miranda e, na segunda, com Aurora Miranda. Atuou, como ator, na Columbia Broadcasting System e, como colaborador, na National Broadcasting Company, nos Estados Unidos.

Em 1937 foi comissionado pelo Ministro Oswaldo Aranha para estudar o intercâmbio cultural, artístico e radiofônico entre o Brasil e o Chile. Foi recebido, com o Bando da Lua, por diversos presidentes da República. Entre eles o dos Estados Unidos, da Argentina e do Chile. Produziu e dirigiu, com Geraldo Cavalcante, o programa “Cine Síntese”, na Rádio Tupi. Em 1951, fez sua primeira gravação solo registrando na gravadora Star o samba “Mascarada”, de Maugéri Neto, Maugéri Sobrinho e Hubaldo Silva. No mesmo ano, gravou no selo Carnaval a marcha “Maestro borocochô”, de J. Piedade e Liz Monteiro e a batucada “Vai querê”, de Osvaldo frança e Risadinha. Em 1952, foi Diretor de Broadcasting da Rádio Jornal do Brasil. Em 1953, gravou na Copacabana os sambas “Como padeço”, de Osvaldo França e Nilo Silva e “Chorando”, de Georgino Agrangel. Em seguida, gravou a valsa “Prometi”, de Verane e Mauro Pires e o samba “Caiçara”, de Amaral Novaes. Em agosto de 1954, foi nomeado pelo então Presidente Getúlio Vargas para Diretor Geral da Fundação Rádio Mauá, voltando a assumir o cargo em 1964 e por coincidência, nos mesmos dia e mês, nomeado pelo Presidente da República Marechal Castelo Branco. Em 1956, gravou na RGE o fox-trot “O banjo voltou”, versão de Júlio Nagib e o “Xote resfriado”, de Edson Borges. Ingressou na televisão, em 1959, produzindo e dirigindo para a TV RIO, Canal 13, o programa Tevelândia Garson.

Em 1965, recebeu a Medalha do Quarto Centenário do Rio de Janeiro, tendo sido considerado o melhor diretor de rádio do ano. Em 1970, recebeu também pelos serviços prestados ao rádio e TV o troféu Os Melhores de Sempre, concedido pelos Governos dos Estados da Guanabara e do Rio de Janeiro, numa festa realizada no Estádio Caio Martins, em Niterói. Descobriu e lançou vários talentos no rádio, na televisão e no cinema. Foi um dos primeiros colaboradores da Atlântica Cinematográfica. Colaborou em diversas produções do cinema nacional e foi diretor de produção de vários filmes estrangeiros, havendo atuado nos cinemas mexicano e argentino. Fez parte dos júris de inúmeros festivais de cinema e do concurso Rainha do Carnaval, em 1980. Atuou como único ator brasileiro numa produção japonesa, rodada no Rio de Janeiro por uma equipe de técnicos e artistas vindos especialmente do Japão. Por ser o cineasta mais antigo presente ao festival e ainda pela colaboração prestada ao cinema brasileiro, foi agraciado com o troféu Dedo de Deus pela segunda vez. Em 1972, iniciou-se como produtor cinematográfico, ao lado do diretor Victor Lima, com quem constituiu a empresa Victor-Eboli Produções Cinematográficas Ltda., tendo realizado filmes de longa-metragem, o primeiro dos quais, “Ali Babá e os 40 Ladrões”, estrelado pela dupla de cômicos Renato Aragão e Dedé Santana, além de “Costinha, o Libertino”, “Ladrão de Bagdá” e “O magnífico”, este último em co-produção com a Embrafilme e direção de Victor Lima. Realizou, também como produtor, vários documentários para o Governo.

Atuou no teatro. Convidado pela então Primeira-Dama do país, Darcy Vargas, viveu o principal personagem da peça de José Wanderley, “Compra-se um Marido” (estreada por Procópio Ferreira, no Teatro Serrador), numa noite de gala, beneficente, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Ainda no Teatro Municipal, atuou em vários espetáculos como ator e como integrante do Bando da Lua, sob a direção do diretor e ator Olavo de Barros, entre eles, “Juju e Balangandans” e “Parada das Maravilhas”, promovidos por iniciativa de senhoras da alta sociedade, sempre com fins filantrópicos, espetáculos esses que, à época, se tornaram famosos. O Bando da Lua, na verdade, era sempre convidado para participar desses espetáculos. Pertenceu ao elenco do Teatro do Estudante do Brasil, representando no Rio, em Minas Gerais e em São Paulo, ao lado de astros consagrados, como Mário Brasini, Graça Melo, Paulo Fortes, Milton Carneiro, Wanda Lacerda, Alberto Peres e outros.

Discografias
1956 RGE 78 O banjo voltou/Xote resfriado
1953 Copacabana 78 Como padeço/Chorando
1953 Copacabana 78 Prometi (Tu voulais)/Caiçara
1951 Carnaval 78 Maestro borocochô/Vai querê?
1951 Star 78 Mascarada
Bibliografia Crítica

AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.