
Ator. Compositor. Letrista. Cantor.
Filho de Luís Carlos Fróes da Cruz e de Idalina Rodrigues Guimarães Fróes da Cruz. Formou-se em Direito em 1901, profissão que nunca exerceu, tendo viajado em seguida para a Europa.
Estreou em Portugal no drama “O rei maldito”, de Marcelino Mesquita. Regressou ao Brasil em 1908, organizando uma empresa com Almeida Cruz, que estreou em outubro deste mesmo ano. Percorreu com sua companhia o norte do Brasil. De volta ao Rio, apresentou-se como ator em vários teatros, atuando ainda como produtor e líder de classe. Viajou para outros estados, voltou a Portugal, esteve na Argentina e Uruguai. Em 1927, foi empresário com Chalbi Pinheiro. Foi o primeiro presidente da Casa dos Artistas. Deixou duas peças, “Outro amor” e “A Mimosa”, que publicou sob o pseudônimo de João da Ega , em “O Fluminense”, jornal de Niterói. Desta última, saiu a famosa canção do mesmo nome, gravada por ele próprio em disco Odeon (1921), em sua única atuação como cantor. No mesmo ano, “Mimosa”, foi regravada como fox trot pela Orquestra Odeon e como uma canção pelo cantor Baiano. Compôs valsas, lundus, canções, entre outros gêneros. Atuou também como ator cinematográfico no filme “Perdida” (1916), sob a direção de Luís de Barros, e em “Minha noite de núpcias”, filme português produzido pela Paramount em Paris (1931), com Beatriz Costa e Estevan Amarante.
AMARAL, Euclides. A Letra & a Poesia na MPB: Semelhanças & Diferenças. Rio de Janeiro: EAS Editora, 2019.
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MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.
SEVERIANO, Jairo e MELLO, Zuza Homem de. A canção no tempo. Volume 1. Editora 34.