Compositor. Cantor. Instrumentista.
Filho de Ruy Barata, seu parceiro em muitas músicas.
Considerado um dos grandes nomes da música popular contemporânea da cidade de Belém.
Após ficar internado por 10 dias, faleceu no Hospital Porto Dias, em Belém. A notícia foi dada nas redes sociais pelo irmão Tito Barata, que postou a seguinte mensagem:
“Hoje, 25 de setembro, dia em que completou 77 anos, meu querido irmão Paulo André Barata partiu para o céu infinito. Foi músico e compositor paraense de quatro costados. Torcedor do Paysandu e do Fluminense. Amou os animais e cantou a Amazônia. Dedicou sua vida à criação artística e ao bem comum. Que Deus o proteja, conduza e o ampare em sua nova caminhada e morada.”
O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, também divulgou uma mensagem de pêsames:
“Um grande artista, um enorme intérprete dos nossos sentimentos, da nossa alma. Em nome da Prefeitura e de toda a cidade de Belém, lamento profundamente essa perda. Muito conforto aos familiares, fãs e amigos.”
O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura do Pará (Secult), divulgou mensagem lamentando a morte do compositor:
“A morte de Paulo André Barata é uma grande perda para a música brasileira e a cultura do Pará. A Secult se solidariza com amigos e familiares.”
Também o governador do Pará, Helder Barbalho, divulgou mensagens nas redes sociais lamentando a morte do compositor.
“Lamento profundamente a partida do cantor, compositor e instrumentista paraense Paulo André Barata que dedicou seu talento para cantar a Amazônia em verso e prosa, juntamente com seu saudoso pai, o poeta Ruy Barata. Paulo deixa um extraordinário legado para a cultura do nosso estado e para a música brasileira.”
Fafá de Belém divulgou mensagem homenageando o aniversário do compositor antes de saber da morte dele.
“Hoje é aniversário desse meu irmão e parceiro. Há quase 50 anos, nós trilhamos juntos essa caminhada para levar o Pará ao Brasil e ao mundo como arte, criação, como pensamento e música. Paulo André, meu querido amigo, a quem tenho imenso respeito e gratidão. A ele devo grandes sucessos da minha carreira. A ele devo inúmeros momentos inesquecíveis da minha vida. Paulo André e Ruy Barata são a essência da minha música. A ti, hoje e sempre, meu mano, te desejo saúde, luz, amor, paz e vida! Obrigada por tudo, seguimos juntos. Viva Paulo André!!”
Após saber do falecimento, a cantora postou a seguinte mensagem:
“Nada que eu fale ou escreva será do tamanho da minha dor. Recebo atordoada a notícia da partida de Paulo André Barata. Estou embarcando de volta ao Brasil, depois de uma semana em que conseguimos falar de Amazônia através dos olhos dos Amazônidas. Onde conseguimos – julgo, pela primeira vez, cantar a Amazônia por cantores, compositores, e a música do nosso Pará. Eu tô completamente atordoada, porque algumas pessoas nós nunca imaginamos que irão embora da nossa vida. Há quase 50 anos, junto com Paulo André e Ruy, nós abrimos clareiras, nós rompemos matagais descalços com o facão afiado da poesia de Ruy e a música de Paulo André. Juntos, nós recolocamos um estado chamado Pará na rota do Brasil.”
Teve as suas primeiras obras, “Indauê Tupã” e “Esse rio é minha rua”, parcerias com Ruy Barata, gravadas por Fafá de Belém em 1976 no LP “Tamba Tajá” que lançou a cantora nacionalmente. No ano seguinte, teve gravadas também por Fafá as músicas “Pauapixuna” e “Foi assim”, essa última, um dos maiores sucessos da carreira da cantora, em parcerias com Ruy Barata. Fafá de Belém gravou no Lp “Banho de cheiro”, em 1978, as canções “Carta noturna”, “Baiucas Bar” e “Banho de cheiro”, que deu nome ao disco, parcerias com Ruy Barata. Nesse ano lançou o LP “Nativo” gravado na Continetal. Fez sozinho a música “Mesa de bar” e com Ruy Barata, “Pacará”, gravados no LP Estrela radiante”, da cantora paraense. Em 1997, lançou o CD duplo “Uirapuru”, patrocinado pela Secretaria da Cultura do Estado do Pará e que contou com as participações especiais de Sérgio Ricardo, Jane Duboc, Lucinha Lins, Gilson Peranzzetta, Robertinho Silva e Maurício Einhorn, entre outros.
No ano de 2018 lançou o CD “Paulo André Barata”, com músicas próprias e de outros compositores. O disco contou com a participação de João Donato em “Nasci para bailar” (João Donato e Lysias Ênio). Foram também incluídas as músicas “Juruti-pepena”, “Boitatá”, “Bar da Condor”, ‘Boiuna”, “Canção mágica”, “Maranduera”, “Porto Caribe”, “Capelobo”, “Abismo”, e “Paraoara”.
Em 2023 lançou o álbum duplo “A música de Paulo André & Ruy Barata por grandes intérpretes da música brasileira”. O projeto, com 22 músicas, teve a direção de Tito Barata e produção musical de José Milton. Os arranjos foram de Cristóvão Bastos, Jacinto Kahwage, Luiz Pardal e Rildo Hora. Fafá de Belém, que lançou o compositor nacionalmente, cantou duas das músicas: “Porto Caribe” e “Tronco submerso”. O produtor do trabalho participou também como intérprete em “Urgente”. Também cantaram Arthur Espíndola (Pacará), Dona Onete (Este rio é minha rua), Jane Duboc (Nativo), Leila Pinheiro (Mesa de bar), Lia Sophia (Baiuca’s bar), Lucinnha Bastos (Enchente amazônica), Pinduca (Este rio é minha rua, com Dona Onete), Maria Rita (Foi assim), Mônica Salmaso(Pauapixuna), Áurea Martins (Bela fatal, parceria dos homenageados com Antônio Adolfo), Zé Renato (Amazonas, meu Rio), Joyce Moreno com Quarteto do Rio (Moldura antiga), Padre Fábio Mello (Litania), Zeca Pagodinho (Meu pajé – Samba pro Sting) e Jane Duboc com Vital Lima (Nativo).