
Instrumentista. Acordeonista. Compositor.
Filho e neto de uma família do interior baiano. O avô, Aureliano, era mestre sanfoneiro na cidade de Euclides da Cunha, aos 85 anos, no início dos anos 1990.
Aprendeu a tocar sanfona com o pai, Pedro Sertanejo, sanfoneiro e compositor reconhecido, que gravou cerca de 40 discos e fez mais de 700 composições.
Quando era criança, conviveu em sua casa com nomes como Luiz Gonzaga, Dominguinhos e Sivuca. Aos seis anos, ganhou do pai uma sanfona de presente. Em 1963, aos oito anos de idade, participou da gravação da música “Menino do pirulito”, de João do Vale, em um dos discos do pai. Estudou música clássica em conservatório por 16 anos.
É considerado um dos cinco seguidores mais influentes da legenda de Luiz Gonzaga.
Fez parte da “Banda Água”, formada por Carlão de Souza, Sérgio Mineiro, Rodolfo Grani, Renato Teixeira, Dudu Pontes, Marcinho Werneck, Papete, Luiz Roberto de Oliveira, Nelson Ayres e Amilson Godoy. Em seus trabalhos vem procurando estender o uso da sanfona a outros ritmos além do forró e do baião.
Admirador de Luiz Gonzaga e seguidor de seus passos na defesa do forró, fez suas primeiras apresentações acompanhando o cantor pernambucano Alceu Valença. Acompanhou em seguida Luiz Gonzaga, Gonzaguinha, Elba Ramalho, Baby Consuelo, Renato Teixeira e outros artistas brasileiros. Tocou também com artistas estrangeiros como Paul Simon, Freddy Mercury e Al Jarreaux. Participou de diversos festivais na Europa e nos Estados Unidos.
Em 1973, lançou pela gravadora Tropicana, o LP “Fantástico Oswaldo Silva”, no qual interpretou músicas de sua autoria como, “Retraído”, “Urubu de bota” e “Continente”.
Em 1977 participou de um disco do grupo baiano Bendegó. No mesmo ano, lançou o LP “Forró pop”, trazendo entre outras, as músicas “Catingueira fulorô”, de Julinho e João do Vale, “Chão mineiro”, “Forró vingado” e “Valentão”, três de sua autoria.
Em 1979, participou do disco “Canto forte-Coro da primavera”, do cantor e compositor Dercio Marques, lançado pelo selo Copacabana. No mesmo ano lançou pela Copacabana o LP “Natureza”, no qual gravou “Roseira do Norte”, de autoria de seu pai, Pedro Sertanejo e Zé Gonzaga, irmão de Luiz Gonzaga, além de três composições suas em parceria com Moraes Moreira, “Valentão”, “Sol maduro” e “Lamento amazônico”.
Nos anos 1980 viajou pelo Brasil acompanhando a cantora e apresentadora Inezita Barroso no “Projeto Pixinguinha”. Em 1981 lançou “Forró in concert”, disco no qual interpretou ao acordeom a “Sinfonia nº 5”, de Beethoven, além de “Forró em Aracaju”, de Pedro Sertanejo e “Naquela noite”, de Pedro Maranguape e Zé Gonzaga. Em 1983 lançou o LP “Céu e chão”, apresentando “Ingazeira do Norte”, do instrumentista e compositor alagoano Gerson Filho e “Anunciação”, uma parceria com Eliezer Setton. Em 1987, no LP “Oswaldinho”, gravou “Lorô”, de Egberto Gismonti, “Aquarela brasileira”, de Ary Barroso, um pot-pourri de Dominguinhos e Anastácia com “Lamento de caboclo”, “Alagoinhas” e “Arrastando as apragatas”, além de três parcerias com Eliezer Setton, “Beija-flor”, “Nó cego” e “Mulé macho”.
Em 1993 lançou com João Parayba o disco “Instrumental no CCBB”, no qual gravou músicas de sua autoria como “Sorriso de Samanta” e “Corre pra não apanhar”, além do clássico choro “Tico-tico no fubá”, de Zequinha de Abreu. Em 1994, gravou na Espanha o disco “Vesúvio” pela RGE. Nesse disco, transformou as músicas “Juberlan”, de Pedro Sertanejo, e “Pau-de-Arara”, de Luiz Gonzaga, em um verdadeiro heavy metal, com a utilização de acordeom acústico e midi computadorizado. Regravou também músicas de Chick Corea, Michel Petrucciani, Hirotaka Izum e Astor Piazolla.
Em 1997 participou do disco “Bacupari” do grupo Mina das Minas. Em 1998 lançou “Ao vivo (no estúdio)”, interpretando na maior parte obras de outros compositores como “Flor da paisagem”, de Fausto Nilo e Robertinho do Recife; “Batuka”, de Carlos Santana; “Sabiá”, de Luiz Gonzaga e Zédantas e “Sebastiana”, de Rosil Cavalcanti.
Em 2000 participou do CD “Alvorada brasileira” , do cantor e compositor Renato Teixeira, na faixa “Jaci”. Em 2001, participou no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, da série “Sanfona brasileira”, na qual se apresentou abrindo a série ao lado de Renato Cigano. No mesmo ano, lançou seu primeiro disco pelo selo Kuarup, o CD “Um bom forró”, com, entre outras, “Forró das comadres”, de João Silva; “Vem peneirar”, de Teca Calazans; “Forró em Petrolina”, de Dominguinhos e Anastácia e “Dom de tocar”, parceria com Paulo Nascimento.
Em 2002 lançou “Asa branca blues”, pela Kuarup, trazendo entre outras composições, “Hipnose”, de sua autoria; “Baião”e “Asa branca”, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira e “Forró para Pedro”, de Hermeto Paschoal, que teve participação especial nessa faixa, em homenagem a Pedro Sertanejo. No mesmo ano, participou no Canecão no Rio de Janeiro e no Teatro da UFF, em Niterói, de shows comemorativos aos 25 anos da gravadora Kuarup, apresentando-se ao lado de outros importantes nomes da música brasileira ligados à gravadora como Xangai, Pena Branca e Renato Teixeira.
No início de 2003 gravou com Dominguinhos e Sivuca um disco que registrou o encontro de três dos maiores sanfoneiros em atividade no país, produzido por José Milton, com repertório escolhido na hora e arranjos feitos no próprio estúdio, no qual aparecem composições como “Maria Fulô” e “Feira de Mangaio”, de Sivuca, além de muitas de autoria de Luiz Gonzaga, resultando numa homenagem natural ao Rei do baião. Também em 2003, apresentou-se no Planetário da Gávea, no Rio de Janeiro, na série “Música com as estrelas”. Ainda no mesmo ano, gravou um novo CD, no qual fez uma releitura de “Asa branca” em ritmo de blues. Destacam-se também “Um frevinho pra você” e “De coração pra coração”, de sua autoria e “Forró para Pedro”, de Hermeto Pascoal. Em abril de 2009, apresentou-se no programa “Viola minha viola”, comandado por Inezita Barroso na TV Cultura de São Paulo. Na ocasião, foi acompanhado pelo acordeonista David Saidel e pela cantora Vanessa Costa, na interpretação do xote “Chá de alecrim”, de sua autoria e Paulinho Oliveira, e tocou com o David Saidel a canção instrumental “Volta de Oswaldinho”, de David Saidel. Ainda no mesmo programa, acompanhou a cantora Cris Aflalo, neta do cantor e compositor Xerém, na interpretação da música “Alegria comigo mora”, de Xerém e Mané Baião.
Em 2010, foi o acordeosnista homenageado, ao lado de Dominguinhos, do II Festival Internacional da Sanfona, realizado em Juazeiro (BA) e Petrolina (PE). O evento reuniu sanfoneiros importantes tanto nacionais como do exterior.
Em 2012, voltou a se apresentar no programa de Inezita Barroso, desse vez, homenageando Luiz Gonzaga, na ocasião da comemoração do centenário do Rei do Baião. No programa, tocou, em solo no seu acordeom, as músicas “Paraíba” (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira) e “Xote das meninas” (Luiz Gonzaga e Zé Dantas).
No mesmo ano, realizou participação especial no CD “Nandinho do Pandeiro e seus convidados cantando suas composições”, de Nandinho do Pandeiro. Do disco, participaram também artistas como Trio Potiguar, Os Três do Nordeste, Bill do Acordeon, Durval Pereira, Felipe Augusto, Nó Cego, Tempero Tropical, Genero, Severo do Acordeon, Zé Préar e Fuba de Taperoá.
Em 2013, lançou, ao lado de Socorro Lira, o CD “O Samba do Rei do Baião”, com apoio do Instituto Memória Brasil, Genesis Music, Banco do Nordeste e do Governo Federal. No projeto, a palavra samba foi utilizada como sinônimo de festa. O disco apresentou, na voz dele e de Socorro, 14 obras de Luiz Gonzaga, compostas em parceria com nomes como Humberto Teixeira, Zé Dantas e Miguel Lima, em diversos ritmos, como baião, carimbo, fado, choro, maracatu, aboio, valsa e coco.
Em 2016, apresentou-se no IV Festival Internacional da Sanfona de Juazeiro, na Bahia. Do evento, participaram vários nomes de destaque no instrumento da música brasileira e internacional, como Murl Sandres, Frank Maroco, Targino Gondim e Renato Borghetti.
(Com Dominguinhos e Sivuca)