
Compositor.
Profissional de Comunicação trabalhou em diversas agências de publicidade como desenhista entre 1953 e 1985, quando se aposentou.
Seu nome Sideral deve-se ao fato de ser estudioso do fenômeno OVNI (objetos voadores não identificados).
Faleceu no primeiro dia do carnaval do ano de 2003.
Iniciou sua carreira musical na escola de samba Caprichosos de Pilares, sendo vencedor com o samba-enredo de sua autoria em parceria com Dico “O Brasil através de suas músicas”. A Escola desfilou com este samba-enredo classificando-se em 11º lugar no do Grupo 2. No ano seguinte, ganhou o primeiro lugar na Imperatriz Leopoldinense com o samba “Bahia em festa”, em parceria com Bidi.
A Imperatriz classificou-se em 2º lugar do Grupo 2 com este samba-enredo.
Neste mesmo ano de 1968, a Caprichosos de Pilares desfilou com o samba-enredo “Brasil em plena primavera” (c/ Maurício Cirne e Tijolo), no qual obtve o 13º lugar do Grupo 2.
No ano de 1969, compôs, em parceria com Mathias de Freitas, o samba “Brasil, flor amorosa de três raças”, que ganhou o primeiro lugar na Imperatriz Leopoldinense, sendo muito elogiado por Pixinguinha, que fazia parte do júri. No desfile deste ano, a Escola classificou-se em 8º lugar do Grupo 1 e a composição foi lançado pela gravadora Columbia neste mesmo ano.
O Bloco Carnavalesco Canário das Laranjeiras desfilou com o samba “Barraco, barroco”, composto em parceria com Carlinhos do Cavaco sobre enredo do João Felício dos Santos.
No ano de 1970, em parceria com Mathias de Freitas, compôs “Oropa, França e Bahia”, homenagem à Semana de Arte Moderna de 1922, com o qual a Imperatriz Leopoldinense se classificou em 6º lugar do Grupo 1.
Compôs e classificou “Ganga Zumba” (c/ Carlinhos do Cavaco), sobre o enredo e livro de João Felício dos Santos, que tornou tetracampeão o Bloco Carnavalesco de Enredo Canários das Laranjeiras, para o carnaval de 1970, lançado em LP pela Som Livre.
Em 1971, com Darcy da Mangueira, compôs “Modernos bandeirantes”, enredo em homenagem à Força Aérea Brasileira, com o qual a Mangueira desfilou classificando-se em 4º lugar do Grupo 1.
Em 1973, a marcha-rancho “Meu último carnaval” foi gravada na Continental por Carlos Nobre, com o coro de As Gatas, ganhando o primeiro lugar no desfile com o Rancho “Os Parasitas de Ramos”. Ainda em 1973, o samba “De Santos Dumont ao infinito” foi o venccedor do Concurso “Centenário de Santos Dumont”, sendo gravado na Tapecar pelo Trio Nagô, que também interpretou “O Brasil é feito por nós” (c/ Amaruy Jório).
No ano de 1974, outro samba seu foi gravado pelo Trio Nagô: “Eu, ela e a Portela”, na mesma gravadora.
Em 1985, compôs em parceria com Amaurizão, Doutor e Veni o samba-enredo “Adolã – cidade mistério”, sobre o enredo de João Felício dos Santos com o qual a Imperatriz Leopoldinense se classificou em 7º lugar do Grupo 1A no desfile deste ano.
Compôs com o ator Grande Otelo dez sambas ainda inéditos. As letras desses sambas foram publicadas no livro de poesias “Grande Otelo”.
No ano de 1993, o partido-alto “Sem batismo e sem Deus” foi gravado por Neguinho da Beija-Flor, pela Odeon.
No “IV Encontro Nacional do Compositor de Samba”, realizado na Portela, inscreveu “Sinfonia das estrelas”, parceria sua com Nei Lopes, que foi interpretada e gravada pelo Trio Nagô, na PolyGram.
No ano de 1999 sua composição “Brasil, ano 2000 – 500 anos de amor e devoção” foi gravada por Veni e o Grupo Chamego Carioca.
Em 2002 finalizou seu livro de memórias “Meninos eu vi”.
ARAÚJO, Hiram. Carnaval – Seis milênios de história. Rio de Janeiro: Editora Gryphus, 2000.