
Compositor. Cavaquinista.
Também conhecido como Mário Cavaquinho. Foi o inventor do cavaquinho de cinco cordas e de um outro instrumento a quem deu o nome de bandurra ou zebróide, com 14 cordas. Estudou com o mestre cavaquinista Galdino Barreto, também conhecido como Galdino Cavaquinho.
Deu aulas de cavaquinho para o futuro maestro Pixinguinha. Em 1927, o cantor Patrício Teixeira gravou o maxixe “Na aldeia”, com música de Mário Álvares e letra de Catulo da Paixão Cearense, pela Odeon. Em 1950, Jacob do Bandolim gravou na RCA Victor o choro “Teu beijo”. Fez mais de quatro dezenas de composições, entre as quais a valsa “Eulália”, com versos de Catulo da Paixão Cearense, a valsa “Entre asas”, com letra de Hermes Fontes, o choro “Quando o amor chora”, o schottich “Soledade”, com letra de Heitor Catumbi, e, também conhecida como “NAldeia” e o choro “Quando o amor chora”. Segundo o pesquisador Nirez suas composições inéditas, perderam-se ao ir parar em uma venda, sendo utilizadas como papel de embrulho. Quando recebeu os versos de Catulo da Paixão Cearense, a valsa “Eulália” passou a chamar-se “Alva e morena”. Outras de suas composições trocaram de nome, como foi o caso do choro “Segura a mão”, que passou a chamar-se “Roceira”, e o schottich “Hilda”, que, a partir da letra de Gutemberg Cruz, passou a chamar-se “O teu beijo”. Compôs valsas, schottichs e choros. Em 1981, sua valsa “Paixão encoberta”, foi gravada no álbum triplo “Chorando Callado” lançado pela FENAB em homenage, ao instrumentista Joaquim Callado, sendo interpretada por um grupo formado po Odette Ernest Dias, na flauta; Jonas, no cavaquinho; Alencar, no violão de sete cordas, e Jaime e Valério, nos violões de seis cordas.