João Palma

 Iniciou sua carreira profissional em 1960, como baterista do conjunto de Roberto Menescal. 

Em 1964, atuou na gravação do disco ao vivo de Maysa, lançado pela gravadora Elenco, e acompanhou Vinícius de Morais e Dorival Caymmi, que se apresentavam na casa noturna Zum Zum (RJ). Nessa ocasião, recebeu um convite do versionista americano Ray Gilbert para se apresentar no programa do cantor Andy Williams. 

No ano seguinte, mudou-se para os Estados Unidos, onde acompanhou Dorival Caymmi em turnê americana e passou a integrar o conjunto de Sérgio Mendes, com o qual gravou três discos. Logo depois, começou a trabalhar Liza Minnelli, Walter Wanderley, Astrud Gilberto e vários jazzistas. Em entrevista ao Jornal O Globo, em 2015, declarou sobre essa época: “Minha vida era dentro de estúdio, praticando, tocando, gravando. Tinha épocas de dormir duas horas por dia, saindo de uma boate para outra e acordando cedo para viajar no dia seguinte. Nos Estados Unidos me chamavam de “Sr. Butterfly”, porque eu vivia viajando.” 

Em 1966, quando fazia uma turnê americana integrando o grupo Sérgio Mendes e Brasil 66, que fazia o número de abertura dos shows de Frank Sinatra, foi convidado pelo cantor norte-americano para integrar o grupo que o acompanhava. Por seu intermédio, o percussionista Airton Moreira passou a integrar o grupo Stone Flower. Gravou com outro brasileiro radicado nos EUA, o organista Walter Wanderley, os LPs “Moon dreams” e “When it was done”. Atuou com Tom Jobim, nos discos “Tide”, “Stone Flower”, “Matita Perê” e “Urubu”. 

Gravou com vários artistas da música norte-americana e brasileira, como Egberto Gismonti, Dori Caymmi, Herbie Hancock, Paul Desmond, Milton Nascimento, Lúcio Alves, Maysa, Astrud Gilberto, Tom Jobim e Frank Sinatra.