
Bandolinista. Compositor. Arranjador.
Iniciou-se musicalmente através do pai, Raul Dodsworth Machado, cientista e músico violonista que promovia saraus de choro em sua casa no bairro de Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro..
Formou-se em Jornalismo.
Começou a aprender a tocar bandolim no instrumento que pertenceu a sua tia-avó.
Estudou com Elpídio Faria.
Fundador do conjunto de choro Galo Preto e da Orquestra de Cordas Brasileiras. Professor de música e autor do “Método do bandolim brasileiro”, editado em 1986, um trabalho pioneiro no gênero, que condensa toda a técnica do bandolim tocado no Brasil. Coordenou diversas oficinas de choro realizadas no Rio de Janeiro (Rioarte) e em São Paulo (Sesc), além de realizar workshops de música brasileira na França, na Suíça e em Portugal.
Foi um dos fundadores da Orquestra de Cordas Brasileira e Quarteto Sueco.
No ano de 2003 o livro “Método do bandolim brasileiro” foi reeditado pela Edições Vitale e em 2005 pela Editora Lumiar.
No ano de 2006 lançou “Na cadência do choro”, livro sobre o gênero publicado pela Editora Novas Direções.
Acompanhou em shows e gravações de compositores e intérpretes como Cartola, Radamés Gnattali, Elton Medeiros, Chiquinho do Acordeon, Nelson Cavaquinho, Raphael Rabello e Hermeto Pascoal.
Atuou como solista de concertos para bandolim com diversas orquestras brasileiras, como Sinfônica de Campinas, Sinfônica de São Paulo, Orquestra da Rádio MEC e Sinfônica Brasileira.
Em 1975, fundou o grupo Galo Preto, com o qual viajou por várias cidades brasileiras e excursionou por diversos países. No ano seguinte, fez temporada de shows com Bororó e com o compositor Claudionor Cruz.
No ano de 1977, participou da gravação do único disco do grupo Os Carioquinhas, composto por Raphael Rabello, Luciana Rabello, Celso Silva e Maurício Carrilho. No ano seguinte, gravou pela RCA o primeiro LP do conjunto Galo Preto. Neste mesmo ano, fez temporada de shows com Cartola.
Em 1979, fez apresentações em vários teatros como solista do “Concerto de Vivaldi para bandolim”.
Gravou, em 1981, com o Galo Preto, o segundo disco.
No ano de 1983, acompanhou vários artistas em shows: Guilherme de Brito, Délcio Carvalho, Nelson Sargento, Monarco, Mauro Duarte, Cristina Buarque, Nei Lopes, Noca da Portela, Carlinhos Vergueiro, Zé Kéti, Billy Blanco, Ademilde Fonseca, Luiz Carlos da Vila, Jorge Aragão e Francisco Mário, entre outros.
Em 1986, com o conjunto Galo Preto, apresentou-se na cidade de Guadalajara, no México. No ano seguinte, criou a Orquestra de Cordas Brasileiras. Ainda neste mesmo ano, fazendo parte do grupo, apresentou-se ao lado de Elton Medeiros, no Teatro João Teotônio, no Rio de Janeiro.
Em 1990, gravou pela Kuarup o primeiro disco da Orquestra de Cordas Brasileiras, “Retratos”, com as participações de Chiquinho do Acordeon e de Raphael Rabello. Um ano depois, fez turnê com Elton Medeiros e Galo Preto pelas cidades de Estocolmo, Uppsalla e Orebro, na Suécia. Neste mesmo ano, foi indicado para dois “Prêmios Sharp” com o disco da Orquestra de Cordas Brasileiras.
Em 1992, com o grupo Galo Preto gravou pela Leblon Records o CD “Bem-te-vi”. No ano seguinte, apresentou-se no Centro Cultural Banco do Brasil com a Orquestra de Cordas Brasileiras, juntamente com Carlos Malta e Paulo Moura.
Em 1994, ainda com o grupo Galo Preto, gravou o CD “Só Paulinho da Viola”, também pela gravadora Leblon Records. No ano seguinte, gravou pela gravadora Tom Brasil o CD “Orquestra de Cordas Brasileiras e Wagner Tiso”. Neste mesmo ano, fez show com Elza Soares e Galo Preto no Sesc Pompéia, em São Paulo.
No ano de 1996, participou da gravação do CD “50 Anos – Aldir Blanc”, na faixa “50 anos” (Cristóvão Bastos e Aldir Blanc), e do show homônimo no Canecão. Neste mesmo ano, apresentou-se com o violonista Bartholomeu Wiese em Portugal, no Centro Cultural Belém, em Lisboa, e no Ateneo de Madrid, na Espanha. Ainda neste ano, ao lado do grupo Galo Preto, desenvolveu uma Oficina de Choro no Sesc Pompéia, em São Paulo.
Em 1999, gravou com o conjunto Galo Preto, Nelson Sargento e Elton Medeiros o CD “Só Cartola”, pela Rob Digital. Ainda neste ano, ao lado do violonista Bartholomeu Wiese, apresentou-se novamente no Ateneo de Madrid, na Espanha.
No ano 2000, participou como músico e diretor musical do show “Nelson Cavaquinho – 90 anos”, com Elton Medeiros e Nelson Sargento no Centro Cultural Banco do Brasil, que contou com roteiro e direção de Ricardo Cravo Albin. No mês de fevereiro, festejou os 25 anos de carreira do conjunto Galo Preto em show no Teatro do Sesc de Copacabana. Participou, ao lado do conjunto Galo Preto, da trilha sonora e de cenas do filme “O Homem nu”.
A partir de 1996, desenvolveu, ao lado do violonista Bartholomeu Wiese, um duo de bandolim e violão, tendo a dupla apresentado-se na “Expo 98 em Portugal”, no Centro Cultural del Reloj, na Espanha, na Universidade Malmoe e Escola de Música de Estocolmo, na Suécia. A dupla apresentou-se também no Centro Cultural Loriol, na França, e no Teatro Savoy, na Finlândia.
No ano de 2001, ao lado de Egberto Gismonti, Guinga, Turíbio Santos, Grupo Galo Preto, Maria Haro e mais 18 grandes instrumentistas, participou do CD de Nicanor Teixeira, lançado pela gravadora Rob Digital. Neste mesmo ano de 2001, participou de importantes festivais de música na Polônia e na Suécia, sempre em duo com o violonista Bartholomeu Wiese. Produziu também, neste mesmo ano, com Soraya Ravenle, Nelson Sargento e Galo Preto, o CD “O Dono das calçadas” com obras de Nelson Cavaquinho.
No ano de 2002, na Suiça, gravou um CD com Bartholomeu Wiese e quarteto de cordas composto com músicos suecos. Apresentou, ainda com Bartholomeu Wiese, o show – Homenagem a Radamés Gnatalli, na Sala Baden Powell/Rio Arte, no Rio de Janeiro.
Em 2004, pela gravadora Rob Digital, lançou o CD “Bandolins do Brasil”. Das 14 composições de sua autoria que integram o disco destacam-se “Angenor” (c/ Elton Medeiros), “Aquela ilusão” (c/ Raphael Rabello), “A lua e o conhaque” (c/ Luiz Moura e Délcio Carvalho), “Cantiga de primavera” (c/ Paulo César Pinheiro) e “Samba gingado”, em parceria com Luiz Moura. O CD ainda contou com as participações de Guinga, Cristóvão Bastos, Zezé Gonzaga, Luiz Moura, Bartolomeu Wiese, Márcio Almeida, Alceu Maia, Jorge Simas, Alexandre de La Peña, Celsinho Silva, Eduardo Neves e do Conjunto Galo Preto.
Em 2006 lançou, com Jorge Roberto Martins o livro “Na cadência do choro”.
Em 2011 lançou o livro “Nelson Cavaquinho – Violão Carioca”.
No ano de 2012 lançou o CD “Que tal?”, em parceria com a cantora e compositora Clarisse Grova que interpretou composições de Afonso Machado em parcerias com Paulo César Pinheiro, Dora Vergueiro, Carlinhos Vergueiro e Luiz Moura (coautor em seis das 12 faixas, entre as quais, “Ares de atriz”). O disco teve show de lançamento no Centro Cultural Carioca, na Praça Tiradentes, no centro do Rio de Janeiro. Neste mesmo ano, de 2012, integrado por Afonso Machado (bandolim e arranjos), Alexandre Paiva (cavaquinho), Alexandre de la Peña (violão sete cordas), José Maria Braga (flauta), Tiago Machado (filho de Afonso, ao violão) e Diego Zangado (percussão) o grupo Galo Preto apresentou o espetáculo “Rio Jazz – Galo Preto”, no Centro Municipal de Referência da Música Carioca Artur da Távola, executando basicamente as composições do CD “Galo Preto – 30 anos”.
No ano de 2016, integrando o Galo Preto, comemorou os 41 anos de carreira do Galo Preto em show na Casa do Choro, na Rua da Carioca, centro do Rio de Janeiro. Na ocasião, integrado por Afonso Machado (bandolim), Tiago Machado (violão), José Maria Braga (flauta), Alexandre Paiva (cavaquinho), Diego Zangado (bateria) e João Faria (baixo), o grupo interpretou composições de seus vários discos, além de “Flor do mato”, composta por Tom Jobim em homenagem ao grupo.
Durante a carreira de bandolinista fez partipações especiais em discos de Maria Rita (Samba meu) e de Astor Piazzolla (The four seasons of Buenos Aires), entre outros.
(c/ Galo Preto, Elton Medeiros e Nelson Sargento)
(c/ Bartholomeu Wiese)
(c/ Galo Preto)
(c/ Galo Preto)
(c/ Orquestra de Cordas Brasileiras, Chiquinho do Acordeon e Raphael Rabello)
(c/ Galo Preto)
(c/ Galo Preto)
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
ALBIN, Ricardo Cravo. O Livro de Ouro da MPB. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações S.A., 2003.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.
CAMPOS, Conceição. A letra brasileira de Paulo César Pinheiro: uma jornada musical. Rio de Janeiro: Editora Casa da Palavra, 2009.
KOIDIN, Julie. Os Sorrisos do Choro – Uma jornada musical através de caminhos cruzados. São Paulo: Global Choro Music, 2011.