
Letrista. Poeta. Livreiro. Tipógrafo. Jornalista.
Nasceu na então Rua do Piolho (hoje Rua da Carioca), no Centro do Rio de Janeiro. Filho do carpinteiro Jacinto Antunes Duarte e de Maria Joaquina da Conceição Brito. Dos seis aos 15 anos, morou em Magé, RJ, voltando ao Rio de Janeiro em 1824, em companhia do avô, o sargento-mor Martinho Pereira de Brito. Trabalhou em uma farmácia e, posteriormente, foi aprendiz de tipógrafo na Tipografia Nacional. Mais tarde, empregou-se no Jornal do Commércio, onde foi diretor das prensas, redator, tradutor e contista. Casou-se em 1830 com Rufina Rodrigues da Costa. Um ano depois, abriu um estabelecimento tipográfico em loja de papel, cera e chá, no Largo do Rossio (hoje Praça Tiradentes). Além de editar livros, seu estabelecimento passou a ser ponto de reunião de intelectuais e músicos modinheiros da época. Foi ele próprio quem sugeriu que os participantes dessas reuniões criassem uma sociedade (com estatuto e tudo), a Sociedade Petalógica do Rossio Grande, uma entidade onde reinava o humor, muita música e poesia. Faleceu em sua residência, no Campo de SantAnna, nº 25. Seu cortejo fúnebre foi um dos maiores já presenciados na Corte, já que era personagem popularíssimo entre os intelectuais, músicos e artistas. Foi sepultado no Cemitério de São Francisco Xavier.
Autor da letra do famoso “Lundu da Marrequinha” (Rio de Janeiro, Tipografia Paula Brito, 1863), com música de Francisco Manuel da Silva (autor do Hino Nacional Brasileiro), muito tocado na época. Sua contribuição para a música popular brasileira não se restringe a essa composição. Além de ter feito a letra de outro lundu, “Ponto final”, com música de José Joaquim Goiano, teve o mérito de ser anfitrião de encontros memoráveis entre músicos e poetas letrados, contribuindo com a propagação dos primeiros gêneros brasileiros: a modinha e o lundu.