
Compositor. Cantor. Instrumentista. Produtor musical.
Irmão do baixista Gastão Villeroy.
Em 1970, mudou-se com sua família para Porto Alegre. Ingressou, em 1980, na Faculdade de Agronomia, abandonando mais tarde o curso para dedicar-se à carreira musical.
Em 1982, venceu o Festival Universitário Musipuc, com a canção “Êta moleque”. Dois anos depois, apresentou, em Porto Alegre, o show “Do outro lado da rua”. Participou, em 1985, do Festival dos Festivais (TV Globo). De 1987 a 1990, morou no Rio de Janeiro.
De volta a Porto Alegre, lançou, em 1991, o LP “Totonho Villeroy”, registrando suas composições “Keiko” (c/ Fernando Corona), “Odisséia”, “Los fantasmas”, “Don Vicenzo Loco” (c/ Gastão Villeroy), “Amazônicos”, “Telefoto UPI”, “Cândida” (c/ Chacal), “Janela do tempo”, “Lobo mudo” (c/ Paulo Seben) e “Quatro ventos”. O disco foi contemplado com o Prêmio Sharp, na categoria Revelação MPB, e com o Prêmio Açorianos, na categoria Melhor Disco do Ano.
Viajou em turnê de shows pela Europa em 1994, apresentando-se com Gelson Oliveira.
Em 1995, gravou o CD “Trânsito”, contendo suas canções “Ruas” e “Sinal dos tempos”, ambas com Bebeto Alves, “Tarde crua”, “Balada para Monk”, “La vague vá” (c/ Fernando Pezão), “Anjo do futuro”, “By Lord Byron”, “From ruins of a town” (c/ Fernando Paiva), “Tela de cinema”, “Poeta sem nome” e “Sem fim de palavras”. Por esse trabalho, recebeu mais uma vez o Prêmio Açorianos, na categoria Melhor Disco do Ano. Nesse mesmo ano, fez sua segunda turnê européia.
No ano seguinte, voltou à Europa para novas apresentações.
Em 1997, apresentou-se ao lado dos gaúchos Bebeto Alves, Nelson Coelho de Castro e Gelson Oliveira. O espetáculo foi contemplado com o Prêmio Açorianos, na categoria Melhor Show do Ano e gerou o disco “Juntos”, gravado ao vivo, que registrou a faixa “Pedra da memória”, parceria dos quatro artistas, e ainda suas composições “Depois da chuva” e “Sinal dos tempos”, ambas com Bebeto Alves, “Don Vicenzo loco” (c/ Gastão Villeroy) e “Janela do tempo”. O CD foi contemplado com o Prêmio Açorianos, nas categorias Melhor Disco do Ano e Melhor Disco de MPB. Ainda nesse ano, fez nova turnê de shows pela Europa.
Em 1999, suas canções “Garganta” e “Tô saindo” fizeram sucesso na voz de Ana Carolina.
Em 2000, participou do CD “Porto Alegre canta tangos”, ao lado de Bebeto Alves e Vítor Ramil. O disco foi lançado na Argentina, com show em Buenos Aires, que seguiu depois para Roma. Nesse mesmo ano, lançou o CD “Totonho Villeroy”, contendo suas composições “Gramado suplementar”, “Garganta”, “Tô saindo”, “Ela é bamba”, “Se toque” (c/ Zé Natálio), “Velas para todos os santos”, “No balanço do Bedeo” e “Clandestino”. Também em 2000, mudou-se para o Rio de Janeiro.
No ano seguinte, produziu, com Gastão Villeroy, o primeiro disco de Anthônio.
Em 2002, produziu o primeiro disco de Marisa Rotenberg. Nesse mesmo ano, apresentou-se no Theatro São Pedro, em Porto Alegre, ao lado da Orquestra de Câmara Theatro São Pedro. O espetáculo foi gravado ao vivo e gerou o CD “Totonho Villeroy & Orquestra de Câmara Theatro São Pedro – ao vivo”. No repertório, suas canções “Etnicpunklíngua”, “Sinal dos tempos” e “Una Loca Tempestad”, todas com Bebeto Alves, “Amores possíveis” (c/ João Nabuco), “Que se danem os nós” (c/ Ana Carolina), “Siamo Cosí” (c/ Daniela Procópio), “São Sebastião”, “O que eu já sei de cor”, “Poeta sem nome”, “É onde o seu lugar” e “Quero pegar”.
Lançou, em 2010, o CD “José”, com suas canções “Ouro” (c/ Nelson Coelho de Castro, Jorge Mautner e Bebeto Alves), “Aqui” (c/ Ana Carolina), “El Guion”, (c/ Don Grusin e Bebeto Alves), “Recomeço”, “Quem eu quero bem”, “A flor que eu te dei”, “Velas pra todos os Santos”, “E agora você” e “Gramado suplementar”, além de “Felicidade” (Lupicinio Rodrigues). O disco contou com a participação especial de Maria Gadú (em “Recomeço”) e de Teresa Cristina e Gabriel Grossi (em “A flor que eu te dei”).
Tem canções gravadas por Ana Carolina, Eliana Printes, Ivan Lins, Ednardo, Venerável Lama, Muni, Dora Vergueiro, Moska, Paula Lima, João Nabuco e Maria Bethânia.
Desde 1996, atua na produção do festival “Sud a Sul”, realizado no Sul da França.
Em 2014, lançou o CD Samboleria, com show no palco da Casa de Teatro, em Porto Alegre. Produzido pelo próprio músico e por Berna Ceppas, o disco contou com as músicas “Samboleria” (com participação de Dolores Solá), “Fast Folhinha”, “Ponto com e sem”, “Germinal do samba” (com participação de Mart´nália), “Te vês tan bien”, “Eureca”, “Uni duni tê” (com participação de João Donato), “Nostalgia Pasajera”, “El Guión” (com participação de Don Grusin), “Balanço do Bedeu”, “O peixe quer água” e as faixas-bônus “De corpo inteiro” e “Recomeço”.
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.