
Compositor. Escritor.
Filho de Ovídio Chaves, comerciante em Lagoa Vermelha que, nas horas vagas, tocava bandônio, incentivando no filho o gosto pela música. Em 1932, foi aluno do Conservatório de Música de Porto Alegre. Estudou com o professor José Lucchesi.
Em torno de 1925 começou a trabalhar tocando violino em orquestras que se apresentavam nas salas de projeção do cinema mudo. Pouco depois, mudou-se para Porto Alegre e tornou-se redator do Jornal Correio do Povo. Ovídio Chaves era também violonista e começou a compor. Publicou os seguintes livros de poesia: “Cancioneiro”, em 1933; “O anel de vidro”, em 1934 e “Uma janela aberta”, em 1938. Em abril de 1944, Dilu Melo gravou pela Continental um disco em que estava incluída sua primeira composição, o xote “Fiz a cama na varanda”. Esta composição se tornou seu maior sucesso, tendo conhecido várias outras gravações, como as feitas por Stellinha Egg em 1956, Inezita Barroso em fins dos anos 1950, Dóris Monteiro e Nara Leão nos anos 1960, Dilu Melo e Trio Madrigal, Cantores de Ébano e Orquestra de Radamés Gnattalli, além de conjuntos de rock e de uma versão francesa.
Em 1945, novamente Dilu Melo lançava uma composição de sua autoria, o xote “Menino dos olhos tristes”. No mesmo ano, publicou o romance “Capricornius”. Em 1952, foi a vez da gravação da polca “Meia cancha”, em parceria com Dilu Melo. Em 1965, publicou no Rio de Janeiro seu quarto livro de poesias, “ABC de Paquetá”. Ganhou da Academia Brasileira de Letras o prêmio Olavo Bilac no gênero poesia, em 1967. Teve cerca de 20 composições gravadas.
AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.
MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.
SEVERIANO, Jairo e MELLO, Zuza Homem de. A canção no tempo. Vol 1. São Paulo: Ed. 34, 1997.