Cantor. Compositor. Percussionista. Pandeirista.
Filho de Domingos Félix do Nascimento e sobrinho de criação de Gastão Vianna e de Honório Guarda (pandeirista), ambos da velha-guarda. O pai, boêmio nascido e criado no bairro do Estácio, levava os filhos para as rodas de samba, das quais participavam Pixinguinha, João da Baiana e Donga.
Sua mãe, a Dona Conceição, foi pupila de Mãe Menininha do Gantois, e foi quem plantou os preceitos do Cacique de Ramos sob a tamarineira.
Aprendeu a tocar pandeiro com Honório Guarda. Mais tarde, conviveu com Aniceto do Império e outros que influenciaram a sua forma de tocar percussão.
Em 20 de janeiro de 1961, juntamente com seus irmãos Ubirany e Ubiracy e ainda com Walter Tesourinho, Jelsereno, Alomar, Jorginho, Chiquita (Mãe-de-Santo, falecida), Mauro (família Oliveira) e integrantes da família Espírito Santo, Conceição e Aymoré, fundou o Bloco Carnavalesco Cacique de Ramos, no subúrbio carioca de Ramos, do qual é presidente vitalício. Ainda na década de 1960, convidado por Ricardo Cravo Albin, então presidente do MIS (Museu da Imagem e do Som), participou do simpósio sobre carnaval, ao lado de Fernando Pamplona, Sérgio Cabral e Albino Pinheiro.
Foi servidor público na administração pública federal e também na do Estado do Rio de Janeiro, exonerando-se do cargo para dedicar-se à carreira artística.
Em 1975, juntamente com João e Anita (pais de Dudu Nobre), fundou, no subúrbio carioca da Vila da Penha, o primeiro bar com pagode de mesa, que viria a ser copiado por outras casas noturnas. Nessa época, na sede do Bloco Carnavalesco Cacique de Ramos, criou o Pagode da Tamarineira. Deste encontro de amigos que se destacaram e começaram a gravar, surgiu o grupo Fundo de Quintal, do qual foi fundador e participa ativamente como músico, cantor e compositor. Além de artistas como Jorge Aragão e Almir Guineto (da primeira formação do grupo), constam Zeca Pagodinho, Marquinhos Satã, Carlos Sapato, Luiz Carlos da Vila, Jovelina Pérola Negra, Pedrinho da Flor, entre muitos outros que vieram a ser sucesso nacional.
No ano de 2013 a roteirista e cineasta Adriana Falcão deu início às pesquisas para o longa-metragem “O Patuá Tamarindo”, documentário sobre a vida e a obra de Bira Presidente, com previsão para lançamento em 2014.
Assumidamente vaidoso, tinha um quarto só para suas roupas confeccionadas por um único alfaiate.
Como pandeirista, acompanhou vários artistas da MPB, entre eles Nara Leão, Beth Carvalho, Paulinho da Viola, Dona Ivone Lara, Alcione e Paulo Moura. Com este último, participou de um festival de jazz na Alemanha. Trabalhou em shows e estúdios com Emílio Santiago, Jorge Aragão, Zeca Pagodinho, Gonzaguinha e grupos novos como Katinguelê, Belo, Soweto, Kiloucura e Dudu Nobre.
Em 1980, gravou o primeiro disco do grupo Fundo de Quintal, o primeiro de uma longa série, com o qual vem se apresentando por mais de 20 anos em turnês nacionais e internacionais.
No ano 2000, como participante do grupo Fundo de Quintal, lançou pela gravadora BMG o primeiro disco ao vivo. No CD “Simplicidade”, o grupo fez uma retrospectiva de sua carreira, interpretando vários de seus sucessos. Neste mesmo ano, a gravadora RGE relançou em CD todos os LPs editados anteriormente. Ainda neste ano, participou do CD “Os Melhores do Ano II”, pela Indie Records, no qual o grupo interpretou “Romance dos astros” (Luiz Carlos da Vila, Cléber Augusto e Jorge Carioca), em dueto com a madrinha do grupo Beth Carvalho.
Em 2001, pela gravadora BMG e com produção de Rildo Hora, o grupo lançou o disco “Papo de samba”. Neste CD, o 21º da carreira, foram incluídas músicas de participantes do grupo, assim como outras de compositores importantes, como Monarco: “Peregrinação” (c/ Mauro Diniz).
No ano de 2002, foi tema do Grêmio Recreativo e Bloco Carnavalesco Tupiniquim da Penha Circular, que desfilou com o samba-enredo “Bira Presidente, um astro de primeira grandeza” de autoria de Ariel Matias, Júlio da Magé, Paulo Matias e Paulinho da Bento. Ainda em 2002, como integrante do grupo, lançou o CD “Fundo de Quintal – Cacique de Ramos”. Gravado ao vivo na quadra do Bloco Carnavalesco Cacique de Ramos. O CD, produzido por Rildo Hora, contou com várias participações especiais: Almir Guinéto, Sombrinha, Arlindo Cruz e Jorge Aragão (ex-integrantes), Zeca Pagodinho e Beth Carvalho. Neste mesmo ano o grupo participou do disco “Jorge Aragão ao vivo convida”, lançado pela gravadora Indie Records. Neste mesmo ano, Belo, no disco “Valeu esperar”, interpretou de sua autoria “O samba me chama”, parceria com Ubirany. Ainda em 2002, ao lado de Ubirany e Dudu Nobre interpretou “Amor pra me aquecer”, no disco “Chegue mais”, de Dudu Nobre, sendo também incluída neste mesmo CD “O samba me chama”.
(com o grupo Fundo de Quintal)
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(com o grupo Fundo de Quintal)
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(com o grupo Fundo de Quintal)
(com o grupo Fundo de Quintal)
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.